Pressão 12×8: normal ou alta?

Novas diretrizes reforçam os cuidados contra a hipertensão

Por: Equipe Marcio Atalla


Pressão 12×8: normal ou alta?

Todo mundo quando ia ao cardiologista fazer exames de rotina e ao ter a pressão medida com o resultado de 12 por 8 ficava tranquilo, pois este indicador sempre foi considerado normal.

Mas novas diretrizes da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC) classificando o que é ou não é hipertensão, estão trazendo muitas dúvidas sobre este tema.

Quer saber quais são estas mudanças e como se precaver da hipertensão? Então leia a matéria a seguir.

Os novos indicadores

Durante bastante tempo a pressão arterial que indicava 120 por 80 mmHg, ou 12 por 8, era considerada normal. Mas agora novas diretrizes da Sociedade Europeia de Cardiologia (ESC) indicam que uma pressão arterial entre 12 por 7 e 13 por 8 já pode ser considerada elevada. Números acima de 14 por 9 já entram no patamar de hipertensão.

‘’De tempos em tempos, as sociedades médicas veem a necessidade de reformularem as diretrizes sobre a hipertensão arterial, o que mostra que ainda estamos evoluindo no conhecimento quanto ao manejo dessa enfermidade’’, diz a cardiologista Christina Grüne de Souza e Silva, doutora em Cardiologia pela UFRJ e diretora da Clínica de Medicina do Exercício (CLINIMEX).

E prossegue a médica:

‘’A Sociedade Europeia de Cardiologia publicou a sua nova diretriz. Dentre as novidades apresentadas, talvez uma das que mais chamou a atenção não apenas dos profissionais da área da saúde, mas também da população em geral, foi a introdução da classificação ‘pressão arterial elevada’ para valores de pressão arterial sistólica entre 120 e 139 mm Hg e diastólica entre 70 e 89 mm Hg que, na diretriz anterior, eram considerados normais. Além disso, valores abaixo de 120/70 mm Hg são agora considerados não-elevados e não mais ótimos como na diretriz anterior’’.

Os autores da nova diretriz europeia justificam a medida afirmando que o aumento do risco de doenças cardiovasculares ocorre a partir de valores ainda mais baixos do que 120/70 mm Hg. 

‘’No entanto, os autores também destacam que a manutenção do ponto de corte de pressão arterial sistólica maior ou igual a 140 mm Hg e diastólica maior ou igual a 90 mm Hg para definição de hipertensão arterial se deve pelo fato de que as evidências atuais mostram um claro benefício em relação à redução do risco de eventos cardiovasculares quando o tratamento medicamentoso é iniciado a partir desses limites’’, acrescenta a cardiologista.

De qualquer forma, a decisão quanto a iniciar ou não o tratamento deverá levar em consideração a presença ou não de outros fatores de risco cardiovasculares, como diabetes, por exemplo.

E no caso do Brasil, as autoridades médicas ainda vão se posicionar sobre uma atualização nos indicadores nacionais.

‘’Publicada em 2021, a última diretriz brasileira de hipertensão deverá ser atualizada em breve. Enquanto isso, a Sociedade Brasileira de Hipertensão (SBH) orienta para que sejam mantidas as recomendações desse último documento nacional publicado’’, informa a dra. Christina.

Veja também:

https://marcioatalla.com.br/vida-e-saude/entendendo-a-pressao-alta/

 

Prevenindo a hipertensão

 O fato é que independente dos indicadores utilizados em cada país, é preciso controlar a pressão arterial.

 “A hipertensão, mais comumente chamada de pressão alta, é a condição crônica mais comum no mundo todo. É um grande fator de risco para doenças cardíacas, afeta um bilhão de pessoas e é responsável por uma em cada 8 mortes a cada ano”, explica a  endocrinologista Deborah Beranger, pós-graduada em Endocrinologia e Metabologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro (SCMRJ). 

Uma das medidas necessárias para prevenir a pressão alta é diminuir a ingestão de sal e alimentos com alto teor de sódio.

 “O sódio, presente no sal, é um micronutriente que realiza a função de controlar as funções renais, a pressão arterial e os impulsos nervosos, por exemplo. Há evidências comprovadas de que o excesso desse micronutriente pode alterar a pressão arterial sanguínea e outras funções do organismo, levando ao desenvolvimento de hipertensão, doenças cardiovasculares e até mesmo a morte”, alerta a nutróloga Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

Para reduzir o sal é importante diminuir o consumo de alimentos como:

.Fast food

.Embutidos

.Enlatados

.Industrializados

Confira ainda:

https://marcioatalla.com.br/dicas-rapidas-vida-e-saude/pressao-alta-prejudica-o-cerebro-contribuindo-para-o-seu-envelhecimento/

 

A importância da dieta

É importante incluir na rotina de refeições alimentos antioxidantes, com alto teor de fibras e ricos em compostos bioativos hipotensores, com destaque principalmente para o potássio.

  “O potássio ajuda a equilibrar os níveis de sódio no corpo, pois auxilia os rins a excretarem o excesso desse micronutriente pela urina. E, além disso, ainda promove o relaxamento das paredes dos vasos sanguíneos, melhorando o fluxo do sangue e ajudando a reduzir a pressão nas artérias”, aponta a médica Marcella Garcez.

É importante, portanto, acrescentar na dieta alimentos riscos em potássio, magnésio e fibras, tais como:

.Banana

.Abacate

.Laranja

.Batata doce

.Espinafre

.Feijões

.Ervilha

.Cereais integrais

.Nozes

.Amêndoas

.Semente de linhaça

‘’Peixes gordurosos, incluindo sardinha e salmão, são ricos em ômega-3 e ajudam a relaxar os vasos sanguíneos. E o alho e a cebola também possuem compostos bioativos com a funcionalidade de ajudar na dilatação dos vasos sanguíneos”, indica ainda a nutróloga.

Uma boa opção também é a chamada dieta DASH, que foi desenvolvida especialmente para combater a pressão alta, restringindo alimentos com gorduras saturadas e trans e se baseando em:

.Vegetais

.Frutas

.Grãos integrais

.Laticínios com pouca  gordura

.Proteínas magras

“Com o tempo, a pressão arterial sistólica (o número mais alto em uma leitura de pressão arterial) pode cair de 8 a 14 pontos, o que reduz significativamente o risco de doença cardiovascular. Os efeitos positivos para a saúde podem ser ainda maiores se a DASH for combinada com uma dieta com baixo teor de sódio”, conclui a endocrinologista  Deborah Beranger.

 

Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e das médicas: 

Dra. Marcella Garcez/Nutróloga

Dra. Deborah Beranger/Endocrinologista

E também da Dra. Christina Grüne /Cardiologista

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