Sem alergias!
A dra. Maria Helena Bussamra, pneumologista pediátrica da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT), dá algumas orientações referentes a importantes cuidados na higiene ambiental.
? O banheiro deve ter, preferencialmente, ventilação externa; possíveis vazamentos devem ser resolvidos; pias, cortinas, pisos e azulejos têm de ser higienizados com água sanitária.
? Lavar a roupa com água quente, se possível secá-la ao sol e passar com ferro quente.
? Manter o ambiente ventilado; evitar plantas e xaxins, que aumentam a umidade.
? Utilizar soluções fungicidas nos locais que há incidência de mofo ou bolor, como paredes e armários. Este tratamento é à base de limpeza simples, utilizando apenas água sanitária. Entre outras técnicas, está a solução de ácido fênico a 5% (manipulado em farmácias) ou quaternários de amônio (Deocil®, Fungicil®). É necessário aplicar estes produtos com luvas e manter o espaço arejado.
? Filtros de ar e ionizadores disponíveis no mercado, além de caros, são ineficazes no controle de sintomas em pacientes asmáticos.
? Desumidificadores de ambiente reduzem a umidade relativa, entretanto deve-se avaliar o tamanho do cômodo onde ele será utilizado e a potência do aparelho. Considerando que o custo elevado muitas vezes impossibilita sua utilização.
Outras medidas, como o controle da umidade e a eliminação de fungos, são de extrema utilidade, pois evitam a proliferação de ácaros, os mais importantes alérgenos domiciliares. Estes, também se desenvolvem em ambientes quentes (25ºC) e úmidos.
A higiene ambiental é considerada etapa fundamental no tratamento da maioria das doenças respiratórias, exatamente por prevenir que um indivíduo se torne alérgico a determinados estímulos, fato que pode agravar seus sintomas. Quando se trata de asma e rinite, estas medidas assumem ainda maior importância, uma vez que a exposição aos alérgenos domiciliares é um dos principais fatores desencadeantes dos sintomas.
Por Lucimara Souza e Monica Kulcsar