Perdi muito tempo desejando fazer as mesmas coisas, me enxergar da mesma pessoa, ser a mulher que eu era… e só me frustrei pelo caminho. Quantas vezes chorei pela casa …  por não me reconhecer dentro de mim? Incontáveis foram às vezes que fiquei na frente do  no espelho (descabelada, fora de forma, cansada e cheia de olheiras ) me perguntando se era isso mesmo… Resolvi escrever , e entender o que estava precisando acontecer para eu me tornar mãe! Desrespeitei o meu tempo e sofri! Me cobrei demais coisas supérfluas e não sabia demandar quando mais precisei..

Demorei, mas eu descobri que nunca serei quem um dia fui. Aprendi a amar minhas novas formas, meu cabelo branco a mostra, minhas cicatrizes, e até as minhas roupas que não cabiam mais em mim…

Aprendi a amar a paciência que adquiri, o carinho que exala em mim, a minha forma de respeitar o próximo, o senso de justiça, a minha nova visão de mundo, e principalmente a maternidade que tanto me transformou – e até machucou, me tornando exatamente quem eu sou!

Talvez, você aí não perceba, mas enquanto você se olhar no espelho querendo ser quem era, vai perder a linda paisagem dessa longa viagem chamada maternagem. Olha quantos frutos você deu, mãe! Olha quantas lágrimas você enxugou e quantos sorrisos você plantou. O seu novo eu é incrível. Olhe para dentro de você e se permita enxergar a luz que SÓ VOCÊ TEM!

Sua missão é linda, e vai muito além do que os outros podem enxergar… seja gentil com quem merece todo o seu amor: você!
Hoje, eu brindo à você! Eu brindo a mim! Vida longa e amor próprio, é tudo que eu desejo para nós.

Feliz dia das mães!

Por: Miu Paltronieri