Doença grave, o diabetes não é tratado com seriedade

O diabetes pode trazer complicações como cegueira e amputação de membros, mas esconde um risco silencioso e talvez o mais alarmante

Por: Equipe Marcio Atalla


Doença grave, o diabetes não é tratado com seriedade

Embora muitas vezes aja silenciosamente, o diabetes é uma doença grave e traz vários riscos à saúde. Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD) e do Ibope mostrou que menos da metade dos 600 entrevistados (42%) citou as doenças cardíacas como consequência mais relevante para quem é acometido por diabetes. Contudo, a doença que acomete 14 milhões de brasileiros, pode trazer complicações como cegueira e amputação de membros, mas esconde um risco silencioso e talvez o mais alarmante: as doenças cardiovasculares.

Segundo a vice-presidente da SBD, Reine Marie Chaves, o medo de ficar incapacitado pela doença é mais aparente e desperta maior receio da população, mesmo que o infarto seja mais letal. “É possível ter um infarto sem dor. Boa parte dos infartados só descobre ser diabético no momento em que apresenta complicações”.

O diabetes é uma doença grave e requer cuidados constantes

Endocrinologista e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Rodrigo Bastos compara o diabetes a uma barra de ferro exposta a ação de ferrugem.

“O desenvolvimento é lento. Às vezes, a alteração da glicose só vai trazer efeitos significativos depois de 10, 15 anos. Por isso, todo mundo, independentemente de ter ou não diabetes, deve manter hábitos saudáveis e diminuir as chances de desenvolver a doença”.

De acordo com o médico, o tratamento começa no momento do diagnóstico e dura a vida toda. É importante reduzir o consumo de carboidratos – abundantes no pãozinho, arroz e macarrão, por exemplo. O ideal, complementa, é aumentar a presença de frutas e hortaliças na alimentação, além da prática de atividades físicas na rotina.

Diabetes

Foto: © juststock via Canva.com

Batata doce proporciona saciedade e beneficia portadores de diabetes

A batata doce se tornou um dos tubérculos mais consumidos e apreciados no Brasil, principalmente por quem está envolvido em programas de emagrecimento ou de exercícios físicos regulares. Rica em fibras, ela fornece energia ao organismo, sem elevar os níveis de insulina, já que os carboidratos são digeridos mais lentamente. É dessa forma, aliás, que ela auxilia a perda de peso, pois os picos de insulina no sangue estimulam o organismo a estocar gordura localizada.

Pelo fato de ser uma fonte gradual de energia, a batata doce facilita a vida de quem pratica atividade física. Pois gera mais energia aos músculos dos de quem se exercita, impedindo também a hipoglicemia, caracterizada pela queda brusca dos níveis de glicose quando alimentos com alto nível glicêmico são consumidos. O que gera tontura, náuseas e até perda de sentidos no ato de se exercitar.

O tubérculo é indicado para diabéticos, já que possui alto teor de amido resistente, fibra que é digerida lentamente. A batata doce não previne ou muito menos cura a doença, mas pode ajudar a diminuir os riscos de picos de glicose no sangue.

No Brasil, a batata doce é encontrada nas versões amarela, branca e roxa. A primeira, em função de seu pigmento, é rica em betacaroteno, que uma vez ingerido se transforma em vitamina A, responsável pela saúde dos olhos, pele e ganho de massa muscular.

Pesquisa americana comprova que mães com diabetes ou obesidade dobram o risco em filhos terem autismo

Portadoras de diabetes e obesidade durante a gestação sofrem o dobro de risco de terem filhos autistas. A pesquisa teve por base registros de 2.734 crianças que realizaram pós-natal no Centro Médico de Boston, nos Estados Unidos, entre os anos de 1998 a 2014.

Os bebês foram divididos em grupos de seis, segundo o peso das mães e o nível de diabetes das mesmas. Foi descoberto que não só o diabetes de todos os tipos, inclusive gestacional, assim como a obesidade, estavam relacionadas ao risco de autismo entre os bebês e demais síndromes. E quando associadas, diabetes e obesidade, o risco aumenta, chegando quase a dobrar.

Nos EUA, uma em cada 68 crianças sofre de autismo, segundo dados do Centro para Controle e Prevenção de doenças (CDC, sigla em inglês). Novos estudos serão realizados para descobrir porque diabetes e obesidade podem causar essas doenças no feto.

Marcio Atalla fala sobre essa doença grave que é o diabetes e ensina a controlá-la 

A atividade física é umas das formas mais eficientes de deixar essa doença bem longe…

O diabetes é uma doença grave e silenciosa e, por isso mesmo, muito perigosa. Muita gente pode estar com índices de glicose altos no sangue e não perceber.

Os sintomas em muitos casos só vão surgir anos depois, quando muitos órgãos do corpo já estarão comprometidos.

