O lado emocional das crianças
5 dicas para pais e mães lidarem com as emoções dos filhos
Por: Equipe Marcio Atalla
No processo muitas vezes complexo do desenvolvimento infantil, a habilidade de compreender e gerenciar emoções surge como um fio essencial para compor o tecido da saúde mental e do bem-estar.
À medida que pais, mães e responsáveis se debruçam sobre este desafio, a busca por estratégias eficazes para cultivar a inteligência emocional nas crianças tem se intensificado, refletindo uma consciência crescente sobre a importância de prepará-las para as nuances do mundo emocional e cognitivo.
Quer saber como os adultos podem desempenhar um papel crucial na gestão emocional e cognitiva das crianças? Então leia esta matéria até o final.
O sentimento das crianças
Acompanhar os filhos em seu desenvolvimento é fundamental para que as crianças recebam orientação e possam assim:
.Superar desafios
.Buscar o autoconhecimento
É importante proporcionar às crianças um ambiente familiar que promova a expressão aberta de sentimentos e pensamentos. Meninos e meninas aprendem muito por observação do comportamento dos adultos e quando veem seus responsáveis gerenciando suas emoções de maneira saudável, tendem a internalizar estes sentimentos.
Isso ajudará os filhos a entenderem melhor o mundo em que vivem e também a si mesmos, passando a criar ferramentas próprias para tomarem decisões ao longo da vida.
“Os pais e responsáveis devem ajudar as crianças a compreenderem melhor seus pensamentos, sentimentos e angústias, contribuindo, dessa maneira, para sua formação como indivíduos, ajudando-os a ter autonomia nas situações cotidianas”, afirma o psicólogo parental Filipe Colombini, mestre em Psicologia da Educação (PUC-SP) e CEO da Equipe AT. O especialista também aponta 5 dicas para que pais e mães saibam cuidar melhor das emoções dos filhos, que veremos a seguir.
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Nomeando as emoções
A 1ª dica é: ensine a criança a dar nome às emoções, já que elas vão estar presentes desde a infância e é importante estimular um processo de educação emocional nos pequenos.
Entre as principais emoções podem-se destacar:
.Alegria
.Felicidade.
.Prazer
.Raiva
.Inveja
.Tédio
.Ciúmes
.Frustração
“Isso tudo precisa ser nomeado e identificado não como um julgamento de valor, mas sim como parte das emoções de um ser humano. A criança precisa aprender a nomear suas emoções, sejam elas boas ou ruins”, afirma o psicólogo.
Outra dica é auxiliar os filhos a perceberem suas próprias emoções, como por exemplo que alterações elas geram em seu corpo ou o que a criança sente quando vem a raiva ou tristeza.
“Ter consciência sobre a percepção das emoções ajuda na formação da inteligência emocional e na convivência em sociedade. Uma ótima forma de fazer isso é por meio de uma história que traga situações passíveis de serem vividas por seu filho, em que os personagens sejam parecidos com os da vida real’’, diz Filipe.
E prossegue o especialista:
‘’Escolha uma emoção presente ali (como raiva ou tristeza, porque um dos personagens deixou de ser convidado para uma festa, por exemplo). Então, pergunte ao seu filho: se fosse com você, como se sentiria se não fosse convidado para o aniversário? E, dessa forma, vá criando questionamentos em torno de fatos da história. Essa é uma forma lúdica e prazerosa de ensinar as crianças a perceberem suas emoções!’’.
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Gerenciando as emoções
A 3º dica é ensinar as crianças a ter controle e aprenderem que não é necessário lutar contra as emoções, mesmo que isso pareça difícil.
“Nesse caminho existe todo um processo de identificação, percepção e aceitação das emoções, etapa essa que acaba acontecendo naturalmente e não de forma passiva”, esclarece Filipe.
Existem ainda formas dos adultos incentivarem as crianças a terem essa vivência de forma lúdica, usando:
.Livros
.Ilustrações
.Desenhos
.Metáforas
Quando a criança por exemplo, sentir raiva pergunte se o sentimento está maior, menor ou se já passou.
Outra forma é estimular os pequenos a terem um diário e anotarem as emoções que vão sentindo, isso ajudará neste processo de lidar com o lado emocional de forma mais eficaz.
Também é importante estimular as crianças a gerenciarem melhor suas emoções.
“Ainda falando sobre a raiva, por exemplo, dá para trabalhar com técnicas de manipulação corporal, como tomar água, exercícios de respiração e yoga, fazer pausas, exercícios de pintura, entre vários outros. Nessa fase, trabalhamos no sentido de desenvolver uma psicoeducação da emoção”, complementa o psicólogo parental.
A 5ª e última dica é para os pais e mães: fiquem atento às suas próprias emoções, pois não bastam só palavras, é preciso atitude também. Não vai funcionar, por exemplo, tentar trabalhar a raiva do filho, estando o adulto também com raiva.
“Os pais são referências para seus filhos, portanto, é fundamental que estes vivenciem suas próprias emoções, sejam elas boas ou não e compartilhem estes momentos com seus filhos, no sentido de orientá-los. Eles devem estar abertos a falar sobre seus sentimentos e sempre dispostos a escutar o filho quando este quiser contar algo, apoiando-o em momentos de dúvidas”, finaliza Filipe Colombini.
Contamos com a colaboração da Key Press Comunicações e do Psicólogo: Filipe Colombini
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