Obesidade infantil: uma pandemia!
O Brasil é um dos países com maior número de crianças acima do peso
Por: Equipe Marcio Atalla

Os dados são alarmantes: até 2035 mais de 500 milhões de crianças e adolescentes em todo o mundo podem estar com sobrepeso ou obesidade, segundo a World Obesity Federation.
E o Brasil é um dos países mais vulneráveis: segundo o Ministério da Saúde, 14,2% das crianças brasileiras abaixo dos 5 anos estão acima do peso, uma porcentagem 3 vezes maior do que a média mundial.
E isso pode levar a uma série de doenças, que podem se estender pela fase adulta, como:
.Diabetes
.Hipertensão
.Colesterol alto
.Aumento dos triglicerídeos
Para saber como proteger as crianças desta epidemia, siga lendo esta reportagem.
Os sinais da obesidade
Mas qual a explicação para esta explosão de casos de obesidade infantil no planeta?
“Nossas crianças estão cada vez mais expostas a hábitos alimentares inadequados, com maior consumo de doces e fast foods e também mais sedentárias, em razão do uso excessivo de telas, jogos online e videogames. Somam-se a isso questões culturais relacionadas à alimentação infantil’’, afirma a pediatra Aline Magnino, diretora médica da Clínica Pediátrica da Barra.
A obesidade entre crianças e também nos adolescentes, pode acarretar em várias doenças, tais como:
.Diabetes
.Dislipidemia
.Pressão alta
.Cardiopatias
.Asma
.Apneia
.Refluxo
‘’O sobrepeso na infância pode levar a problemas de saúde na fase adulta, alguns com sequelas irreversíveis, além de afetar o desenvolvimento físico e psicológico dessas crianças”, aponta a pediatra.
Os pais devem ficar atentos a alguns sinais que podem aparecer em crianças com esta condição, como por exemplo:
.Aumento rápido de peso
.Alterações no ritmo de crescimento
.Dificuldades respiratórias
.Sono agitado
.Baixa autoestima
.Isolamento social
‘’ Estes podem ser sinais de alerta. A primeira coisa a fazer é procurar o pediatra para uma avaliação médica, quando o mesmo avaliará a extensão dos sintomas clínicos, realizará a avaliação do crescimento e a exclusão de doenças associadas, como diabetes, hipertensão arterial e dislipidemia. Caso necessário, o pediatra encaminhará à especialistas, como endocrinologista pediátrico, nutricionista, psicólogo, nutrólogo pediátrico, entre outros, dependendo de cada caso’’, acrescenta a dra. Aline.
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A importância da alimentação
Uma das maiores dificuldades no tratamento da obesidade infantil é mudar os hábitos alimentares.
“As crianças pequenas naturalmente preferem o sabor mais doce. Os maiores efeitos das mudanças de hábitos derivam de um misto de estratégias educativas, emocionais e afetivas, além de mudanças na rotina da criança’’, fala a médica.
É recomendado evitar o uso excessivo de alimentos do tipo:
.Doces
.Salgadinhos
.Biscoitos industrializados
.Fast food
.Refrigerantes
.Alimentos ultraprocessados
‘’É importante que esta mudança de hábitos ocorra na dieta de toda a família, pois a criança segue o exemplo dos pais. Além disso, podemos deixar a criança sentir que está participando de suas escolhas e substituições, como por exemplo deixá-las montar seus pratos, dar nomes divertidos às ‘novas comidas’, como por exemplo: arco-íris de frutas, comida colorida, batatinha caseira’’, sugere a especialista.
Já os alimentos que devem fazer parte da dieta dos pequenos são:
.Frutas
.Vegetais
.Cereais integrais
.Proteínas magras
.Laticínios com pouca gordura
‘’ É importante ainda salientar que não se deve realizar qualquer tipo de dieta restritiva sem a orientação do pediatra, pois a mesma pode causar algum déficit nutricional e prejudicar o crescimento’’, comenta a dra. Aline Magnino.
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Fugindo do sedentarismo
E num mundo no qual as crianças não dispensam ficar no celular, o que pais e mães devem fazer?
‘’A telas (sejam TVs, tablets, celulares, videogames), oferecem estímulos rápidos e constantes prejudicando o sono, diminuindo as atividades físicas, aumentando o sedentarismo, entre outras coisas deletérias, gerando uma piora e um aumento da obesidade infantil’’, alerta a médica.
Para diminuir o tempo de exposição das crianças em dispositivos eletrônicos, é preciso definir rotinas, estabelecendo um limite diário de uso telas, levando em conta a recomendação da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP):
.Até 2 anos de idade: evitar totalmente
.Dos 2 aos 5 anos: até 1h por dia
.Dos 6 aos 10 anos: até 2h por dia
E também é importante que pais e responsáveis incentivem os filhos a praticarem atividades lúdicas que combatam o sedentarismo, como por exemplo:
.Brincadeiras ao ar livre
.Andar de bicicleta
.Pular corda
.Amarelinha
.Danças
.Atividades esportivas com bolas ou outros brinquedos
.Jogos de tabuleiro
’’ O ideal é integrar as atividades físicas de acordo com a idade da criança, o interesse e seu perfil, para que seja algo prazeroso. O esporte estruturado para a faixa etária é importante pois oferece regularidade na atividade, disciplina, cooperação, resiliência, além de aumentar os vínculos sociais com crianças que também serão exemplos de evitar as telas. As atividades lúdicas são um importante momento de prazer para a criança, e especialmente nas crianças pequenas são fundamentais’’, conclui a dra. Aline.
Contamos com a colaboração da DATZ Comunicação e da médica:
Dra.Aline Magnino/ Pediatra
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