5 sinais do lipedema
Apenda a se precaver desta doença tão pouco conhecida
Por: Equipe Marcio Atalla
Você já ouviu falar em lipedema? Caso nunca tenha ouvido este termo, não se espante. Porque o lipedema só passou a ser considerado doença pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) em 2021 e sempre foi pouco conhecido pelos pacientes e até mesmo por muitos médicos.
O lipedema provoca o acúmulo localizado de gordura nas pernas, glúteos e tornozelos, gerando inchaços e deixando principalmente as pernas desproporcionais em relação ao restante do corpo.
O fato de haver muita desinformação, faz com que a doença seja muito confundida com outras condições, como:
.Obesidade
.Celulite
Para ajudar a identificar a doença e não atrasar o tratamento, listamos 5 sinais para identificar o lipedema. Veja a seguir!
Acúmulo e eliminação de gordura
Um dos primeiros sinais é o acúmulo desproporcional de tecido gorduroso principalmente em áreas do corpo como:
.Pernas
.Coxas
.Quadris
.Culotes
.Braços
‘’O lipedema é sempre simétrico e as pessoas com sobrepeso devem ficar especialmente atentas, visto que pode ser difícil notar o aumento do tamanho dos membros inferiores’’,diz a cirurgiã vascular Aline Lamaita, integrante da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular(SBACV).
Qual a característica física visível provocada pelo lipedema que mais chama atenção em quem tem o problema?
‘’A clara desproporção de acúmulo de gordura. As portadoras, quase sempre mulheres apresentam um acúmulo maior de gordura nas pernas, coxas e eventualmente nos braços, preservando a área central (abdômen). Classicamente a paciente de lipedema é descrita como tendo 2 corpos, um da cintura para baixo e outro da cintura para cima’’, aponta a dra. Aline.
Outro sinal é que essa gordura é difícil de ser eliminada, principalmente porque ao ser confundida com a obesidade, os métodos aplicados para combater o problema acabam não surtindo efeito.
“O grande problema é que a gordura do lipedema é doente, e frequentemente, não reduz somente com hábitos básicos como dietas e prática de atividade física. Esse deve ser outro sinal de alerta para buscar ajuda profissional”, sugere a médica.
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Dor e nódulos
Sentir dor ao toque nas áreas do corpo atingidas, é um dos outros sinais do lipedema.
“Não é incomum que a portadora de lipedema estranhe ao se submeter a uma drenagem linfática ou massagem relaxante, já que a experiência que deveria ser agradável, geralmente é acompanhada de dor e sensibilidade ao toque. Também pode ocorrer aumento da frequência de hematomas espontâneos’’, informa a especialista.
Outro sinal aparente do lipedema é a presença de nódulos na pele, num aspecto semelhante ao da celulite.
“É preciso ter atenção também à evolução desses nódulos: se eles crescerem, o tamanho das pernas aumentar e a pele começar a dobrar, como se fosse flácida, provavelmente trata-se de lipedema”, detalha a dra. Aline Lamaita.
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Fatores de risco
Existe ainda um 5º sinal que são os fatores de risco.
“O lipedema é um problema que afeta essencialmente o público feminino. Estima-se que 10% das mulheres sofram com o problema’’, informa a médica.
‘’Existe uma forte correlação entre distúrbios hormonais e o avanço da doença. Por isso, observamos picos de piora e manifestação da doença em períodos hormonais: puberdade, uso de anticoncepcionais, gestação e menopausa”, acrescenta a cirurgiã vascular.
Ao perceber algum destes sinais é fundamental buscar orientação médica.
“Hoje já existem algumas diretrizes que ajudam os médicos no diagnóstico, mas, por ser uma doença de tratamento multidisciplinar, é necessário que o médico se dedique a estudar o problema e entenda as várias áreas de conhecimento necessárias para direcionar as pacientes de maneira adequada”, fala a especialista.
O lipedema pode ser transmitido por herança genética?
‘’Sim, sabemos hoje que é uma doença genética e comumente atinge várias pessoas da mesma família’’, explica a cirurgiã.
O lipedema é uma doença crônica e não tem cura, mas pode ser efetivamente controlado.
“Um bom tratamento de lipedema começa pelo cirurgião vascular, mas o acompanhamento com nutricionista, fisioterapeuta e, eventualmente, ortopedistas e cirurgiões plásticos também é fundamental”, sugere a dra. Aline Lamaita.
Mudanças no estilo de vida com adoção de uma alimentação anti-inflamatória e prática regular de atividade física são estratégias importantes para controlar a evolução do lipedema.
Entre os exercícios mais indicados, estão:
.Hidroginástica
.Natação
.Pilates
.Musculação
‘’Outras medidas devem ser adotadas, como uso de meias de compressão e medicamentos e até mesmo a realização de procedimentos cirúrgicos para a retirada do tecido gorduroso doente, como a lipoaspiração”, conclui a médica.
Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e da médica: dra. Aline Lamaita/Cirurgiã Vascular
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