Atenção com o melanoma!
O diagnóstico precoce deste tipo de câncer pode salvar vidas
Por: Equipe Marcio Atalla

O melanoma é considerado o tipo de câncer de pele mais agressivo. No Brasil são mais de 5500 novos casos a cada ano, segundo o INCA, o Instituto Nacional do Câncer.
Por isso, anualmente ocorre aqui no país a campanha Junho Preto, para alertar e conscientizar sobre a importância do diagnóstico precoce, que aumenta bastante as chances de sucesso no tratamento do melanoma.
Quer saber mais como se prevenir? Então leia esta matéria completa!
Fatores de risco
Antes de mais nada é preciso entender melhor o que é o melanoma. Para isso, procuramos a opinião de um especialista no tema, o oncologista Ramon Andrade de Mello, Vice-presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia (SBC) e médico do Centro Médico Paulista High Clinic Brazil (São Paulo).
“O melanoma maligno avançado é uma doença muito agressiva, historicamente com prognóstico ruim, possuindo alto risco de metástase se não for identificado precocemente. Já os tumores de pele não melanoma, como o carcinoma epidermoide e o carcinoma basocelular, são os mais comuns”.
E acrescenta o dr. Ramon:
“Os cânceres de pele ocorrem devido a replicação desordenada das células da pele, levando a formação de um tumor maligno”, detalha o médico.
Entre os vários fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de pele, estão:
.Exposição exagerada ao sol sem uso de protetor solar
.Histórico familiar
.Alterações genéticas
.Fototipo de pele
“A exposição solar desprotegida é realmente preponderante para o desenvolvimento do câncer de pele. Isso é especialmente preocupante no Brasil, onde a incidência de radiação solar é muito elevada”, fala o médico.
Por isso, não negligenciar a fotoproteção é um dos principais cuidados para a prevenção do câncer de pele.
“Para evitar danos, é necessário aplicar diariamente um protetor solar com, no mínimo, FPS 30. Além disso, o produto deve ser reaplicado de 2 em 2 horas em ambientes abertos e de 4 em 4 horas em ambientes fechados. É importante também evitar a exposição solar entre 10h e 16h, período em que a radiação solar é mais forte. Nesse horário, prefira a sombra”, indica a dermatologista Claudia Marçal, integrante da American Academy Of Dermatology (AAD), da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD).
Confira também:
https://marcioatalla.com.br/vida-e-saude/cancer-de-pele-prevenir-pode-curar/
A importância do autoexame
O câncer de pele é, em geral, uma doença silenciosa, como a maioria das neoplasias, mas pode apresentar algumas alterações na pele, como:
.Pintas
.Sinais
Em função disso, se destaca a importância do autoexame da pele, que ajuda no diagnóstico precoce da doença o que pode aumentar as chances de cura em até 90%.
“O autoexame deve ser realizado principalmente nas pessoas de pele clara, com histórico familiar ou pessoal de câncer de pele, com uma grande quantidade de pintas, que se expuseram excessivamente ao sol antes dos 30 anos ou sofreram queimaduras”, comenta a dra. Claudia Marçal.
A dermatologista indica ainda um passo a passo para fazer o autoexame:
.Em frente ao espelho em um lugar com boa iluminação, comece examinando o rosto, principalmente nariz, lábios, boca e orelhas, além do couro cabeludo, o que pode ser feito com ajuda de um pente para separar os fios
.Em seguida, foque no pescoço, peito e tórax e não se esqueça da nuca e abaixo dos seios
.Nos braços, verifique axilas, antebraços, cotovelos e mãos, inclusive entre os dedos
.Com a ajuda do espelho ou de outra pessoa, atente-se às costas, nádegas e pernas
.Sente-se para olhar também o interno das coxas, área genital, tornozelos e pés, incluindo a sola e o espaço entre os dedos
O autoexame deve ser feito de preferência uma vez por mês e tem como objetivo verificar a existência de possíveis lesões seguindo a regra ABCD:
.Assimetria
.Borda
.Cor
.Diâmetro
“Dividimos a lesão em 4 partes iguais e comparamos os quadrantes. Caso a pinta seja assimétrica, tenha bordas irregulares, várias cores ou diâmetro maior que 6 mm, é motivo de atenção. Qualquer lesão que coce, doa, sangre ou que aumente de tamanho com rapidez também é preocupante. Ao notar qualquer um desses sinais, é importante buscar um médico’’, afirma a especialista.
E o dr. Ramon complementa:
“A dermatoscopia é um dos principais exames utilizados para identificar lesões suspeitas na pele. Porém, somente a biópsia dessa lesão é que vai definir o diagnóstico”.
Veja ainda:
https://marcioatalla.com.br/vida-e-saude/proteja-sua-pele/
O tratamento
Mas o que fazer caso o diagnóstico aponte realmente a existência de melanoma ou outro tipo de câncer de pele? É hora de iniciar o tratamento, que será definido caso a caso.
“Via de regra, o tratamento padrão para o câncer de pele é a cirurgia, mas a quimio e a imunoterapia também podem ser indicadas’’, orienta o médico Ramon Andrade de Mello.
E o oncologista finaliza com um recado importante:
‘’Existem ainda as terapias-alvo, uma abordagem inovadora que representa um grande avanço tecnológico para a oncologia. Com elas, é possível localizar os alvos celulares e manipulá-los para impedir o desenvolvimento dos tumores. E é bom lembrar que cada caso é um caso e é sempre importante discutir as possibilidades com o médico oncologista’’.
Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e dos médicos:
Dr. Ramon Andrade de Mello/Oncologista
Dra. Claudia Marçal/Dermatologista
Curtiu? Então você vai curtir essas também:
https://marcioatalla.com.br/vida-e-saude/5-dicas-para-prevenir-o-cancer-de-pele/
https://marcioatalla.com.br/atividade-fisica/exercicio-a-fonte-da-juventude-da-pele/