Endometriose: nem sempre é preciso operar!

Estudo mostra que 22% das cirurgias da doença são feitas sem necessidade

Por: Equipe Marcio Atalla


Endometriose: nem sempre é preciso operar!

A endometriose é atualmente a doença mais comum a afetar a saúde das mulheres em idade fértil. E às vezes, até memso a forma de tratamento pode acarretar riscos.

É que segundo um estudo científico boa parte das indicações de cirurgias para a endometriose são feitas sem necessidade.

Em função disso, para conscientizar as mulheres em particular e a população em geral sobre a importância do diagnóstico e do tratamento adequado, o dia 13 de março passou a ser celebrado no Brasil como o Dia Nacional da Luta contra Endometriose.

Para saber mais sobre a endometriose e não errar no tratamento, leia este texto até o final!

O que é a doença

A endometriose é uma doença inflamatória e hormonal que se caracteriza pelo crescimento do endométrio, aquele tecido mais interno que reveste o útero, para fora do órgão. É uma enfermidade que afeta cada vez mais mulheres, que precisam tomar alguns cuidados com o diagnóstico do tratamento a ser feito.

É que segundo um estudo coordenado pelo Hospital Albert Einstein (SP) e publicado no BMJ Open Quality, 22% das indicações de cirurgias para a doença são feitas sem necessidade.

‘’A mulher que sofre com endometriose deve ter um tratamento com uma equipe médica multidisciplinar, que irá definir quais são os casos realmente cirúrgicos,
buscando sempre oferecer uma maior qualidade de vida para a paciente’’, afirma o ginecologista André Vinícius, mestre em Ciências da Saúde, especializado em Ginecologia e Endoscopia Ginecológica pelo Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (IAMSPE) e professor da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).

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Quando fazer a cirurgia

É preciso ter atenção à indicação correta de quando fazer a cirurgia e não acreditar que a operação de forma isolada é sempre a solução do problema.

 “Já existem estudos que comprovam que em uma de cada 3 mulheres que trataram a endometriose apenas com a cirurgia, a doença retornou após alguns anos. E a partir do momento que a gente entende que a endometriose não tem cura definitiva, o objetivo precisa ser fornecer qualidade de vida para essas mulheres para que elas consigam conviver com a doença”, diz o dr. André Vinícius.

E acrescenta o médico:

“Perceba que a cirurgia da endometriose, quando bem indicada, pode sim mudar todo o histórico da doença da paciente, principalmente naquelas que já não apresentam mais respostas clínicas a outros tratamentos. O que não podemos fazer é encaminhar toda e qualquer paciente para a cirurgia sem antes ter tentado outros tratamentos”.

É preciso reforçar também que retirar o útero não é, como muita gente pensa, uma forma de   tratar a endometriose. A doença se caracteriza pelo crescimento do tecido endometrial para fora da cavidade, por isso é bem provável que surjam focos da endometriose em outros órgãos do corpo da mulher.

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Tratamento e estilo de vida

O bloqueio hormonal pode ser indicado no tratamento, mas a primeira coisa que a mulher que sofre de endometriose deve fazer é procurar um atendimento personalizado e com profissionais de várias especialidades, como por exemplo:

.Ginecologista

.Endocrinologista

.Nutrólogo

‘’Ao avaliar uma paciente com endometriose, tentamos entender seus hábitos alimentares, pretensão de engravidar, a idade, se ela possui foco de endometriose no ovário, se ela já tem prole constituída, quais hábitos intestinais, entre outras questões”, comenta o médico André Vinícius.

Mudanças no estilo de vida também são recomendadas, principalmente a busca por uma alimentação mais saudável e equilibrada.

‘’Buscar uma alimentação mais limpa, livre de embutidos, ultraprocessados, fritura e menos açúcar, ajuda bastante as pacientes com endometriose’’, aponta o especialista.

Uma boa indicação nutricional para as pacientes com a endometriose é a dieta mediterrânea, baseada em:

.Vegetais

.Legumes

.Peixes

.Frutas

.Grãos integrais

.Nozes

.Azeite

.Ervas

.Especiarias

“Além de buscar uma alimentação saudável, também é importante a prática regular de atividade física e o controle de estresse, pois o estresse hormonal e físico determina alterações ligadas ao estresse oxidativo, que é um gatilho para a inflamação. Já pacientes sedentárias tendem a ter um maior acúmulo de gordura e esse tecido adiposo em excesso produz uma série de ocitocinas que também são inflamatórias. A privação de sono também provoca o estresse oxidativo e inflamatório”, conclui o ginecologista.

 

Contamos com a colaboração da Broto Comunicação e do médico: Dr. André Vinícius/Ginecologista

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