Sem confusão com a asma!

Aprenda a não confundir a asma com outras doenças respiratórias

Por: Equipe Marcio Atalla


Sem confusão com a asma!

A asma é uma doença respiratória crônica e atinge mais de 300 milhões de pessoas no mundo inteiro. Aqui no Brasil, são cerca de 20 milhões de doentes asmáticos, segundo a Sociedade Brasileira de Pneumologia (SBP).

E aqui no país a asma é também uma das maiores causas de internações nas unidades do SUS, o Sistema Único de Saúde. São cerca de 350 mil pessoas internadas todo ano.

E quando as temperaturas caem e o tempo esfria, a situação piora com a doença atacando mais do que o normal. E aí surge uma preocupação: muitas vezes a asma acaba sendo confundida com outras doenças respiratórias.

Quer saber como evitar cair nesse erro? Siga lendo esta reportagem.

 

O que é, sintomas e causas

Mas afinal, qual a definição de asma?

“Asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas, caracterizada por obstrução reversível das mesmas e por períodos de remissão e outros de crises’’, explica a médica Brunna Santana, pneumologista pediátrica do Grupo Prontobaby.

Os principais sintomas da asma são:

.Chiado no peito (sibilo)

.Tosse crônica (principalmente à noite e no início da manhã)

.Cansaço ao fazer esforço

.Dificuldade para respirar

.Lesões cutâneas nasais 

.Taquipneia (aumento de frequência respiratória)

.Dor no tórax

 

A asma pode ter várias causas, as principais são:

.Vírus

.Ácaros

.Mofo

.Umidade

.Poeira

.Pólen

.Pelos de cães e gatos

.Medicamentos (anti-inflamatórios, como ácido acetil-salicílico-AAS e beta-bloqueadores, como propanolol)

.Fumaça (cigarro, fogueiras, churrasqueira ou poluição)

 

Uma dúvida que muita gente tem é se a asma pode ser genética.

‘’Sim. Geralmente a asma tem caráter hereditário, principalmente se houver histórico familiar (principalmente entre os pais e irmãos) de asma e/ou atopia (rinite, dermatite atópica)’’, afirma a dra. Brunna.

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Não confunda!

Uma característica da doença é que a asma pode afetar tanto adultos quanto crianças.

”A asma pode ocorrer em qualquer faixa etária. Normalmente, as crises são frequentes na infância, podendo ter remissões ao longo da adolescência e da fase adulta, sem novas recorrências. Outros pacientes, no entanto, mantêm crises até adultos e há outros que nunca tiveram crises na infância, passando apresentá-las apenas quando mais velhos’’, afirma a pneumologista.

A médica acrescenta que as estações do ano com baixas temperaturas podem causar aumento dos casos.

‘’ As temperaturas mais frias aumentam a prevenção de vírus, ácaros e umidade/mofo que são fatores desencadeantes para as crises alérgicas’’.

É preciso ainda ficar atento para não confundir a asma com outras doenças respiratórias, como por exemplo:

.Pneumonia

.Tuberculose

.Fibrose cística

.Displasia bronco pulmonar

.Bronquiolite (em bebês)

.DPOC (Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica)

 

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Cuidados e tratamento

Existem vários medicamentos contra a doença.

‘’O principal medicamento no tratamento de manutenção (intercrise) é o corticóide inalatório. Alguns pacientes necessitam de mais alguns medicamentos, como anti-leucotrienos, corticoide inalatório associado ao LABA (beta-2 agonista de longa ação), agentes antimuscarínicos e imunobiológicos, que dependem da gravidade do asma’’, diz a médica.

Outro dado importante é que a asma não tem cura definitiva, mas pode ter controle, alternando períodos onde os sinais e sintomas diminuem ou desaparecem(remissão) e os de crise.

Existe algum cuidado específico para o tratamento de crianças com asma?

‘’Sim. A asma não deve ser tratada apenas nas crises com salbutamol (beta-2 agonista de curta duração), mas sim, devemos fazer um tratamento de manutenção para evitar as crises. E as crianças devem fazer acompanhamento regular com pneumologista pediátrico’’, fala a médica.

Uma dúvida que sempre surge sobre a asma é se o uso das famosas ‘’bombinhas’’ pode causar dependência. Mas segundo a médica isso não corresponde à realidade.

 ‘’Bombinhas” é o nome popular do nebulímetro ou spray dosimetrado, um dispositivo inalatório que serve para liberar doses de broncodilatadores ou corticoides, medicamentos que podem estar presentes isolados ou juntos e que agem diretamente nos brônquios e nos pulmões facilitando a respiração. Esse pensamento é associado principalmente ao uso recorrente de salbutamol (broncodilatador de curta ação nas crises de asma) e ao uso prolongado do corticoide inalatório. Este, por sua vez, pode ser suspenso pelo médico assistente se achar que a doença está bem controlada sem que necessite um desmame gradual ou que haja sinais de abstinência’’, aponta a pneumologista.

 

E a dra. Bruna finaliza esclarecendo também outra dúvida muito comum: se as ‘’bombinhas’’ poderiam afetar a saúde do coração.

“Há o aumento momentâneo da frequência cardíaca, mas assim que passar o efeito do remédio ela irá normalizar. Se o salbutamol for usado nas doses adequadas e seu uso recorrente para prevenção, também não haverá danos à parte cardiológica e a frequência cardíaca não se elevará com tanta frequência. Além disso, é importante o acompanhamento regular com um pneumologista’’.

 

Contamos com a colaboração da DATZ Comunicação e da médica: Dra. Brunna Santana/Pneumologista

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