Artes marciais são uma excelente forma de manter a saúde física e mental

São milhares de praticantes de artes marciais envolvendo lutas, uma mostra que estas modalidades são muito procuradas por quem quer manter a boa forma.

Por: Equipe Marcio Atalla


Artes marciais são uma excelente forma de manter a saúde física e mental

A verdade é que qualquer estilo de arte marcial é um exercício quase completo, auxiliando, e muito, o praticante a entrar no ritmo de uma rotina de atividade física e ainda garantindo a melhora da saúde do organismo.

 

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Todos os esportes de luta ajudam a manter e melhorar o funcionamento cardíaco, ajudando também no aprimoramento do sistema vascular, aumentando a resistência, a potência muscular e a postura corporal.

Apenas umas dicas antes de começar a praticar: procure uma academia e um professor qualificado, que pratique e desenvolva a essência que qualquer luta marcial traz, isto é, a busca também pelo desenvolvimento interno e o equilíbrio e harmonia entre mente e corpo.

Judô: arte marcial mais tradicional e das mais benéficas à saúde

O judô foi criado no final do século XIX no Japão pelo professor Jigoro Kano. A ideia dele era criar uma arte marcial, que além de defesa pessoal, pudesse fornecer ao praticante o desenvolvimento mental, uma formação moral e é claro, um melhor condicionamento físico.

E a ideia deste professor japonês atingiu seu resultado: hoje, em pleno século XXI, o judô além de ser uma forma de defesa pessoal, é também um esporte recomendado à todas as idades, contribuindo para o controle e fortalecimento dos músculos do corpo.

Entre os benefícios, estão o fortalecimento do sistema cardiorrespiratório, a melhora dos reflexos e ainda o raciocínio, pois esta arte trabalha o equilíbrio mental, aumentando a autoconfiança e autoestima.

E podemos afirmar, sem medo de errar, que atualmente é a modalidade de luta marcial mais praticada no mundo, sendo ensinada à crianças e adolescentes em escolas, colégios e universidades.

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O Jiu-Jitsu brasileiro é uma arte marcial de origem japonesa que se utiliza essencialmente de golpes de alavancas, torções e pressões para levar um oponente ao chão e dominá-lo. Jū em japonês significa “suavidade”, e jutsu, “arte”. Daí seu sinônimo literal, “arte suave”.

Sua origem precisa é difícil de ser apontada, mas sabe-se que o ambiente de desenvolvimento e refinamento foram as escolas de samurais, com a finalidade de criar um método de defesa sem armas, em casos de lutas em que os samurais perdessem suas espadas.

Como os golpes traumáticos não eram eficientes, visto que os samurais vestiam armaduras, as quedas e torções começaram a ganhar espaço pela sua eficiência.

A primeira competição que aconteceu no Brasil, tinha as seguintes regras:

1. Todo lutador deverá se apresentar decentemente, com as unhas das mãos e dos pés perfeitamente cortadas;
2. Deverá usar traje kimono, que o Conde Koma lhe facilitará;
3. Não é permitido morder, arranhar, pegar com a cabeça ou com o punho;
4. Quando se fizer uso do pé nunca se fará com a ponta e sim com a curva;
5. Não se considera vencido o que tenha as espáduas [costas] em terra ainda que tenha caído primeiro;
6. O que se considera vencido o demonstrará dando três palmadas sobre o acolchoado ou sobre o corpo do adversário;
7. O juiz considerará vencido o que por efeito da luta não se recorde que deve dar três palmadas;
8. As lutas se dividirão em rounds ou encontros de cinco minutos por dois de descanso. Tendo o juiz de campo que contar os minutos em voz alta para maior compreensão do público;
9. Se os lutadores caírem fora do tapete, sem que nenhum deles tenha avisado, o Sr. Juiz deve obrigá-los a colocar-se de novo no centro do acolchoado, em pé, frente a frente;
10. Substituirão em suas obrigações ao sr. Juiz os srs. Jurados. Nem a empresa nem o lutador que vencer é responsável pelo maior mal que possa sobrevir ao vencido, se por tenacidade não quiser dar o sinal convencionado para terminar a luta e declarar-se vencido.

Pontos positivos:
– Esporte que propicia o contato corporal, desenvolvendo membros superiores e abdômen
– Previne osteoporose devido ao impacto constante pelas quedas no chão
– Trabalha resistência muscular geral

Desvantagens:
– Risco de lesões musculares e articulares devido ao impacto no chão e entre os participantes

Tempo desejável de prática:
– Se for regular pelo menos 3x/semana, as diferenças nas habilidades e no corpo já são notadas em 3 a 4 meses
Gasto calórico médio
– de 300 a 600 kcal/h

Indicado para:
– É indicado para quem procura um esporte que trabalhe simultaneamente o físico e a mente.
– Não é indicado para pessoas com problemas cardíacos ou respiratórios, pois exige bastante da condição física do praticante.
– Crianças até os oito anos não devem praticar o esporte.

