Memória em movimento: atividade física auxilia a cognição
Os exercícios alteram a qualidade de vida como um todo. Corpo e mente saem ganhando quando você se movimenta
Por: Equipe Marcio Atalla
Exercitar-se traz benefícios diretos e indiretos para a saúde. Os ganhos obtidos na saúde do corpo, como o emagrecimento e controle dos níveis de colesterol e pressão, por exemplo, são apenas a ponta do iceberg. Não menos importante é a maneira que a atividade física afeta direta e positivamente a cognição e a saúde mental, aumentando a memória e o aprendizado e ajudando a lidar com as emoções.
“Devemos pensar esses benefícios em conjunto. Quando se pratica atividade física, além dos efeitos orgânicos já comprovados cientificamente, há outros fatores que devem ser levados em consideração, como a qualidade sono, por exemplo. E isso afeta diretamente a cognição, dormir bem ajuda – e muito – a memória. O exercício também é recomendado para melhorar esse aspecto”, diz Marcio Atalla.
Atividade física, cognição e memória
Fazer mudanças positivas no conjunto dos hábitos, e isso inclui a tríade exercício, alimentação e sono, traz ganhos para a qualidade de vida como um todo. Os resultados não são colhidos apenas fisicamente, mas também impactam a saúde mental. Ficamos mais descansados e com mais disposição para encarar as tarefas cotidianas.
Colocar-se em movimento diminui o risco de problemas cardiovasculares e a chance de aparecimento de doenças crônicas como o diabetes, relacionadas, entre outros fatores, ao sedentarismo, ao sobrepeso e à obesidade, e turbinam nosso cérebro, explica Atalla.
“Fazer exercícios melhora a memória. Há inúmeros estudos mostrando que a prática regular de atividade física incrementa a cognição, refletindo processo de aprendizagem e na memória. Isso porque ela estimula a produção de novos neurônios”, explica Atalla.
Pequenas melhorias afetam o todo
“É importante que as pessoas percebam esses outros ganhos da atividade física, pois dessa forma a tendência é que a regularidade seja mantida, evitando seu abandono”, coloca.
Fazer mudanças simples e possíveis, aos poucos, é uma excelente maneira de começar. Quando a transformação é brusca, as chances de desistir no meio do caminho aumentam, uma vez que as coisas podem não acontecer na velocidade desejada ou porque o preço a se pagar se torna alto demais – à exemplo dos riscos à saúde e de lesões que dietas restritivas e a adoção repentina de uma carga muito pesada de exercícios podem acarretar.
Por isso, vá devagar e quando perceber já terá incorporado novos hábitos à sua rotina. “Sempre que você muda um hábito, seja relacionado à atividade física ou à alimentação, além do ganho direto, é possível notar avanços em outras partes e, colhendo bons resultados, uma melhoria acaba puxando a outra”, afirma.