Hipertensão: a ‘’assassina silenciosa’’!

Campanha mundial alerta para o perigo da pressão alta

Por: Equipe Marcio Atalla


Hipertensão: a ‘’assassina silenciosa’’!

Você tem o hábito de medir a sua pressão arterial? Caso a resposta seja ‘’SIM’’,ótimo. Caso não,você deve começar a dar atenção a isso,pois a hipertensão arterial  muitas vezes não apresenta sinais ou sintomas e é uma das principais causas de doenças   graves como:

.Infarto

.AVC

.Insuficiência cardíaca

.Doença vascular periférica

Insuficiência renal

.Enfermidades graves nos olhos

.Perda de capacidade cognitiva 

 

Esse mal,que muitos médicos costumam denominar de ‘’assassino silencioso’’,por causa da falta de sintomas é um dos maiores problemas mundiais de saúde pública

Segundo dados divulgados pela Sociedade Brasileira de Cardiologia(SBC),a hipertensão atinge mais de 1 bilhão 560 milhões de pessoas em todo o planeta,quase 30% da população global,provocando  10 milhões de mortes por ano .

No Brasil, dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) revelam que mais de  38 milhões de pessoas sofrem com a pressão alta. São 388 brasileiros que morrem todo dia devido à complicações desta doença.

Para diminuir estes números,a Sociedade Internacional de Hipertensão(ISH) lançou uma campanha mundial chamada ‘’#BecauseIsayso’’,traduzida no Brasil para #PORQUESIM e consagrou ainda o dia 17 de maio como o Dia Mundial de Combate à Hipertensão,numa iniciativa que foi denominada ‘’May Measure Month’’ (MMM).

 

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O que é hipertensão?

Apesar de ser uma doença extremamente comum e perigosa, ainda existe muita dúvida sobre o que é a hipertensão arterial.

Na verdade quando dizemos  que a ‘’pressão está alta’’,estamos falando da    pressão que o sangue que circula em nosso organismo faz contra as paredes das artérias e vasos sanguíneos do corpo. E se a  pressão fica alta, ocorre que o sangue pressiona de forma excessiva as paredes desses vasos, gerando um desgaste . Como os vasos são fundamentais  para levar oxigenação e nutrientes a todo o organismo, esse desgaste provoca várias complicações.

Mas qual o nível considerado normal para a pressão arterial?Quem responde é a médica cardiologista  Lucélia Magalhaes, presidente do Departamento de Hipertensão Arterial da Sociedade Brasileira de Cardiologia(SBC):

‘’O nível de pressão arterial considerado normal é 120/80 milímetros de mercúrio (mmHg): 120 de pressão sistólica e 80 de pressão diastólica. Essa é uma pressão ideal. Acima de 140/90 mmHg em três medidas em momentos diferentes é considerado hipertensão’’. 

Existe algum sintoma físico que permita alguém perceber que está com pressão alta?

‘’Existem alguns sinais e sintomas que podem levar a pessoa à uma suspeita, como dores de cabeça frequente, dores na nuca, cansaço ao realizar mínimos esforços, palpitações. Quem apresentar esses sinais deve procurar avaliação médica e realizar a medida da pressão arterial convencional. Porém, é importante ressaltar que a maioria das pessoas não sente absolutamente nada. Por isso dizemos que a hipertensão é um inimigo silencioso’’afirma a médica.

 

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Os vilões da hipertensão

Um dos grandes fatores que podem desencadear quadros de pressão arterial alta é o consumo em excesso de sal,como detalha a dra. Lucélia Magalhães:

‘’ O sal pode ser considerado um dos grandes vilões. O sal produz retenção de água e aumento da pressão arterial. O ideal é que a quantidade ingerida permaneça entre 5 e 6 gramas de sal. Mas normalmente ingerimos entre 10 e 12, ou seja, o dobro. Esse sal exagerado pode ser sim um dos responsáveis pela elevação da pressão arterial. Reduzir a ingestão de sal é um dos tratamentos não farmacológicos mais efetivos que a pessoa pode fazer’’. 

E a cafeína em excesso?Pode provocar também alterações na pressão?

‘’Não. A cafeína por si só não aumenta a pressão arterial. Em excesso, a cafeína pode ocasionar um aumento da frequência cardíaca e insônia’’,diz a dra.Lucélia.

Outros ‘’vilões’’ da hipertensão arterial são o estresse e a  ansiedade,que podem gerar uma descarga de adrenalina e noradrenalina no corpo elevando a pressão arterial. Quem sofre de ansiedade deve medir sua pressão quando se sentir nessa situação, além é claro,de procurar atividades que ajudem no relaxamento.

E em relação à faixa etária?Há alguma mais propensa a desenvolver a doença?

‘’Sim,com o envelhecimento  a nossa pressão arterial tende a ficar mais alta. Conforme envelhecemos, nossos vasos ficam mais rígidos e desenvolvemos a hipertensão arterial com mais frequência. Acima dos 70 anos, praticamente 80% das pessoas são hipertensas’’,diz a médica cardiologista.

Prevenção e tratamento da hipertensão

 É sempre bom lembrar que prevenir é muito importante para combater este ‘’inimigo silencioso’’ que é o aumento da pressão arterial.

A Sociedade Brasileira de Cardiologia(SBC) recomenda  que  todo mundo  deveria verificar a pressão já a partir dos 3 anos de idade. E caso a pessoa seja saudável, a medição pode ser feita a cada 1 ou 2 anos. Mas a partir dos 20 ou 30 anos,dependendo do histórico familiar,deve-se medir a pressão arterial a cada 6 meses.

E a cardiologista Lucélia Magalhães reforça a importância de se fazer pelo menos um check-up anual:

‘’O check-up pode ser feito por qualquer clínico, incluindo o cardiologista. Isso para avaliar a pressão arterial, os fatores de risco para doenças do coração em geral, e, se for necessário, recomendar alimentação saudável e atividade física’’,diz a médica. 

Mas qual seria o tratamento médico mais adequado, uma vez que o paciente seja diagnosticado com um quadro de hipertensão arterial?

A dra. Lucélia dá a seguinte orientação:

‘’Tratamento médico nunca é padronizado, mas alguns princípios devem ser respeitados. Primeiro é preciso que o médico examine o paciente, faca o histórico, exame físico, entenda o contexto da vida. Pode ser que ele inicie com tratamento não farmacológico, ou seja, que não depende necessariamente de remédio. Porém, não é incomum que o paciente precise de remédio logo na primeira consulta, a depender a cifra tensional, da gravidade do caso, da presença de lesões em outros órgãos, e presença de outros fatores de risco, como diabetes e outras doenças crônicas. A partir daí o médico pode prescrever remédios que devem ser ingeridos de forma adequada. A adesão ao tratamento, seja com remédio ou sem, é fundamental para tirar o paciente do risco. 

 

E conclui:

‘’Comer de forma saudável, não ser sedentário, não ter obesidade, fazer atividade física de leve a moderada com bastante regularidade, ter pensamentos positivos e ter uma vida equilibrada, sem estresse, ansiedade, depressão ajudam bastante a prevenir e enfrentar a doença’’.

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Contamos com a colaboração da  Contexto Assessoria e da médica

Dra.Lucélia Magalhães/Cardiologista

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