Gastrite nas crianças: fique alerta!

Dor de estômago pode ser um sinal de gastrite infantil

Por: Equipe Marcio Atalla


Gastrite nas crianças: fique alerta!

Seu filho ou filha já se queixou de dor de estômago para você? Pois é, os pais, mães e responsáveis devem ficar atentos porque uma aparentemente corriqueira dor de estômago pode ser sinal de uma condição bem mais incômoda e grave: a gastrite.

A gastrite afeta milhões de pessoas em todo o mundo. E embora seja muitas vezes subestimada, ela pode trazer uma série de desconfortos e, se não for tratada adequadamente, tem chances de evoluir para problemas de saúde mais sérios. É fundamental compreender o que é a gastrite, suas causas, sintomas e, principalmente, os riscos que ela pode representar para a saúde.

Ignorar a gastrite ou não tratar o problema adequadamente pode levar a complicações graves que irão impactar a saúde a longo prazo, podendo chegar a quadros de :

.Úlcera

.Anemia

.Displasia

.Câncer de estômago

 

Entre os fatores que podem desencadear casos de gastrite nos pequenos estão:

.Alimentação

.Estresse 

.Medicamentos

Para saber como prevenir e cuidar de casos de gastrite nas crianças, siga lendo esta reportagem.

 

 O que é

A gastrite é uma inflamação da mucosa do estômago e é mais comum em adultos, mas tem também atingido cada vez mais as crianças.

Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), cerca 20% das crianças em idade escolar podem apresentar problemas gastrointestinais. E a Federação Brasileira de Gastroenterologia (FBG) informa que os casos de gastrite triplicaram na última década no Brasil, na faixa que vai dos 6 aos 12 anos de idade.

‘’Essa condição está cada vez mais presente em consultórios pediátricos. As causas frequentes são os erros alimentares, o uso prolongado de certos medicamentos e fatores emocionais, como a ansiedade”, esclarece a médica Daniele Pires Dias Alves, pediatra gastroenterologista da Clínica Pediátrica da Barra, no Rio de Janeiro.

 

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Causas e sintomas

Entre os principais fatores que podem causar gastrite nas crianças, estão:

.Alimentos ultraprocessados

.Alimentos ricos em gorduras

.Alimentos com corantes

.Refrigerantes

.Medicamentos

‘’O uso prolongado de anti-inflamatórios e corticoides, fatores emocionais como estresse e ansiedade, além da infecção pela bactéria Helicobacter pylori, tem contribuído também para o aumento de casos. A rotina acelerada das famílias e o aumento da ansiedade infantil são outras causas  para esse cenário”, explica a médica.

Entre os sintomas mais frequentes da gastrite infantil, se encontram:

.Dor na “boca do estômago” (principalmente após as refeições)

.Sensibilidade ao tocar no estômago

.Náuseas

.Vômitos

.Aftas

.Mau hálito

 

“Estes sintomas podem ser sutis e se confundir com dores de barriga comuns. Por isso, a atenção dos pais e a escuta cuidadosa são fundamentais”, aponta a dra. Daniele Pires.

E comenta ainda a especialista:

“A criança pode passar a comer menos, recusar alimentos e entrar num ciclo de perda nutricional perigoso para a sua faixa etária”.

 

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Prevenção e tratamento

Mas como diagnosticar se a criança está realmente com gastrite?

‘’O diagnóstico geralmente é feito por meio de anamnese clínica e exame físico. Em casos mais persistentes, pode ser necessária a realização de uma endoscopia digestiva alta com anestesia geral, especialmente quando há suspeita de lesão mais profunda ou infecção por H. pylori’’, indica a pediatra gastroenterologista.

E prossegue a dra. Daniele Pires:

‘’Caso a criança apresente dores abdominais frequentes, queimação, recusa se alimentar, vômitos ou outros sintomas persistentes, é hora de buscar a avaliação de um gastroenterologista pediátrico’’.

Quando não há tratamento, a gastrite pode evoluir para:

.Quadros de emagrecimento

.Anemia

.Perda de apetite 

.Atrasos no crescimento e desenvolvimento

 

‘’A boa notícia é que a doença pode ser prevenida com mudanças simples e eficazes no estilo de vida da criança’’, fala a especialista.

A principal indicação é melhorar a dieta das crianças, adotando uma alimentação mais equilibrada, que seja:

.Rica em alimentos naturais

.Rica em alimentos sem corantes

.Reduzida em alimentos industrializados

.Reduzida em  frituras

.Reduzida em fast-food

.Reduzida ou sem embutidos

.Reduzida ou sem sucos artificiais

 

‘’O tratamento costuma envolver tanto ajustes na dieta quanto o uso de medicamentos gastroprotetores, sempre com orientação pediátrica. Também vale observar como a criança lida com emoções e buscar ajuda se houver sinais de ansiedade ou estresse. Quanto antes o diagnóstico for feito, maiores as chances de evitar complicações e restabelecer o bem-estar da criança”, conclui a pediatra.

 

Contamos com a colaboração da DATZ Comunicação e da médica: Dra. Daniele Pires Dias Alves/Pediatra Gastroenterologista

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