O glúten é um componente presente em grande parte dos alimentos consumidos pela maior parte da população, como pães, biscoitos e massas.

Mas existem pessoas que sofrem de doença celíaca, o que causa intolerância ao glúten. Esta doença pode causar:

.Diarreia

.Prisão de ventre

.Inchaços

.Flatulência

.Irritabilidade

Existem estudos que apontam também que a doença celíaca pode até mesmo afetar a fertilidade de mulheres e homens.

Quer saber mais sobre a doença celíaca e o consumo de glúten?
Então acompanhe o texto a seguir!

O que é a doença celíaca

A doença celíaca é aquele tipo de tema que é muito falado, mas que na verdade pouco se sabe realmente sobre as características e consequências. Tanto que todo dia 16 de maio é lembrado o Dia Mundial de Conscientização sobre a Doença Celíaca, com o objetivo de espalhar informações sobre como prevenir e tratar este mal.

E para ajudar a entender melhor este problema, a médica nutróloga Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) nos explica o que é a doença celíaca:

‘’É uma patologia crônica do sistema imunológico que afeta o intestino delgado. É uma alteração autoimune desencadeada pela ingestão de glúten. A doença celíaca causa uma reação imunológica no revestimento do intestino delgado, que resulta em danos às vilosidades intestinais, responsáveis pela absorção de nutrientes’’.

E quais seriam as causas?

‘’As causas da doença celíaca não são totalmente conhecidas, mas há um componente genético importante. Ter parentes de primeiro grau com doença celíaca aumenta o risco de uma pessoa desenvolvê-la.

No entanto, nem todas as pessoas que possuem genes associados à doença celíaca desenvolvem a doença, o que sugere que fatores ambientais desempenham um papel importante. O glúten é o fator desencadeante ambiental mais conhecido na doença celíaca. Quando pessoas predispostas consomem alimentos que contêm glúten, o sistema imunológico reage contra as células do intestino delgado, levando à inflamação crônica, danos às vilosidades e má absorção de nutrientes. Portanto, qualquer pessoa, independentemente do histórico familiar, que apresente sintomas sugestivos de doença celíaca deve buscar avaliação médica’’, acrescenta a dra.Marcella.

A doença celíaca pode causar inúmeros sintomas, que variam de leves a graves e podem ser diferentes de uma pessoa para outra. Alguns dos sintomas mais comuns são:

.Diarreia

.Prisão de ventre

.Vômitos

.Náuseas

.Gases

.Dor abdominal

.Falta de apetite

.Perda de peso

.Fadiga

.Anemia

Erupções na pele

.Úlceras orais e aftas

.Alterações de humor

.Depressão e ansiedade

.Problemas de crescimento nas crianças

Em alguns casos, a doença celíaca pode interferir na fertilidade, tanto do homem, quanto da mulher.

“Alguns estudos mostraram uma relação da doença celíaca com alterações importantes principalmente com relação à redução do período reprodutivo, associados inclusive com menopausa precoce. Distúrbios menstruais, como amenorreia ou ausência de menstruação, também já foram notados. No caso de homens com doença celíaca, eles podem ter disfunção gonadal, mal funcionamento dos testículos, o que poderia levar a problemas de fertilidade”, explica o médico ginecologista e obstetra Fernando Prado, especialista em reprodução humana da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM) e diretor clínico da Neo Vita.

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O que é o glúten

O glúten é um componente vital para entender a doença celíaca. Mas como definir esse elemento? Mais uma vez a dra. Marcella Garcez nos orienta:

‘’O glúten é uma proteína amorfa e complexa encontrada naturalmente em cereais como trigo, centeio e cevada. É composto principalmente por duas proteínas: a gliadina e a glutenina, que conferem elasticidade e viscosidade às massas, sendo responsáveis pela consistência e textura característica de produtos de panificação e outros que contêm glúten’’.

O glúten está presente em muitos alimentos que fazem parte da dieta da maioria dos brasileiros, tais como:

.Trigo: pão, massas, bolos, biscoitos, tortas, cereais matinais e outros com farinha de trigo

.Centeio: pão de centeio, bolos de centeio, produtos de panificação

.Cevada: cerveja, malte, extratos de malte, sopas e caldos com malte

.Alimentos processados e industrializados que contenham derivados de  trigo, centeio ou cevada, como: molhos, temperos, sopas enlatadas, salsichas, embutidos e produtos empanados

A aveia não contém glúten, mas pode ser contaminada quando é processada em indústrias que também trabalham com trigo, centeio e cevada.

Por isso é importante que os portadores da doença leiam os rótulos dos produtos antes da compra, para conferir se eles podem ou não conter glúten.

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O tratamento

Existe cura para a doença celíaca?

‘’Ainda não há cura para a doença celíaca e o tratamento invariavelmente requer a adoção de uma dieta rigorosamente livre de glúten ao longo da vida, que consiste em excluir alimentos que contenham trigo, centeio, cevada. Isso é essencial para controlar os sintomas, prevenir danos intestinais contínuos e reduzir o risco de complicações a longo prazo’’ diz a nutróloga Marcella Garcez.

E prossegue a médica:

‘’O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para prevenir complicações e promover bem-estar aos indivíduos acometidos. Além disso, é necessário ter cuidado com a contaminação cruzada, pois pequenas quantidades de glúten podem desencadear uma resposta imunológica, portanto utensílios de cozinha específicos para alimentos sem glúten podem ser necessários. Em alguns casos, para controlar os sintomas e prevenir complicações adicionais, o médico pode prescrever suplementos e medicamentos para ajudar a restaurar o organismo’’.

O dr. Fernando Prado também enfatiza a necessidade de se ter um controle rígido da dieta.

“A orientação é excluir do cardápio produtos industrializados com a presença de farinhas que contenham glúten, que pode ser encontrado em pães, bolos, macarrão, bolachas, pizzas, cervejas e outras bebidas. Por conta da exclusão total de alguns alimentos ricos em carboidratos e fibras, esta dieta é composta em sua maior parte de gorduras (manteigas, margarina, óleos), proteínas (carne em geral) e, em menor parte, de carboidratos (massas sem glúten, açúcares). E, no caso de problemas de fertilidade mesmo com a adoção de uma dieta rigorosa, é fundamental buscar ajuda especializada para detectar as possíveis causas e o tratamento mais indicado”, finaliza.

Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e dos médicos:

Dra.Marcella Garcez/Nutróloga

Dr.Fernando Prado/Ginecologista e Obstetra

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