O jiu-jitsu deve ser muito bem orientado pois o risco de lesões é grande. Senão, pode ser confundido com luta corporal e é um esporte acima de tudo, com regras e normas.

Em 1917, um adolescente de nome Carlos Gracie (1902–1994) viu pela primeira vez, em Belém, uma apresentação do japonês que era capaz de dominar e finalizar os gigantes da região. Amigo de seu pai, Gastão Gracie, Maeda concordou em ensinar ao garoto irrequieto a arte de se defender.

Na arte do jiu jitsu, em pé ou no chão, a força do oponente deveria ser a arma para a vitória. Para se aproximar do adversário, o uso de chutes baixos e cotoveladas deveriam ser os artifícios antes de levá-lo para o chão.

Carlos Gracie abraçou de vez o Jiu-Jitsu e passou a incutir nos irmãos o amor pela arte. em 1925, abriu a primeira academia de Jiu-Jitsu da família Gracie. Carlos teria 21 filhos, sendo que 13 deles se tornariam faixas pretas, o que tornou ainda mais fortalecida a arte marcial pela família.

Helio Gracie tornou-se, rapidamente, o destaque entre os irmãos, pelas inovações técnicas que promoveu e pelo espírito indomável que não combinava com o porte franzino. Os Gracie continuaram, no Rio de Janeiro, os desafios a capoeiristas, estivadores e valentões de todas as origens e tamanhos. Afinal, o objetivo era mostrar que a força e o tamanho não seriam dotes fundamentais para bons lutadores. Afinal, se em pé ao grandões tinham vantagens, no chão eram presas fáceis para os botes e estrangulamentos dos lutadores de jiu jitsu.

O karatê, como é conhecido no Brasil, é um esporte que vem crescendo no mundo inteiro, inclusive entre o público feminino.

A luta, que nasceu no Japão e recebeu fortes influências da China é formada por uma sucessão de golpes, entre eles, socos, pontapés, bofetadas e joelhadas.

Além dos golpes de ataque, são ensinadas técnicas de defesa, como por exemplo, imobilizar o oponente, bloqueando o seu ataque e impedindo-o de desferir mais golpes.

Para conseguir realizar a luta, é necessário ter um bom condicionamento físico, cardiorrespiratório, equilíbrio, flexibilidade e velocidade. Quem não desenvolveu nenhuma dessas faculdades, com certeza irá adquiri-las com o karatê e constatar uma melhora na saúde em geral, inclusive pela perda de peso que a atividade regular proporciona.

Sem contar que o karatê desenvolve um aspecto que não é comum em outros esportes: auxilio no controle de emoções negativas como o medo e a raiva. Tanto é que grande parte dos praticantes se dedica a atividade com o objetivo de melhor o corpo e a mente.

Capoeira: boa atividade para livrar o estresse, emagrecer e melhorar o sistema cardiovascular

Ansiedade e estresse? Quem não tem? Capoeiristas! A atividade, além de combater esses grandes males da atualidade, ajuda a emagrecer e melhorar o sistema cardiovascular. E de quebra quem pratica capoeira ajuda a manter viva essa que é uma das maiores manifestações do patrimônio cultural brasileiro.

Não se sabe ao certo a origem da capoeira, mas com certeza foi criada por negros africanos como forma de arma para se defender da escravidão.

Por conta disso, foi considerada prática criminosa pelo código penal. Isso em 1890. Hoje é considerado um exercício completo, pois movimenta todas as partes do corpo. A luta se caracteriza por golpes ágeis e complexos em que pés, mãos, cabeça, joelhos e cotovelos são utilizados misturando exercícios aeróbicos, que ajudam a emagrecer; e anaeróbicos, que desenvolvem os músculos.

A capoeira aumenta a flexibilidade, o equilíbrio, a força e a resistência. Como é praticada num ambiente de música e muita descontração, a luta acaba por diminuir o estresse. Ajuda também a liberar tensões e agressividade e a manter o autocontrole. E a combater a timidez.

Lutar capoeira também é uma ótima oportunidade de emagrecer. Pode se perder de 500 a 680 calorias por aula. Crianças, jovens, adultos e idosos de ambos os sexos podem praticar capoeira. Quem deseja se iniciar na prática de buscar um instrutor, ou mestre, confiável.

 

E que tal fazer a capoeira dentro d’agua?

