De olho nas pintas!

Pintas suspeitas podem ser um alerta do câncer de pele

Por: Equipe Marcio Atalla


De olho nas pintas!

Você já notou alguma pinta em alguma região da sua pele? Em geral elas são inofensivas, mas algumas podem gerar reações como:

.Coceira

.Dor

.Sangramento

Além disso, certas pintas podem até aumentar de tamanho ou ficarem mais sensíveis.

E este tipo de sinal traz ainda outra possibilidade mais grave: o câncer de pele.

Para saber como lidar com as pintas na pele, não deixe de ler esta reportagem!

 

Prevenindo o câncer

Um dos maiores motivos para ficar de olho nas pintas e não negligenciar esses sinais, é a chance de prevenir o câncer de pele.

 “Embora o diagnóstico de câncer possa trazer medo e apreensão aos pacientes, as chances de cura do câncer de pele de pior prognóstico, o melanoma, são de mais de 90%, quando há detecção precoce da doença. Por isso, a realização do autoexame dermatológico é necessária’’, afirma a dermatologista Claudia Marçal, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

 E a médica acrescenta:

‘’Caso o paciente identifique qualquer pinta ou lesão na pele que coce, doa ou sangre,que aumente de tamanho com rapidez ou ainda que apresente sensibilidade, esse paciente deve procurar um dermatologista que avaliará a necessidade de retirada cirúrgica após fazer uma dermatoscopia”.

 A retirada cirúrgica permite que a lesão seja analisada em laboratório para certificar que ,caso haja mesmo um tumor, que ele seja ressecado.

“A remoção cirúrgica é a principal forma de diagnóstico e tratamento do câncer de pele, assim como de lesões cutâneas consideradas suspeitas ou pré-cancerosas. Hoje, há várias técnicas altamente eficazes para remover tumores de pele e reconstruir a área afetada. A escolha do melhor método depende do tamanho e das características específicas da lesão”, indica a cirurgiã plástica Beatriz Lassance, da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

E existem duas classificações para os tumores de pele:

.Melanoma

.Não melanoma

‘’ Tumores tipo melanoma não são relacionados à exposição solar, são bem agressivos e podem produzir metástases. Caracterizam-se por coloração escura, irregulares e de crescimento progressivo. Felizmente, correspondem a apenas 5% dos tumores cutâneos. Já o carcinoma espinocelular corresponde por 20% do total de casos de tumores cutâneos’’, fala a dra. Claudia Marçal.

O carcinoma espinocelular em geral surge nas seguintes regiões do corpo:

.Rosto

.Orelha

.Lábios

.Pescoço

.Dorso da mão

‘’Pode também surgir em cicatrizes antigas ou feridas crônicas da pele em qualquer parte do corpo e até nos órgãos genitais. Carcinomas espinocelulares têm risco maior que o basocelular de invadir o tecido gorduroso, atingir os linfonodos (gânglios linfáticos) e outros órgãos. Aparecem como feridas que não cicatrizam e são de crescimento progressivo, muitas vezes rápido”, comenta a dra. Beatriz Lassance.

E a boa notícia é que a prevenção precoce pode salvar vidas.

 “Os carcinomas, tanto provenientes da camada basal, como da camada espinhosa da epiderme, quando diagnosticados também com rapidez trazem 100% de cura ao paciente”, garante a dermatologista Claudia Marçal.

Confira também:

https://marcioatalla.com.br/vida-e-saude/pesquisa-londrina-descobre-ligacao-entre-pintas-no-braco-e-cancer-de-pele/

 

A importância do autoexame

Ficar de olho na própria pele é importante. E mais ainda deve-se fazer o autoexame.