Só para ter uma ideia, segundo dados do Ministério da Saúde, entre 2006 e 2016, o número de brasileiros com diabetes cresceu 61,8%. Quase 9% da população brasileira hoje, ou seja quase 20 milhões de pessoas tem diabetes do tipo 1 ou 2.

Os dados desta pesquisa do governo federal revelam que grande parte da população consome regularmente alimentos calóricos e ricos em açúcar como sorvetes, chocolates, bolos, biscoitos e diversos outros tipos de doces.

Para prevenir esta doença e suas complicações que provocam milhares de mortes por ano no país, o importante é ter uma alimentação saudável e balanceada e também incluir uma rotina de atividade física na vida diária. E faça exames de sangue rotineiramente, ao menos uma vez por ano. E ao primeiro sinal de glicose alterada (acima de 120 mg/dl) procure um endocrinologista!

Diabetes mellitus está entre as cinco doenças que mais matam

O diabetes mellitus é uma doença grave metabólica caracterizada pelo aumento anormal de glicose (açúcar) no sangue e está entre as cinco doenças que mais matam.

Dentre os fatores de risco para a doença estão a urbanização crescente, o envelhecimento da população, o estilo de vida pouco saudável, a obesidade, o sobrepeso e os antecedente familiar, entre outros.

Para prevenir a doença é preciso realizar mudanças de estilo de vida, como reduzir o peso, aumentar a ingestão de fibras, restringir o consumo de gorduras, especialmente as saturadas e realizar atividade física regular. Embora ainda não haja uma cura definitiva, há vários tratamentos que podem melhorar a qualidade de vida do portador.

Na luta contra o diabetes, pesquisadores descobriram que a farinha da casca do maracujá pode ser um fator importante de controle das taxas de açúcar no sangue. Este produto pode ajudar quem tem a doença que já é uma epidemia mundial.

A casca da fruta é rica numa substância chamada pectina, que nada mais é do que uma fibra solúvel que é rapidamente absorvida no nosso corpo.

Dentro do organismo a substância forma um gel, dificultando a absorção rápida dos carboidratos de uma forma geral, inclusive da glicose. A farinha é feita se triturando a casca do maracujá e depois deve ser usada colocando-se uma ou duas colheres de sobremesa no leite ou num suco de frutas e depois beber.

Testes feitos em ratos, mostraram quedas sensíveis nos níveis de glicose, mas o resultado em seres-humanos ainda está sendo analisado com mais cuidado.

Cientistas conseguiram alterar funções biológicas dos tecidos para que conseguissem secretar hormônio

Recentemente, durante o encontro da Sociedade Europeia de Endocrinologia Pediátrica, cientistas apresentaram uma nova técnica, capaz de produzir células com capacidade de secreção de insulina. A tecnologia poderá ser aplicada em pacientes com diabetes tipo 1.

A doença leva o sistema imunológico a atacar e destruir de forma equivocada células beta do pâncreas, responsáveis pela produção, armazenamento e secreção de glicose no sangue. Conseguir repor essas células é uma grande esperança de terapia. Esse experimento conseguiu repor células adultas, o que é muito animador, inclusive para combater doenças como o câncer.

O sistema de reprogramar as células é um estímulo para outros campos científicos que também buscam reposicionar papeis das células deterioradas após determinadas doenças, como, por exemplo, o hipotireodismo e doenças do ovário.

A estimativa é que um terço da população sofra de diabetes, sendo que em cada dez casos é de diabetes tipo 1, a única em que o paciente não consegue produzir insulina.

Inicialmente, o experimento foi feito apenas em camundongos. Antes de experimentos em seres humanos será preciso acompanhar a transformação das células de nosso corpo ao longo dos anos.

Uma dieta variada e rica em alimentos saudáveis pode ajudar a prevenir o aparecimento dos sintomas do diabetes nas crianças

O índice de crianças que apresentam sintomas de diabetes, vem aumentando a cada dia. Isto se deve, em muito, à grande quantidade produtos industrializados e ricos em açúcar, como doces, biscoitos recheados, chocolates, refrigerantes e também aos carboidratos das comidas tipo fast-food, como hambúrgueres, pizzas, salgadinhos etc., no regime alimentar de crianças de hoje.

Devido ao excesso da ingestão de açúcar e carboidratos, somado a isso as facilidades do mundo atual, no qual as crianças em vez de correr e brincar na rua, ficam horas em frente a uma telinha jogando videogame, o crescimento da obesidade infantil também aumenta as taxas glicêmicas, contribuindo para o aparecimento do diabetes entre os pequenos.

Os pais devem ficar atentos, incentivando e cobrando dos filhos uma alimentação mais saudável e alguma prática física que os levem a queimar calorias.

Mas não adianta querer proibir o consumo de alimentos e bebidas extremamente calóricos. O importante é que a criança perceba que é preciso ter equilíbrio, ou seja, eventualmente se pode comer um chocolate ou uma pizza, mas a base da alimentação deve ser mais balanceada, com muitas verduras, frutas e legumes na dieta.

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