Diabetes e ultraprocessados não combinam!

Diabéticos que consomem estes alimentos aumentam o risco de doença cardíaca

Por: Equipe Marcio Atalla


Diabetes e ultraprocessados não combinam!

O diabetes mellitus é uma das doenças que mais crescem atualmente. Hoje, quase 600 milhões de pessoas tem a doença em todo o mundo e este número deve pular para quase 1 bilhão e 300 milhões em menos de 30 anos, segundo o periódico científico The Lancet.

O diabetes aumenta o risco de doenças:

.Metabólicas

.Renais

.Cardíacas

E especificamente sobre o coração, um estudo científico aponta que diabéticos com o hábito de ingerir alimentos ultraprocessados correm um risco maior de desenvolverem doenças cardiovasculares.

Quer saber mais? Então siga lendo este texto!

 

O que são ultraprocessados

Mas antes de ver o que diz a pesquisa, é preciso entender qual a definição de alimentos ultraprocessados. Quem nos ajuda a compreender melhor é a endocrinologista Deborah Beranger, pós-graduada em Endocrinologia e Metabologia pela Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro (SCMRJ) e com curso de Obesidade e de imersão em Medicina Culinária pela UNICAMP.

‘’Alimentos ultraprocessados são produtos industriais feitos com substâncias artificiais como corante, ricos em açúcar e gordura hidrogenada, além de baixos níveis de fibras, proteínas, vitaminas e minerais. Eles são saborosos e de baixo custo na grande maioria das vezes’’.

Para identificar se um alimento é ultraprocessado, fique atento aos ingredientes que constam no rótulo, como por exemplo:

.Açúcar invertido

.Maltodextrina

.Carboximetilcelulose

.Frutose

.Xarope de milho

.Aromatizantes

.Emulsificantes

.Espessantes

.Adoçantes

 

E entre os alimentos ultraprocessados mais consumidos atualmente podemos destacar:

.Refrigerantes 

.Macarrão instantâneo

.Cereal matinal

.Biscoitos

.Sorvete

.Tempero pronto.

.Embutidos: presunto, salame, mortadela, salsicha, linguiça e etc 

Que tipo de doenças metabólicas, renais e cardíacas são provocadas pelo excesso de ultraprocessados?

‘’Os tipos de doenças são:  hipertensão arterial e placas de gordura na parede do vaso, gerando obstrução e levando a infarto e AVC e também o próprio diabetes mellitus’’, fala a médica.

Veja também:

https://marcioatalla.com.br/vida-e-saude/diabetes-mellitus-esta-entre-as-cinco-doencas-que-mais-matam/

 

O que diz o estudo

O estudo foi publicado no The American Journal of Clinical Nutrition ((https://www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0002916523660253?via%3Dihub)). Durante 11 anos e 6 meses   os pesquisadores analisaram dados de 24.325  diabéticos  com 35 anos ou mais que viviam no centro-sul da Itália. A pesquisa revelou os seguintes hábitos:

 .22,4% consumiam carne processada

.16,6% consumiam pães e torradas

.11,2% consumiam pizza não caseira 

.8,8% consumiam bolos, tortas, pastéis e pudins

Durante o período da pesquisa, 308 participantes morreram, sendo 129 por alguma doença cardiovascular.

‘’Os adultos diabéticos que consumiram esses alimentos tiveram um risco 2,5 vezes maior de morte por doenças do coração durante o acompanhamento em comparação com aqueles que seguiam a dieta mediterrânea”, acrescenta a endocrinologista.

E prossegue a médica:

‘’Outro dado importante é que o aumento da ingestão de sucos de frutas, bebidas carbonatadas e biscoitos salgados foi associado a taxas mais altas de mortalidade por todas as causas e por doença cardiovascular e o consumo de cubos de caldo e margarina foi ainda relacionado a maior mortalidade por doenças no coração”.

 

Leia ainda:

https://marcioatalla.com.br/vida-e-saude/nao-de-bobeira-com-o-infarto/

 

Alimentação mais saudável

O estudo indica que a alta ingestão de ultraprocessados pode aumentar os riscos à saúde em diabéticos do tipo 2, que já correm naturalmente maior risco de morte prematura, principalmente por causa complicações relacionadas ao próprio diabetes.

‘’Apesar do diagnóstico de diabetes tipo 2 assustar, existem recomendações dietéticas que protegem os pacientes de morte por várias causas, incluindo doenças cardiovasculares”, afirma a dra. Deborah Beranger.

A recomendação é que os diabéticos devem melhorar sua dieta, evitando os alimentos ultraprocessados o máximo possível.

“Padrões alimentares como a dieta mediterrânea e a dieta DASH, que colocam grande ênfase em grupos de alimentos, por exemplo, grãos integrais, legumes, nozes, frutas e vegetais, independentemente do processamento dos alimentos, são bem-vindos”, finaliza sugere a endocrinologista.

Além de não ingerir os ultraprocessados, que tipo de alteração nos hábitos alimentares é recomendada para quem já tem o diabetes tipo 2?

‘’As alterações são: redução de gordura, açúcar refinado, redução da ingestão calórica total no dia e comer mais alimentos in natura’’, finaliza a dra. Deborah Beranger.

 

Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e da médica: Dra. Deborah Beranger/Endocrinologista

 

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