A menopausa é um fenômeno biológico que se caracteriza pelo fim permanente dos ciclos menstruais e da fertilidade natural das mulheres e normalmente ocorre entre os 45 e 55 anos de idade, sendo precedida pelo climatério, período de transição que pode durar vários anos. 

A principal causa da menopausa é a queda dos níveis de hormônios ovarianos, especialmente o estrogênio, que desempenha papéis cruciais em diversas funções corporais.

E a redução do estrogênio durante a menopausa tem um impacto direto na saúde óssea das mulheres, podendo levar ao aumento de casos de osteoporose e artrite.

Para saber mais e como se prevenir deste problema, continue lendo este texto.

Alterações hormonais e osteoporose

Desde que ocorre a primeira menstruação, as mulheres passam por alterações hormonais ao longo da vida que provocam vários efeitos no corpo feminino. A partir do climatério (período de transição da fase reprodutiva para a não-reprodutiva) começam a aparecer também modificações na estrutura óssea das mulheres relacionadas à:

.Absorção de cálcio

.Falta de vitamina D

.Queda na produção de estrógeno e progesterona

Essas alterações hormonais levam à redução da quantidade de cálcio nos ossos, aumentando o risco de osteoporose já a partir dos 45 anos e com a possibilidade ainda maior em torno dos 70 anos.

‘’Por influência hormonal e em razão de fatores genéticos, a cartilagem das articulações das mulheres tende a sofrer um desgaste mais precoce do que o observado no corpo masculino. Além disso, indivíduos de descendência europeia estão mais suscetíveis à baixa absorção de cálcio e de vitamina D e na mulher essa condição predispõe a uma maior incidência das alterações hormonais’’, aponta o ortopedista Cleber Furlan, com mestrado em Ciências da Saúde pela Faculdade de Medicina do ABC(FMABC) e integrante da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT).

Além da osteoporose, a menopausa também pode contribuir para o aparecimento da artrite. A queda dos níveis hormonais pode causar inflamação nas articulações, agravando ou desencadeando condições como a osteoartrite. Essa doença degenerativa das articulações afeta a qualidade de vida e é marcada por:

.Desgaste da cartilagem

.Dor nas articulações

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Perda de massa muscular

 O corpo da mulher possui uma quantidade menor de massa muscular, que é muito importante para o movimento de tração dos ossos e quando ocorre a menopausa, isso contribui para agravar a perda óssea. E neste cenário, qualquer sobrecarga e impactos nas articulações promovem mudanças nas cartilagens.

Isso pode causar um maior risco do aparecimento de hérnias e também de quedas e fraturas em determinadas partes do corpo, como:

.Fêmur

.Ombros

.Coluna 

“Pensando no século passado, os homens exerciam mais trabalhos braçais do que as mulheres. Hoje, há uma diminuição constante da força laboral, porém essas alterações vão acarretar um impacto maior nas pessoas que são sedentárias. E para mulheres com hábitos modernos de sedentarismo e tabagismo, as alterações são maiores e mais graves”, expõe o médico. 

As mulheres nesta fase da vida também devem ficar atentas às condições das mamas, pois dependendo do tamanho, podem surgir desequilíbrios na musculatura e levar a problemas na coluna. Aquelas que tem próteses de silicone devem redobrar a atenção, pois podem ocorrer mudanças posturais e inflamações com o risco de:

.Hérnia de disco

.Problemas de coluna

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Como se precaver

Apesar de tudo isos, existem algumas medidas e hábitos que poder ser praticados para diminuir os riscos de osteoporose e artrite após a menopausa:

.Consumir alimentos ricos em cálcio, como laticínios e folhas verdes

.Exposição ao sol (entre 10h e 15h) ou uso de suplementos para garantir a vitamina D no organismo

.Manutenção de um peso corporal saudável

.Terapia de Reposição Hormonal (TRH),com indicação médica

.Atividade física  com exercícios de resistência, como musculação e de  impacto moderado, como caminhadas

Exercícios físicos são fundamentais para fortalecer e melhorar a densidade óssea. Mas é preciso tomar alguns cuidados. 

‘’Em idades mais avançadas, a prática de exercícios de impacto sem qualquer orientação ou controle pode gerar lesões crônicas no tendão, resultando em inflamações, bem como problemas nas articulações dos ombros ou nos cotovelos gerando artrites, que podem deformar os dedos e as mãos. Em alguns casos, inclusive, a condição pode se agravar em desgastes prematuros dessas articulações que, junto às alterações hormonais, desencadeiam quadros de osteoporose e osteopenia’’, fala o especialista.

Por isso, vale aquela recomendação de sempre: antes de iniciar qualquer programa de exercícios físicos procure orientação médica e de um profissional de educação física.

Contamos com a colaboração da Egom PR Agency e do médico: Dr. Cleber Furlan/Ortopedista

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