300 minutos: OMS dobra a recomendação de exercícios semanais

“Cada movimento conta”, disse diretor da entidade

Por: Equipe Marcio Atalla


300 minutos: OMS dobra a recomendação de exercícios semanais

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou na última quarta-feira, dia 25 de novembro, que sua recomendação semanal para a prática de exercícios físicos dobrou. A antiga diretriz aconselhava 150 minutos de atividades leves e moderadas e 75, no caso das intensas. Agora, são 300 e 150 minutos de exercícios semanais, respectivamente. 

A motivação por trás dessa nova prescrição é o aumento alarmante dos níveis de sedentarismo e obesidade, mazelas que assolam o mundo atualmente e são responsáveis por inúmeras doenças e óbitos, especialmente agora que muitas pessoas estão confinadas devido à pandemia do novo Coronavírus.  

“A OMS tem verificado, através de milhares de estudos, que a atividade física é fundamental para a saúde física, mental, metabólica e social. No mundo de hoje, sedentário, repleto de tecnologia e confortos, fazer essas atividades programadas, incluir o movimento no dia a dia passa a ser vital para ter saúde. O sedentarismo responde por 10% das mortes no mundo. Então, esse é um problema que a sociedade precisará lidar daqui para frente”, afirma Marcio Atalla.

300 minutos de exercícios

Foto: Syda Productions/ Shutterstock

300 minutos de exercícios semanais pode salvar vidas, diz OMS

Uma pesquisa realizada pela Universidade de Harvard, situada nos Estados Unidos, em 2018 analisou as 58,7 milhões de mortes ocorridas naquele ano e os cientistas chegaram à conclusão que  9% delas, ou seja, 5,3 milhões eram decorrentes do sedentarismo. 

O diretor geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus afirmou: “Cada movimento conta, especialmente agora que lidamos com as limitações decorrentes da pandemia de Covid-19. Todos devemos nos movimentar diariamente, de maneira segura e criativa”. 

Dados da OMS mostram que um em cada quatro adultos e quatro em cada cinco adolescentes não realizam atividades físicas o suficiente.

O sedentarismo está ligado a diversas condições de saúde, como: 

Insuficiências cardíacas;

Diabetes;

Pressão alta;

• Problemas respiratórios, entre outros. 

Atividade física faz bem para a cognição

O ser humano foi feito para se movimentar. Desde os tempos das cavernas, quem ficava parado não sobrevivia. Porém, o cérebro está ‘programado’ para poupar energia, o que diante das facilidades da vida moderna acaba se refletindo no sedentarismo

Porém, ceder à preguiça não traz apenas problemas para a saúde do corpo, mas a mente é igualmente afetada. Estudos comprovam que a atividade física é um poderoso coadjuvante no tratamento de quadros depressivos e de ansiedade. 

“Essas novas pautas destacam a importância de estar ativo para nossos corações, corpos e mentes, e como os resultados positivos beneficiam a todas pessoas, de todas as idades e capacidades”, disse Fiona Bull, chefe da unidade de atividade física responsável pelas novas diretrizes da OMS.

O exercício também influencia positivamente a juventude do cérebro, ajudando a formar novas conexões neurais.  

“A atividade física é fundamental para a saúde e bem-estar, podendo agregar anos à vida e vida aos anos”, apontou Ghebreyesus. 

300 minutos de exercícios

Foto: Ljupco Smokovski/ Shutterstock

Alimentação pede socorro 

Soma-se a isso a alimentação cada vez mais carente de nutrientes e rica em alimentos industrializados e ultraprocessados. Além da facilidade que eles representam em um cotidiano corrido, como o de muitas pessoas, eles costumam apresentar embalagens e preços mais atrativos que os alimentos saudáveis. 

No último Dia Mundial da Alimentação, celebrado desde 1981 no dia 16 de outubro, a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO), escolheu o tema  “Cresça, alimente, sustente. Juntos” para as campanhas de conscientização. 

Segundo a entidade, o preço de um prato à base de amido de milho é até cinco vezes menor que uma refeição balanceada.

Isso se reflete na insegurança alimentar, principalmente em países em desenvolvimento. 

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