Cuidado com a ressaca da enxaqueca!
Essa sensação conhecida como pósdromo pode causar enjoo e exaustão
Por: Equipe Marcio Atalla
A enxaqueca é um dos tipos de dor de cabeça, uma doença incômoda, dolorosa e até mesmo incapacitante em alguns casos, que afeta cerca de 140 milhões de pessoas no Brasil, mais da metade da população, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cefaleia(SBCe).
A enxaqueca traz sintomas extremamente desagradáveis, tais como:
.Dor forte geralmente num único ponto da cabeça
.Dor quando movimenta a cabeça ou o corpo
.Enjoo
.Náusea
.Irritabilidade
.Sensibilidade à luz
.Sensibilidade à ruídos
.Sensibilidade à aromas
Esse problema geralmente ataca a pessoa durante dias, mas o que pouca gente sabe é que quando a crise termina, em vez do alívio, pode surgir um outro problema que também causa prejuízos à saúde, que é o pósdromo, também conhecido como ‘’ressaca da enxaqueca’’.
Para saber mais sobre este transtorno, siga lendo esta reportagem.
O que é a ressaca da enxaqueca?
A enxaqueca também conhecida como hemialgia ou migrânea, é um dos tipos de dor de cabeça que se manifesta com os sintomas vistos já relatados anteriormente e que geralmente ataca um dos lados da cabeça, embora em alguns casos possa atingir os 2 lados.
E como definir o que é o pósdromo? Quem esclarece é o cirurgião plástico Paolo Rubez, integrante da Sociedade de Cirurgia de Enxaqueca dos Estados Unidos e da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS).
“Essa é uma fase distinta da enxaqueca que deixa os pacientes doloridos, cansados, atordoados e confusos, sintomas assustadoramente semelhantes à outra aflição’’.
E prossegue o médico:
‘’ Os pacientes relatam que suas cabeças parecem ocas ou sentem que estão de ressaca e nem sequer beberam. Esse problema é completamente correlacionado às crises de enxaqueca’’.
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Sintomas
Os sintomas são semelhantes a uma ‘’ressaca sem ingerir álcool’, vindo daí o nome ressaca da enxaqueca. O pósdromo foi motivo de um estudo científico publicado na conceituada revista Neurology ((https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4955275/)), que revelou que o problema se manifesta em 80% das pessoas que sofrem de crises de enxaqueca.
O pósdromo geralmente ataca durante 1 ou 2 dias e a maioria dos pacientes relata uma sensação de estar envolto numa espécie de ‘’névoa’’, com muito enjoo e exaustão.
“Como acredita-se que a enxaqueca aja como uma espécie de tempestade elétrica ativando neurônios no cérebro, é possível que a ressaca da enxaqueca resulte de alguns circuitos estarem esgotados eletricamente ou neuroquimicamente”, diz o dr. Rubez.
Confira ainda:
Tratamento e prevenção
O ideal seria evitar o pósdromo e para isso é preciso tentar se prevenir de ter a famigerada enxaqueca.
A prevenção da enxaqueca pode ser feita através da busca por uma melhor qualidade de vida, com mudança nas rotinas e inclusão de hábitos saudáveis, tais como:
.Alimentação balanceada
.Não pular refeições
.Dormir de 7h a 9h por dia
.Praticar algum tipo de exercício físico
.Realizar atividades relaxantes que combatam o estresse e ansiedade
A adoção de um novo estilo de vida vai auxiliar a impedir novas crises de enxaqueca. Mas se ela atacar, é preciso primeiro determinar a intensidade da crise para prescrever uma forma de tratamento, que pode envolver:
.Uso de medicação
.Ajustes na dieta
.Redução do consumo de cafeína
E se a enxaqueca veio, provavelmente virá também o pósdromo. Para tratar a ressaca da enxaqueca, existem alguns procedimentos, tais como:
.Usar analgésicos
.Utilizar medicamentos para enjoo ou dor
.Permanecer em repouso durante as crises
.Dar preferência a uma alimentação mais leve
.Manter o corpo hidratado
“Apesar da disponibilidade de opções de tratamento conservador, como medicamentos, os pacientes sofrem de enxaquecas resistentes que estão associadas a uma má qualidade de vida’’, diz o cirurgião plástico Paolo Rubez.
E ele conclui, comentando a possibilidade da cirurgia da enxaqueca para combater o problema.
‘’A cirurgia da enxaqueca, definida como a descompressão dos nervos periféricos, uma desativação nos locais do gatilho, é pouco invasiva e tem o objetivo de descomprimir e liberar os ramos dos nervos trigêmeo e occipital envolvidos nos pontos de dor. A cirurgia pode ser feita em qualquer paciente que tenha diagnóstico de migrânea (enxaqueca) feito por um neurologista e que sofra com duas ou mais crises severas de dor por mês que não consigam ser controladas por medicações. Ou em pacientes que sofram com efeitos colaterais das medicações para dor ou que tenham intolerância. É uma estratégia de tratamento relativamente nova, mas altamente respaldada pela ciência, para enxaquecas resistentes e refratárias’’.
Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e do Dr.Paolo Rubez/Cirurgião Plástico
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