Areia, sol e mar. Esta combinação é a forma de lazer preferida de milhões de brasileiros e também de milhares de turistas que anualmente vem para cá curtir as praias do litoral do Brasil.

E num país onde as altas temperaturas são comuns, mesmo fora do verão, as praias acabam se tornando uma opção de divertimento muito procuradas, atraindo as pessoas quase o ano todo.

Mas para viver bom momentos nas praias é preciso tomar certos cuidados, para evitar problemas de saúde como:

.Desidratação

.Intoxicação alimentar

.Queimaduras na pele

.Erisipela

.Rosácea

.Cáries

Para escapar desses incômodos, preparamos algumas dicas importantes para você curtir a praia numa boa! Veja a seguir!

Hidratação e alimentação

A primeira preocupação de quem vai ficar horas na praia debaixo de sol quente é hidratar o corpo.

 “A combinação de calor, sudorese e esforço físico favorece a desidratação, que acontece quando a quantidade de água perdida pelo organismo é maior do que a ingerida. E as consequências para a saúde podem ser graves, como alterações do ritmo cardíaco e da pressão arterial, sensação de desmaio iminente e, se persistente, até danos aos rins, fígado e cérebro”, afirma a nutróloga Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

Os principais sintomas da desidratação, são:

.Sede

.Boca seca

.Diminuição do suor

.Redução  da elasticidade da pele

.Pouca produção de urina

‘’Para a hidratação, a água é insubstituível. Em contrapartida, evite o consumo de álcool, que favorece a desidratação, principalmente quando combinado à exposição solar”, acrescenta a médica.

A segunda dica é ficar atento à alimentação, para evitar uma intoxicação.

 “Alimentos de composição e procedência desconhecidas, preparados fora das normas básicas de higiene e mal embalados ou acondicionados, possuem risco de contaminação, principalmente na praia, já que as altas temperaturas favorecerem as contaminações. Na dúvida, o melhor é optar por alimentos industrializados, embalados, dentro da validade e bem armazenados”, aponta a dra. Marcella.

E diz ainda a nutróloga:

“Refeições muito elaboradas, com grandes quantidades de gorduras e condimentos, também devem ser evitadas, pois podem causar disfunções digestivas, que são agravadas em dias de calor

Também é preciso ficar atento ao manusear certos tipos de alimentos.

 “Limão, laranja e caju contêm fito ácidos na casca que, quando em contato com a pele exposta ao sol, podem causar queimaduras e manchas’’, comenta a dermatologista Paola Pomerantzeff da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

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Pele, cabelos e boca

A pele também fica muito exposta a fatores climáticos como:

.Sol

.Calor

.Vento

Por isso, é recomendado hidratar a pele com produtos com vitamina E, que possuem ainda ação antioxidante e calmante.

“Mas, em caso de queimaduras, atente-se aos hidratantes intitulados pós-sol, pois alguns possuem uma consistência espessa e oleosa que cria uma barreira emoliente no topo da pele, aprisionando o calor na camada superior da epiderme e exacerbando a inflamação e a sensação de queimadura”, alerta a dermatologista Paola Pomerantzeff.

E caso a pele não esteja muito sensível por causa da exposição ao sol, uma esfoliação pode ser recomendada.

“A esfoliação ajuda a remover as células mortas e impurezas da pele, acelerando a renovação celular e suavizando a superfície do tecido cutâneo, além de aumentar a eficácia dos cosméticos aplicados em seguida”, explica a também dermatologista Lilian Brasileiro, integrante da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Um outro cuidado fundamental é usar protetor solar para prevenir o envelhecimento precoce e o câncer de pele.

