Obesidade é comparada a dependência química

Doença deve ser tratada com terapia e mudança no estilo de vida

Por: Equipe Marcio Atalla


Obesidade é comparada a dependência química

Cortar calorias, praticar atividade física e até tomar medicação. Tudo com o objetivo de emagrecer. Como essa luta ainda é árdua e nem sempre vitoriosa, os médicos estão dando um novo foco ao tratamento. Que a obesidade seja tratada como dependência química. Tal terapêutica, que já vem sendo abordada em outros países, está chegando ao Brasil. Recentemente foi objeto de discussão no simpósio sobre obesidade promovido pela Academia Nacional de Medicina (ANM).

O ato de comer faz nosso organismo liberar a dopamina, que é um neurotransmissor ligado ao prazer. Alimentos açucarados, gordurosos e salgados provocam no cérebro uma estimulação parecida com a provocada por algumas drogas.

O organismo vai tendo cada vez mais necessidade dessas substâncias, aumentando o nível de dopamina necessário para se sentir recompensado. Tal sentimento é semelhante ao dos viciados em álcool e drogas como cocaína.

Como os dependentes químicos, devemos lembrar que, como a droga, o alimento vai promover uma satisfação temporária, não trazendo benefícios; ao contrário, apenas prejuízos à nossa saúde. Tal abordagem vem sendo usada nos Estados Unidos e Europa, ao invés de uma dieta de restrição calórica.

Mas tratar obesos é ainda mais difícil do que tratar depentendes químicos, já que, ao contrário do álcool e das drogas, que são dispensáveis ao organismo, o mesmo não acontece com o alimento. Inibidores de apetite que diminuem a absorção de gordura podem funcionar como um estimulo para um tratamento visando a recuperação do peso adequado. Mas, tais medicamentos provocam efeitos colaterais como palpitação, tontura, diarreia e náuseas.

E qual seria o tratamento mais indicado para combater o “vício” por comida? A mudança do estilo de vida, recomendam os especialistas, que inclui horários fixos de alimentação e sono, dieta adequada e atividades físicas. Tudo com o devido acompanhamento de endocrinologistas, nutricionistas e psicólogos.

A obesidade já vem sendo tratada como epidemia que avança rapidamente. Até porque alimentos pouco saudáveis vêm sendo consumidos cada vez mais devido a sensação de felicidade que provocam, sensação essa passageira, que precisa ser constantemente repetida, levando a um círculo vicioso. Um relatório da consultoria McKinsey já está na terceira posição entre os principais problemas que assolam os seres humanos, perdendo apenas para a violência armada e o tabagismo.

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