Depois da ginástica propriamente dita e do Pilates, chegou à vez da capoeira ser praticada na água. A nova modalidade da arte marcial, realizada dentro da piscina de hidroginástica, tem feito atraído esportistas. A hidrocapoeira pode ser praticada por qualquer pessoa, inclusive por quem está na terceira idade e por quem tem dificuldade de realizar os movimentos em solo.

Dentro da água, os movimentos da luta são desenvolvidos com o objetivo de vencer a resistência com equilíbrio, que é conseguido de maneira muito mais fácil. Sem falar que a água ajuda a diminuir os impactos nas articulações, provocados pelos exercícios, sem causar dores musculares. Nada que chegue a atrapalhar as características da atividade, que mistura arte macial, esporte, dança, cultura popular e música.

Os benefícios são inúmeros, como o auxilio da eliminação da gordura corporal, fortalecimento muscular e a melhora da qualidade do sono, da condição cardiorrespiratória e do humor. O gasto energético e calórico da capoeira na água é maior, devido ao fato do praticante ter que vencer a resistência da água, que é 900 vezes maior que a resistência do ar.

A modalidade n´água pode ser praticada por qualquer pessoa, inclusive por quem está na terceira idade, cuja dificuldade de realizar os movimentos em solo é muito maior. A hidrocapoeira trabalha movimentos circulares, exigindo muito das fibras musculares e executando um complexo padrão neurológico sem que o praticante se dê conta, devido a forma lúdica como a atividade é praticada.

Ou ate mesmo o boxe?

Se você luta boxe ou anda pensando em começar a praticar, nem pense em desistir por conta do calorão do verão que chega. Basta lutar dentro d´água como muita gente anda fazendo. A modalidade, denominada Hidro Kick Boxing, se baseia nos movimentos da luta realizada fora d´água e gasta muitas calorias, em torno de 500 a 700 por aula, com duração de 45 minutos. A resistência da água dificulta os movimentos, aumentando assim o gasto calórico.
Além de emagrecer, o boxe na água melhora o condicionamento cardiovascular. E como são praticados na piscina, os golpes oferecem menos riscos para as articulações. Chutes e socos provocam menos danos porque a água diminui o impacto dos golpes. E o relaxamento proporcionado pela água causa menos dor aos músculos e mais conforto para o praticante.

O Hidro Kick Boxing permite trabalhar o corpo como um todo. Membros inferiores, superiores e abdômen são exercitados durante todo o tempo. Alivia o estresse, pois como todo exercício a endorfina, neurotransmissor que traz a sensação do prazer e do bem-estar. Aumentam a flexibilidade corporal, o equilíbrio, a coordenação, a força e a resistência.

Na modalidade também se usam luvas, só que um modelo exclusivamente para a luta aquática. Trata-se de um alter em formato de luva flutuante, permitindo que os todos os movimentos comuns ao esporte sejam realizados.
Pessoas de todas as idades podem praticar o Hidro Kick Boxing, mas é interessante se submeter a uma avaliação médica antes, por tratar-se de um exercício de impacto. As aulas devem ser praticadas no mínimo três vezes por semana.

O Muay-Thai é uma arte marcial oriental excelente para desenvolver a musculatura e a capacidade física…

O Muay-Thai, também conhecido como boxe tailandês é uma arte marcial que surgiu há mais de 2 mil anos na Tailândia, tendo sua origem confundida com o surgimento da própria nação tailandesa. No início, era muito próximo de outras lutas orientais como o Kung-Fu chinês e o Karatê japonês, mas depois se adaptou, aproveitando elementos do boxe ocidental e hoje é uma arte marcial que usa os socos e chutes como ataque e defesa.

O boxe tailandês chegou ao Brasil no começo da década de 80 e as primeiras academias foram instaladas no Rio de Janeiro e em Curitiba. O esporte caiu no gosto dos brasileiros e hoje é praticado em todo o país, por homens e até mulheres de todas as idades, como forma de defesa pessoal e aprimoramento físico.

Como todo esporte de luta de contato, o treinamento é muito rigoroso e exige bastante dos praticantes. Além das sessões de alongamento, são feitos muitos exercícios físicos para fortalecimento dos músculos, principalmente os dos braços, pernas, abdômen e pescoço. Os alunos também treinam técnicas de “chute-boxe”, ou seja, chutes diversos e golpes do boxe inglês, juntamente com joelhadas e cotoveladas.

O treinamento é feito individualmente, em pares e em conjunto e intercala períodos de baixa, média e alta intensidade. Os socos e chutes são trabalhados durante toda a aula, aperfeiçoando a coordenação, o ritmo, a resistência muscular, a flexibilidade e o condicionamento cardiorrespiratório. E ainda ajuda emagrecer, pois o gasto calórico é grande.

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