“Um protetor solar adequado deve oferecer amplo espectro de proteção solar, com, no mínimo, FPS 30 e um terço desse valor de PPD ou FP-UVA, que indicam o fator de proteção solar contra a radiação UVB e UBA, respectivamente. O produto deve ser aplicado diariamente com reaplicação a cada 2 horas, em média”, afirma a médica dermatologista Ana Maria Pellegrini, também da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

A dosagem adequada do uso do filtro solar é a seguinte:

.1 colher de chá para a cabeça

.1 colher de chá para o peito e o abdômen 

.1 colher de chá para as costas

.1 colher de chá para cada braço

.1 colher de chá para a parte de frente da perna

.1 colher de chá para a parte de trás da perna

.1/2 colher de café para o rosto

E tem uma outra parte do corpo que muita gente esquece, mas que também precisa de proteção: os cabelos.

‘’A radiação solar também favorece a degradação das proteínas que compõem os fios, tornando-os mais fracos e quebradiços. Além disso, também pode levar a queimaduras no couro cabeludo, causando um processo inflamatório que favorece a queda capilar e o surgimento de câncer de pele na região”, avisa o médico e professor Danilo S. Talarico, pós-graduado em Dermatologia Clínico-Cirúrgica.

O sal da água do mar também pode deixar os fios ressecados e quebradiços.

“Para evitar esses danos, é importante fazer uso de fotoprotetores específicos para os fios. Além disso, molhe os cabelos antes de mergulhar, assim já estarão saturados e absorverão uma menor quantidade de sal. E volte para baixo do chuveiro ao sair da água para retirar qualquer resíduo de areia, cloro ou sal dos fios”, sugere o dr. Danilo.

Outro cuidado que geralmente é negligenciado é a higiene oral. Sim isso mesmo, pois se você pretende passar o dia na praia, vai comer e beber, e é preciso cuidar dos dentes e da boca após as refeições para evitar cáries e doenças nas gengivas.

Leve o seguinte ‘kit básico’’:

.Escova de dentes

.Pasta de dentes

.Escova interdental ou fio dental

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Areia e temperatura

Também é preciso estar atento ao contato da pele com a areia, principalmente se a praia estiver suja, com resíduos de lixo e se você estiver com alguma ferida no corpo, principalmente nos pés ou pernas. Isso pode acabar causando infecção por bactérias que causam a erisipela.

 “Afetando geralmente as pernas, a erisipela é uma infecção da gordura que existe entre a pele e o músculo. A bactéria causadora da infecção penetra no organismo pelo que chamamos de portas de entrada, que são rupturas da pele, como arranhões, machucados, frieiras e unhas encravadas. Se a imunidade estiver baixa, a bactéria consegue se proliferar, gerando vermelhidão, calor, sensação de febre, dor e inchaço na região afetada, além de bolhas em casos mais graves”, explica a cirurgiã vascular Aline Lamaita, da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV).

Ir à praia em dias muito quentes pode ser um problema para pessoas que sofrem com certas condições de saúde, como varizes. “O calor favorece a vasodilatação sanguínea e, consequentemente, o inchaço das pernas, que, se não for controlado e permanecer por longos períodos de tempo, pode piorar as varizes em pessoas que já sofrem com o problema”, garante a cirurgiã vascular.

As altas temperaturas podem ainda levar à vasodilatação, um problema para quem sofre com rosácea. 

“A rosácea é uma doença inflamatória e crônica caracterizada pelo aumento do número de vasinhos na pele, gerando vermelhidão. Logo, quem sofre com o problema deve evitar a exposição ao sol e ao calor, que pode piorar severamente o quadro de vermelhidão. Nesses casos, o ideal é evitar ir à praia nos horários mais quentes do dia e, se for, permanecer na sombra e em locais mais frescos’’, finaliza a médica Paola Pomerantzeff.

Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e dos profissionais de saúde:

Dra. Marcella Garcez/Nutróloga

Dra. Paola Pomerantzeff/ Dermatologista

Dra. Ana Maria Pellegrini/ Dermatologista

Dra. Lilian Brasileiro/Dermatologista

Dr. Danilo S. Talarico/Dermatologista

 Dra. Aline Lamaita/ Cirurgiã Vascular

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