Alimentação na escola
Muitos pais alegam ser difícil controlar o que os pequenos comem, sobretudo na escola. No entanto, a família é determinante para evitar e tratar a obesidade infantil. Pensando nisto, o Movere orienta sobre as melhores opções para colocar na lancheira e consumir na cantina.
Na lancheira:
– Quando pensamos na alimentação da criança, devemos lembrar primeiramente que não existe proibição, e sim, o controle do consumo dos alimentos mais calóricos. No dia-a-dia, a oferta de alimentos deve ser sempre mais saudável, e em dias eventuais podemos oferecer alimentos um pouco mais calóricos. Dessa forma é interessante que os lanches contenham uma fonte de carboidrato, proteína e vitaminas. Os carboidratos podem ser encontrados nos pães, bisnaguinhas, biscoitos, torradas e cereais; as proteínas estão nos queijos, requeijão, ricota, peito de peru, presunto magro, iogurtes, leite fermentado e leite; e as vitaminas, nas frutas e sucos de frutas.
– Uma alimentação equilibrada pede também uma boa oferta de fibras, dessa forma, trocar eventualmente os pães brancos por pães integrais é uma excelente forma de melhorar a alimentação da criança e deixá-la saciada por mais tempo. A fibra tem um grande poder de saciedade. Frutas com casca e bagaço também são uma boa fonte de fibras.
– Docinhos acompanhando o lanche podem ser liberados uma ou duas vezes por semana, mas sempre uma porção pequena: um bombom, ou duas bolachas recheadas, entre outros.
Cantinas escolares: o perigo dos alimentos calóricos
– O ideal é que a criança leve o lanche de casa porque muitas cantinas oferecem alimentos calóricos e pouco nutritivos. Porém, vale a pena liberar a cantina uma vez por semana para agradar a criança.
– Caso a cantina seja inevitável, oriente seu filho para consumir salgados assados em vez dos fritos; consumir sucos de frutas, mesmo sendo de caixinha; evitar doces e sorvetes.
– Estimule a criança a diminuir a freqüência do consumo de alimentos mais calóricos. Por exemplo, consumir doces uma vez por semana e refrigerante duas vezes por semana, mas sem exageros. Trabalhe a criança de forma que ela tenha responsabilidade de suas atitudes.
Ainda sobre a obesidade infantil, Vera adverte: ela traz problemas psicológicos e físicos que podem perdurar até a vida adulta. “Os problemas psico-sociais podem ser depressão, baixa auto-estima, uma auto-imagem negativa e fuga de situações sociais com seus pares”, ilustra. “Problemas ortopédicos, complicações cardiovasculares, condições respiratórias, problemas de pele, intolerância a glucose e doenças gastrointestinais são outras complicações assim como a pressão alta e a diabetes.”
Por Simone Valente e Cristina Thomaz