Otosclerose: perigo para os ouvidos!

Doença atingiu Adriane Galisteu e pode afetar de forma grave a audição

Por: Equipe Marcio Atalla


Otosclerose: perigo para os ouvidos!

A otosclerose era uma doença muito pouco conhecida das pessoas até que ‘’viralizou’ ‘na mídia após uma entrevista da apresentadora Adriane Galisteu.

A celebridade assumiu que tem a doença e que por conta da otosclerose já perdeu cerca de 60% da audição.

Além da perda auditiva, essa doença também pode provocar:

.Zumbidos

.Vertigens

Quer saber mais? Então siga lendo este texto.

 

O que é

Mas afinal o que é esta doença tão desconhecida, mas que já atingiu até uma das mais famosas apresentadoras da TV brasileira?

Quem nos ajuda a esclarecer é a médica otorrinolaringologista Nathália Prudencio, com mestrado em Otoneurologia pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) e especialista em tontura e zumbido:

‘’A otosclerose é uma doença definida pelo remodelamento ósseo da capsula ótica, estrutura óssea que envolve e protege o labirinto. O remodelamento ósseo é um processo que ocorre em todos os nossos ossos e consiste entre um equilíbrio de produção óssea pelos osteoblastos e reabsorção pelos osteoclastos. Na otosclerose, que afeta o osso temporal esse processo de remodelamento e formação óssea ocorre de maneira anormal’’.

 E prossegue a médica:

‘’A causa ainda não é estabelecida, porém estudos falam de algumas hipóteses:  fatores genéticos, hormonais e viral. Ela acomete mulheres 2 a 3 vezes mais do que homens, principalmente mulheres em idade fértil. E apesar da hipótese de uma influência hormonal na otosclerose, ainda há controvérsias quanto a sua piora durante a gravidez. É importante destacar que a otosclerose não é uma doença autoimune, isso é apenas uma hipótese, porém sem qualquer comprovação”.

Quem sofre da doença tem a tendência a apresentar uma perda progressiva da audição, que pode levar ao surgimento de problemas como:

.Dificuldade de entendimento da fala

.Zumbido no ouvido

.Sensação de vertigens

 

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Cuidados

Além de afetar mais as mulheres do que os homens, a otosclerose atinge mais a faixa etária entre 15 a 45 anos.

E quais seriam os cuidados para quem está enfrentando a otosclerose?

‘’Os pacientes devem ter cuidados semelhantes a outros pacientes com perda auditiva, evitando se expor a outros fatores que podem agravar a perda de audição, como exposição a ruído e uso de medicações ototóxicas”, afirma a otorrinolaringologista.

 Mas e o tratamento?

“O tratamento da otosclerose poderá incluir a cirurgia que se chama estapedotomia, a depender da avaliação médica. Na cirurgia, é feita a substituição de um dos ossículos dentro ouvido médio, que é responsável pela condução do som, que é o estribo. Esse ossículo na otosclerose fica mais rígido comprometendo assim a transmissão correta do som. Essa cirurgia pode ser indicada mesmo diante de perda auditiva leve ou moderada”, informa a especialista.

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Aparelhos de amplificação e implante

Equipamentos de uso importante para quem sofre de otosclerose, os aparelhos para amplificação sonora ajudam a corrigir a perda auditiva e são encontrados com facilidade no mercado, mas é bom ficar atento a alguns detalhes.

‘’Devem ser adquiridos em uma loja específica de aparelhos auditivos, onde há profissionais adequados, incluindo fonoaudiólogo (a) para realizar a adaptação do paciente. A adaptação ao aparelho dependerá de alguns fatores como o nível de perda auditiva do paciente, há quanto tempo o paciente mantém sem a correção da perda auditiva e do acompanhamento de um fonoaudiólogo (a) nesse processo’’, alerta a dra. Nathália.

 E no caso de perda avançada da audição, existe ainda a opção do implante coclear.

‘’O implante coclear é um dispositivo eletrônico projetado para restaurar a audição em indivíduos com perda auditiva severa e profunda que não obtêm benefícios adequados com aparelhos auditivos convencionais. Ele tem um componente externo que é responsável por captar o som externo, que será fixado ao osso próximo ao ouvido do paciente e outro que será implanto na orelha interna, mais precisamente dentro da cóclea, ambos através de cirurgia, para estimular diretamente o nervo auditivo e assim levar a informação auditiva até o cérebro’’, explica a médica.

Mas o mais importante nos casos de otoscleorse, é buscar um diagnóstico correto. “Diante de sintomas auditivos como dificuldade na audição ou zumbido no ouvido, principalmente se o paciente já tiver história de perda auditiva na família, ele deve buscar ajuda médica o quanto antes”, conclui a especialista.

 

Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e da médica: Dra. Nathália Prudencio/ Otorrinolaringologista

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