Doença celíaca: quais os cuidados?
Alergia ao glúten exige mudanças no estilo de alimentação
Por: Equipe Marcio Atalla

A doença celíaca é uma doença autoimune que se caracteriza por intolerância ao glúten.
Os portadores da enfermidade não devem, portanto, ingerir nenhum tipo de alimento que contenha glúten, sob o risco de apresentarem:
.Problemas intestinais
.Diarreia
.Prisão de ventre
.Flatulência
.Inchaço
.Irritabilidade
Segundo a Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil (Fenacelbra), existem cerca de 2 milhões de celíacos no país.
Por isso, o dia 16 de maio é consagrado como o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Celíaca, enfermidade que pode até prejudicar a saúde reprodutiva de mulheres e homens.
Para saber mais, siga lendo este texto.
O que é
A doença celíaca é uma condição autoimune crônica que afeta o intestino delgado. Ela é desencadeada pela ingestão de glúten, uma proteína encontrada:
.No trigo
.No centeio
.Na cevada
Quando uma pessoa com doença celíaca consome glúten, seu sistema imunológico reage, afetando o intestino delgado e com prometendo as estruturas responsáveis pela absorção de nutrientes.
A causa exata da doença celíaca ainda não é totalmente compreendida, mas já se sabe que envolve uma combinação de fatores genéticos e ambientais.
Os sintomas da doença celíaca podem variar amplamente e nem sempre são gastrointestinais. Mas entre os sintomas mais comuns estão:
.Diarreia
.Dor abdominal
.Inchaço
.Fadiga
.Anemia
.Perda de peso
.Erupções na pele
Em crianças, a doença pode levar a atraso no crescimento e puberdade tardia. E muitas pessoas com doença celíaca podem não apresentar sintomas.
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Afeta a reprodução
O que pouca gente sabe é que, em alguns casos, a doença pode até prejudicar a reprodução humana.
“Alguns estudos mostraram uma relação da doença celíaca com alterações importantes principalmente com relação à redução do período reprodutivo, associados inclusive com menopausa precoce. Distúrbios menstruais, como amenorreia ou ausência de menstruação, também já foram notados. No caso de homens com doença celíaca, eles podem ter disfunção gonadal (mal funcionamento dos testículos) o que poderia levar a problemas de fertilidade”, afirma o ginecologista e obstetra Fernando Prado, especialista em Reprodução Humana, integrante da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM) e diretor clínico da Neo Vita.
E prossegue o dr. Fernando:
“Mas quando a doença está controlada, ela não é considerada impactante para afetar a fertilidade. Porém, quando o paciente tem a doença ativa não controlada ou a doença ativa não diagnosticada, é que ela se relaciona com a infertilidade”, diz o médico.
Algumas hipóteses para isso são as inflamações provocadas pela condição, que impactam na má absorção de nutrientes muito importantes para o sistema reprodutivo, tais como:
.Ferro
.Ácido fólico
.Vitamina K
.Vitamina B12
.Vitamina B6
‘’ Mas não é apenas a desnutrição e a deficiência nutricional que estão envolvidas. Os anticorpos presentes no organismo, por conta da doença celíaca, afetam a função placentária e a função imunológica, como também a capacidade de invasão e adesão no útero’’, explica o médico.
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Tratamento e dieta
O tratamento principal para a doença celíaca é uma dieta rigorosa, excluindo o glúten da alimentação diária.
Isso significa evitar todos os alimentos que contenham trigo, cevada e centeio, bem como produtos que possam ter sido contaminados com glúten.
A orientação é retirar do cardápio produtos industrializados com a presença de farinhas que contenham glúten, que pode ser encontrado em:
.Pães
.Bolos
.Macarrão
.Bolachas
.Pizzas
.Cervejas
Com uma dieta sem glúten, a maioria das pessoas com doença celíaca experimenta melhora significativa nos sintomas e na qualidade de vida.
Por conta da exclusão total de alguns alimentos ricos em carboidratos e fibras, a dieta indicada para os celíacos deve conter:
.Gorduras (margarina, manteigas, óleos)
.Proteínas (carne em geral)
.Carboidratos (massas sem glúten, açúcares)
É fundamental que o diagnóstico da doença celíaca seja feito por um médico, através de exames de sangue e biópsia do intestino delgado. O acompanhamento médico regular e o suporte de um nutricionista são essenciais para garantir uma dieta equilibrada e a saúde a longo prazo.
E é importante lembrar que só deve evitar o glúten quem tem a doença celíaca. Quem não sofre com o problema não tem porque cortar o glúten da dieta, pois pode acabar gerando resistência do organismo a essa proteína.
Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e do médico:
Dr. Fernando Prado/ Ginecologista e Obstetra
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