Mas é preciso primeiro entender qual o tipo de lesão. Geralmente se utiliza a regra ABCDE:

.Área

.Borda

.Cor

.Diâmetro

.Evolução

 “Avaliamos a área em que está localizada a pinta com pigmentação, as bordas identificando irregularidade, observamos a presença ou não de várias cores compondo esta lesão e observamos se apresenta diâmetro acima de 6 mm e se está em evolução (crescimento) em comparação ao último exame. Quanto aos sinais clínicos, a lesão é perigosa quando aumenta de tamanho ou muda de forma com rapidez, apresenta coceira, dor, sensibilidade ou sangramento”, diz o dermatologista Renato Soriani, também integrante da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

O autoexame é recomendado principalmente para as pessoas:

.De pele clara

.Com histórico familiar de câncer de pele

.Que tiveram grande exposição ao sol antes dos 30 anos

.Que sofreram queimaduras

.Com mais de 50 pintas na pele

 

Veja ainda:

https://marcioatalla.com.br/vida-e-saude/cancer-de-pele-prevenir-pode-curar/

 

Como fazer o autoexame

 As pessoas que fazem parte do grupo com as características de risco devem fazer o autoexame ao menos uma vez por mês.

‘’O ideal é realizar o autoexame na frente do espelho e de preferência com luz natural, para verificar o surgimento de alguma mancha, relevo ou ferida que não cicatriza’’, explica o dr. Renato Soriani.

As dicas para o autoexame são:

.Examinar o rosto, principalmente o nariz, lábios, boca e orelhas

.Ao examinar o couro cabeludo, separe os fios com um pente ou use o secador para melhor visibilidade

.Olhar as mãos e entre os dedos

.Levantar os braços e olhar as axilas, antebraços e cotovelos, virando dos dois lados

.Olhar pescoço, peito e tórax

.Olhar a nuca e atrás das orelhas

.Olhar ombros, costas, nádegas e pernas

.Sente numa cadeira para olhar a parte interna das coxas e a região genital

.Ainda sentado(a) olhe os tornozelos, os pés, os dedos e a sola dos pés também

.As mulheres devem olhar os seios para prestar atenção aos sinais onde fica o soutien 

Além deste cuidado, é importante lembrar que a exposição solar é um dos fatores de risco para o aparecimento da doença.

 “A radiação ultravioleta do sol causa danos diretos ao DNA, resultando em inflamação e morte de células da pele. Assim, além de ser um fator de risco importante para o câncer de pele, a exposição crônica ao sol ainda acelera o envelhecimento cutâneo, com perda de viço da pele e surgimento de flacidez e manchas brancas e marrons nas áreas expostas”, diz o dermatologista Daniel Cassiano, Diretor da Sociedade Brasileira de Dermatologia/ Regional São Paulo (SBD-RESP).

E prossegue o médico:

‘’A principal dica para evitar esses danos é aplicar, meia hora antes da exposição solar, um fotoprotetor com FPS de, no mínimo, 30 e reaplicar a cada duas horas. Além disso, recomenda-se evitar exposição solar entre 10h e 16h e utilizar chapéus, bonés e roupas com FPS em combinação ao filtro solar”.

E não se esqueça de sempre procurar a opinião de um especialista.

 “É fundamental todo ano não esquecer de procurar o médico dermatologista para fazer um check-up da pele toda. Sempre observar a própria pele e das pessoas próximas como familiares e se notar algo suspeito, procurar antes o dermatologista”, finaliza a dermatologista Jade Cury, Presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia/ Regional São Paulo (SBD-RESP) e Doutora pela UNIFESP.

 

Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e dos médicos:

Dra. Jade Cury/ Presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Regional São Paulo (SBD-RESP)

Dr. Daniel Cassiano/Dir. de Comunicação da SBD-RESP

Dra. Claudia Marçal/Dermatologista

Dr. Renato Soriani/Dermatologista

Dra.Beatriz Lassance/ Cirurgiã Plástica

Curtiu? Então não deixe de curtir essas também:

https://marcioatalla.com.br/nutricao/estudo-americano-sugere-que-comer-frutas-e-vegetais-com-vitamina-a-reduz-risco-de-cancer-de-pele/

https://marcioatalla.com.br/vida-e-saude/5-dicas-para-prevenir-o-cancer-de-pele/

https://marcioatalla.com.br/vida-e-saude/protetor-solar-sem-misterio

Malhação contra o lipedema

Malhação contra o lipedema

Atividade física pode ser uma grande ajuda no tratamento do lipedema

Força nos ossos

Força nos ossos

A vitamina D é muito importante para crianças e adolescentes

Menopausa precoce

Menopausa precoce

Conheça mais sobre essa condição e como ela influencia na gravidez


VEJA TODAS AS MATÉRIAS