Nova arma contra o envelhecimento

Cientistas criam técnica que pode rejuvenescer a pele em 30 anos

Por: Equipe Marcio Atalla


Nova arma contra o envelhecimento

No mundo atual onde a expectativa de  vida aumenta constantemente, graças aos avanços da ciência , da medicina e de uma maior conscientização das pessoas sobre boas práticas como alimentação mais natural e necessidade de se praticar atividade física, uma questão que passa a fazer parte também do dia a dia  é: ‘’como viver mais, com mais saúde?’’

E uma das tentativas para se garantir uma vida melhor e mais saudável é retardar os sintomas do envelhecimento. Mas será que isso é possível? Bom, na Inglaterra cientistas desenvolveram um método que pode fazer as células  da pele ‘’voltarem no tempo’’, cerca de 30 anos.

Quer saber mais sobre como isso funciona?
Então siga lendo esta reportagem.

O estudo da reprogramação celular

Pesquisadores do Instituto Babraham, na Inglaterra, criaram uma técnica que permite que as  células da pele humana  possam ser reprogramadas para retroceder em cerca de 30 anos o relógio biológico do envelhecimento. O método desenvolvido conseguiu restaurar de forma parcial a função de células mais velhas, rejuvenescendo assim os padrões  moleculares da idade biológica.

O estudo foi publicado na revista Life ((https://elifesciences.org/articles/71624)) e embora esteja num estágio inicial pode gerar uma verdadeira revolução na busca da medicina por retardar o envelhecimento

“Com esse método, os pesquisadores puderam atrasar o relógio biológico das células da pele, criando células-tronco a partir de células maduras, que podem ser usadas para tratar doenças da pele no futuro”, explica o dermatologista  Daniel Cassiano, da Sociedade Brasileira de Dermatologia(SBD).

E acrescenta:

“À medida que envelhecemos, a capacidade de funcionamento de nossas células diminui e o genoma acumula marcas de envelhecimento. As pesquisas em Biologia Regenerativa visam reparar ou substituir células, incluindo as antigas”, acrescenta o médico.

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Células tronco e o envelhecimento

A principal função da Biologia Regenerativa é usar células tronco para substituir as células possivelmente danificavas que estão causando algum tipo de patologia. E uma de suas  ferramentas mais importantes  é a capacidade de criar células-tronco ‘’induzidas’’, que são células que mudam o comportamento que teriam normalmente,  para outro, por estímulo em laboratório.

“Este  novo método para produzir células-tronco, supera o problema de apagar completamente a identidade celular ao interromper a reprogramação em parte do processo. Isso permitiu que os pesquisadores encontrassem o equilíbrio preciso entre a reprogramação das células, tornando-as biologicamente mais jovens, enquanto ainda eram capazes de recuperar sua função celular especializada”, esclarece o dr. Daniel.

Os cientistas identificaram alterações no processo de envelhecimento da pele, conseguindo assim provar que este novo método provocou efetivamente o rejuvenescimento das células. Assim, estas células modificadas não só parecem mais jovens, mas também funcionam como células jovens.

“Os fibroblastos produzem colágeno, uma molécula encontrada nos ossos, tendões e ligamentos da pele, ajudando a fornecer estrutura aos tecidos e curar feridas. Os fibroblastos rejuvenescidos produziram mais proteínas de colágeno em relação às células controle que não passaram pelo processo de reprogramação’’, afirma o médico dermatologista.

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Quais os benefícios?

A expectativa é que esse novo método possa vir a resolver, por exemplo, um dos problemas mais temidos pelas pessoas, principalmente as mulheres: as rugas!

‘’ No futuro poderemos tratar as rugas e o envelhecimento, pois as células tronco são grandes formadoras de fibroblastos que por sua vez são precursores das fibras colágenas’’, diz a dermatologista Mônica Aribi, sócia  efetiva da Sociedade Brasileira de Dermatologia(SBD) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica(SBCD).

E ela acrescenta ainda outras doenças que poderão vir a ser enfrentadas com esta técnica:

‘’As doenças de pele que podem ser tratadas com esse método são várias,   as mais comuns são a dermatite atópica, o xeroderma pigmentoso e as alopécias de causa genética’’.

Mas abrem-se inclusive outras possibilidades terapêuticas, visto que o estudo apontou que a reprogramação celular também teve um impacto sobre os genes que causam doenças como a catarata e o mal de Alzheimer.

A pesquisa  também revelou que embora o novo método tenha aplicação em qualquer faixa etária, estima-se que as pessoas entre 50 e 60 anos de idade apresentariam resultados melhores.

Só que ainda vai ser preciso esperar para que estes benefícios estejam disponíveis na vida diária da população, como finaliza a médica Mônica Aribi:

“Essa técnica estará disponível apenas daqui a uns 10 anos, provavelmente”.

 

Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e dos médicos:

Daniel Cassiano/Dermatologista

Mônica Aribi/Dermatologista

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