Quem come muito sal… vive menos!

Estudo mostra que excesso de sal aumenta o risco de morte prematura em 28%

Por: Equipe Marcio Atalla


Quem come muito sal… vive menos!

O cloreto de sódio, mais conhecido como sal ou sal de cozinha, na verdade é necessário na nossa alimentação, desde que seja ingerido na quantidade adequada.

Segundo a Organização Mundial de Saúde(OMS) os valores recomendados para os seres humanos  ficariam entre um mínimo de 0,1 grama e um máximo de  5 gramas por dia.

Na medida certa, portanto, o sal produz benefícios como:

.Facilita a digestão

.Aumenta a produção de energia

.Estimula o funcionamento dos rins

.Repõe o sódio gasto após atividades físicas

 

Inclusive, quando os níveis de sódio ficam muito baixos no organismo,isso pode levar a uma disfunção conhecida como  hiponatremia, que ocorre quando a quantidade de sódio  no sangue fica mais baixa em  relação à água,gerando o risco de edema cerebral e convulsões.

O grande problema é quando as pessoas abusam do hábito de acrescentar sal no prato de comida. E uma pesquisa científica revela que esse exagero de sódio nas refeições pode encurtar a expectativa de vida.

Para saber mais sobre esse tema, siga lendo esta matéria.

O que revela a pesquisa!

Estudos médicos já comprovaram há tempos que comer muito sal pode levar a graves problemas de saúde, tais como:

.Pressão alta

.AVC

.Insuficiência renal

 

Mas agora,um novo estudo  feito com  501.379 pessoas,pelo UK Biobank e publicado no European Heart Journal , ((https://academic.oup.com/eurheartj/article/43/30/2878/6623278)) revela que quem põe sal extra na comida à mesa, tem uma  chance  28% maior de  morrer de forma prematura,em comparação aos que raramente ou nunca adicionam sal aos pratos.

Como explica a médica nefrologista  Caroline Reigada, especialista em Medicina Intensiva e integrante da  Associação de Medicina Intensiva Brasileira(AMIB):

“Na população geral,  cerca de 3 em cada 100 pessoas com idade entre 40 e 69 anos morrem prematuramente. O risco aumentado de sempre adicionar sal aos alimentos,visto no estudo atual, sugere que mais uma pessoa em cada 100 pode morrer prematuramente nessa faixa etária’’.

Um outro dado alarmente que o estudo revela, é que adicionar sal aos alimentos durante as refeições é um hábito extremamente comum na dieta ocidental.

‘’O sal é a maior causa de hipertensão arterial. Além de causar retenção de líquidos, o sal causa constrição, ou seja,o estreitamento das arteríolas, com consequente elevação da pressão arterial. A hipertensão de longa data lesa os rins e seus diversos vasos, causando  lesões de orgãos-alvo, como acontece no coração e no cérebro. Dados recentes mostram que o sal  também modula o funcionamento de células imunológicas, apoiando a teoria do aumento inflamatório no organismo”,complementa a dra. Caroline.

 

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Qual a quantidade ideal de sal?

Como vimos anteriormente, a OMS recomenda que as pessoas não consumam mais de 5 gramas de sal diariamente. Mas no Brasil, esse limite quase sempre é ignorado.

“O brasileiro ingere quase o dobro disso: em média 9,34 gramas, segundo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz)”, relata a  médica nutróloga  Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

“O consumo excessivo é um perigo para a saúde, pois o sal está relacionado ao aumento do risco de doenças crônicas e silenciosas, como hipertensão arterial, doenças cardiovasculares, doenças renais, entre outras, que podem evoluir com risco aumentado de morte precoce”, acrescenta a dra. Marcella.

A pesquisa publicada no European Heart Journal  confirma  uma queda no número de anos vividos entre os que consomem sal de forma exagerada.

“Aos 50 anos, 1,5 anos e 2,28 anos foram derrubados da expectativa de vida de mulheres e homens, respectivamente, que sempre adicionavam sal à comida em comparação com aqueles que nunca ou raramente o faziam”, diz a nefrologista Caroline Reigada.

“Avaliar a ingestão geral de sódio é notoriamente difícil, pois muitos alimentos, principalmente alimentos pré-preparados e processados, têm altos níveis de sal adicionados antes mesmo de chegarem à mesa. Então todo sal que é colocado a mais nos pratos já prontos tornam-se excessivos com risco de seu consumo crônico lesar alguns órgãos”, explica ainda a médica nefrologista.

 

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O sal e a morte prematura

Para a médica nutróloga Marcella Garcez ,o consumo exagerado de sal já se tornou um problema de saúde  pública no Brasil:

“Isso representa muito custo para o sistema público de saúde e para a sociedade, porque pessoas morrem prematuramente, pessoas adoecem, deixam de trabalhar e produzir”, conta a dra.Marcella.

Mas o que é morte prematura? Segundo a medicina, o conceito atual de morte prematura é quando alguém morre antes dos 75 anos de idade.

Mas como se precaver disso?Bom, além evidentemente de  não sair tacando sal na comida, o risco de diminuir a expectativa de vida pode ser combatido melhorando a alimentação, ingerindo sempre frutas e vegetais que contenham potássio,como :

.Espinafre

.Couve

.Brócolis

.Acelga

.Banana

.Abacate

.Melão

.Kiwi

 

Uma outra boa opção é  sempre que possível as pessoas prepararem suas próprias refeições,diminuindo  por conta própria a ingestão de sódio,através da redução da  utilização do sal de cozinha.

“Nunca conseguiremos ter controle da quantidade de sal adicionado em uma refeição comprada em restaurante, fast-foods e delivery’’,afirma a nefrologista  Caroline Reigada.

Ela sugere ainda que em vez de ‘’abusar’’ do sal, as pessoas utilizem mais temperos naturais para dar sabor à comida, como por exemplo:

.Alho

.Cebola

.Cebolinha

.Salsinha

.Coentro

.Limão

 

 E a dra. Caroline conclui com a lista dos alimentos que devem ser evitados,por serem processados e com excesso de sódio:

 

.Embutidos

.Enlatados

.Sardinha em lata

.Conservas

.Carnes salgadas

.Molhos prontos

.Macarrão instantâneo

.Queijos amarelos

.Requeijão

.Salgadinhos de pacote

.Bolachas salgadas

.Maionese

.Patês

.Glutamato monossódico

 

Contamos com a colaboração da  Holding Comunicações e das médicas:

Dra. Caroline Reigada/Nefrologista

Dra.Marcella Garcez/ Nutróloga

 

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