Entenda como se formam os 4 tipos de olheiras
Podendo ser causadas por fatores genéticos ou maus hábitos, as olheiras representam grande desconforto estético, com alta procura por tratamentos nos consultórios dermatológicos
Por: Equipe Marcio Atalla
Existe uma predisposição genética, mas uma série de outros fatores também estão envolvidos na aparição das olheiras, que conferem aspecto cansado ao rosto. “Pessoas que possuem pais com olheiras têm mais chances de apresentarem o problema durante a vida. Mas, como a área dos olhos é a região mais fina e sensível do rosto, os maus hábitos também contribuem para o aparecimento da hiperpigmentação periorbital, ou seja, a produção e acúmulo de melanina embaixo dos olhos, levando à coloração mais escura da região”, explica a dermatologista Paola Pomerantzeff, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Segundo a especialista, outra causa das alterações é o acúmulo de hemossiderina, pigmento presente no sangue responsável pela coloração arroxeada das olheiras, que ocorre quando a circulação sanguínea local não funciona corretamente.
O que causa as olheiras?
De acordo com a médica, as olheiras também podem surgir devido a goteira lacrimal profunda, quando, na região abaixo dos olhos, surge uma espécie de sulco, formando uma sombra local que gera as olheiras. Além disso, o envelhecimento também contribui para o desenvolvimento das olheiras, pois a pele da região torna-se mais flácida, com o surgimento de rugas e acúmulo de bolsas de gordura locais.
Para saber qual a melhor forma de controlar e tratar as olheiras, é preciso identificar qual o tipo da alteração, que são classificadas de acordo com os fatores causadores do seu surgimento.
Para ajudar a entender, Paola explicou cada um deles.
Confira:
Olheira pigmentar
“É a olheira causada pelo excesso, na pele, do depósito de melanina, pigmento que dá cor ao tecido. Geralmente, esse tipo de olheira apresenta uma cor amarronzada e costuma aparecer em pessoas de fototipo alto, com tendência genética para o desenvolvimento de olheiras ou com rinite alérgica”
Olheira estrutural
“Esse tipo de olheira acontece pela presença de goteira lacrimal profunda ou pela falta de tecido abaixo dos olhos, sendo assim possível visualizar o músculo que está por baixo da pele devido a transparência da pele”.
A profundidade gera uma “sombra” que piora ainda mais a olheira.
Olheira vascular
“A olheira vascular é causada pelo acúmulo de hemossiderina ou pelo aumento de vasos sanguíneos na região dos olhos. Esse tipo de olheira caracteriza-se por tons azulados, arroxeados ou avermelhados, devido à coloração do pigmento sanguíneo, e tendem a aparecer após uma noite de sono ruim, em quem tem hábito de coçar os olhos com frequência ou em pessoas que estão cansadas, além de piorarem com quadros de rinite alérgica, tabagismo e alimentação rica em sal“.
Olheira mista
“É o tipo mais comum de olheira e acontece quando há a soma de um ou mais fatores que causam a alteração, sendo agravadas também por motivos como tabagismo, álcool e noites mal dormidas“.
Tratamentos
De acordo com Paola, a melhor forma de atuar no combate e diminuição das olheiras, independentemente do tipo, é através da adoção de hábitos saudáveis, como sono adequado, alimentação balanceada e hidratação cutânea, com produtos específicos. Mas se as olheiras não sumirem ou estiverem causando muito incômodo, o ideal é procurar um dermatologista que indicará o melhor tratamento para o seu caso.
Caso as olheiras apresentem tons mais escuros e amarronzados, o tratamento mais indicado é através de peeling ou clareadores usados na rotina diária, que possibilitam o clareamento da área abaixo dos olhos, podendo ser feito em sessões semanais ou quinzenais.
Já para quem apresenta olheiras profundas, o tratamento ideal é o preenchimento com ácido hialurônico, técnica que tem o objetivo de nivelar a pele abaixo dos olhos com o resto da face, dando volume à área, com resultados visíveis já no momento da aplicação, segundo a médica.
“Por fim, para olheiras escuras e de tons arroxeados geralmente é recomendado o tratamento com laser de picossegundos, que fragmenta o pigmento sem gerar calor na pele, ou luz intensa pulsada, que consiste na aplicação de uma faixa de luz que gera calor no local e possibilita a destruição dos pigmentos de melanina e hemoglobina em partículas menores, que são absorvidas pelo corpo. Além disso, os vasos sanguíneos locais se contraem, reduzindo o efeito arroxeado”, diz.