Inchaço nos pés: entenda este sinal
Doenças,hormônios,ou até o calor podem provocar inchaços nos pés e tornozelos
Por: Equipe Marcio Atalla
Você trabalha quase o tempo todo em pé? Ou quando está com horário livre, passa muito tempo deitado? E depois de ficar numa dessas posições, notou seus pés ou tornozelos inchados?
Pois é, este quadro é mais comum do que se pensa. Os inchaços nos pés ou tornozelos geralmente estão relacionados à postura do corpo e retenção de líquidos, podendo ser agravados por problemas como:
.Doença renal
.Alterações hormonais
.Inflamações
.Gestação
.Medicações
.Mudanças de temperatura
Quer saber mais sobre as causas e tratamentos destes incômodos inchaços? Então não deixe de seguir lendo esta reportagem.
Alterações hormonais e inflamações
É preciso lembrar que pés e tornozelos ajudam a sustentar o corpo humano e, portanto, a própria força da gravidade fará com que sejam as partes do organismo que mais estarão vulneráveis ao acúmulo de líquidos.
‘’Os pés são os primeiros a demonstrar o inchaço independente da sua causa e são um ótimo índice para o exame físico numa consulta médica para avaliar a retenção de líquidos, sendo um indicativo de que algo não vai bem’’, explica a cirurgiã vascular Aline Lamaita, diretora(comissão de marketing) da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular(SBACV).
Ainda segundo a médica, o inchaço nos pés ou tornozelos pode ter como causa alterações dos hormônios da tireoide, como o hipotireoidismo e variações de hormônios ginecológicos, como na menopausa ou na TPM.
“Nessas situações geralmente temos uma dilatação dos vasos que favorece o acúmulo de líquidos. Outra causa sistêmica pode ser o mal funcionamento dos rins, relacionado ao acúmulo de líquido em todo o corpo, pois na insuficiência renal, o rim para de filtrar e expelir a urina. Isso gera um desequilíbrio hídrico que sempre vai ter uma manifestação nas pernas”, diz a dra. Aline.
Outras causas são processos inflamatórios, como:
.Tendinites
.Artrites
.Erisipelas
“Nesses casos em geral vemos o comprometimento de apenas um membro. Condições circulatórias também têm relação com o acúmulo de líquidos, em casos urgentes como trombose geralmente unilateral e bilateral quando falamos em varizes e doença venosa. A própria hipertensão arterial pode causar a inchaço das pernas quando descompensada. A insuficiência venosa, as famosas varizes, e a síndrome pós-trombótica têm como consequência o inchaço crônico nas fases mais avançadas da doença, associadas geralmente a dermatites, escurecimento da pele no local e até o aparecimento de feridas”, conta a cirurgiã vascular.
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Calor,medicações e gestação
Fique atento pois mudanças de temperatura também podem gerar este desconfortável problema.
“Esse inchaço geralmente acontece no calor, nas duas pernas, após um dia puxado. A condição regride facilmente com o repouso ou após uma noite de sono e geralmente não necessitam de maiores preocupações. Mas se o edema é frequente ou associado a outros sintomas como dor, coceira, vermelhidão, ou que não cedem facilmente ao repouso, precisamos procurar um cirurgião vascular’’, diz a dra. Aline Lamaita.
Certas medicações também podem ter relação com os inchaços.
“Medicações utilizadas como anti-hipertensivos, que aumentam a vasodilatação, podem causar o inchaço, principalmente na população mais idosa’’, fala a médica.
E ela acrescenta que as gestantes também devem tomar cuidados maiores.
‘’Outra condição bastante associada ao inchaço é a gestação, quando temos inchaço pela dificuldade de passagem de sangue por conta da compressão do útero e pela variação hormonal. A condição apresenta piora importante caso a gestante sofra com a síndrome hipertensiva gestacional”.
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O tratamento
E quem sofre com os inchaços, deve fazer o que para aliviar os desconfortos?
A médica indica algumas medidas, tais como:
.Repouso com elevação dos pés
.Compressas frias com chá de camomila
.Alimentação rica em frutas, verduras e legumes
.Beber muita água e outros líquidos(evitando álcool e refrigerantes) para estimular a diurese
.Movimentar sempre os pés e tornozelos
“Quando não há suspeita de trombose ou a mesma foi descartada, pode se realizar drenagem linfática”, orienta a cirurgiã vascular.
E ela conclui com dicas para quem vai viajar de avião.
“Durante um voo longo, momento em que algumas pessoas também sofrem com o problema, é obrigatório a movimentação das pernas a cada hora, evitar uso de bebidas alcoólicas que conhecidamente causam retenção, uso de meias elásticas compressivas e até de medicação anticoagulante em pessoas e alto risco”.
Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e da Dra.Aline Lamaita/Cirurgiã Vascular
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