Criança espirrando? Pode ser rinite!
Saiba como diferenciar a rinite alérgica de gripes e resfriados
Por: Equipe Marcio Atalla
Queixas de nariz entupido, coceira e muitos espirros. Esse quadro é muito comum durante a primavera, uma estação que fica entre o inverno e o verão e geralmente é marcada por mudanças bruscas de temperatura, alternando entre o calor e o frio.
Na primavera também é comum ocorrer um aumento do nível de partículas de pólen, que o vento e dias mais secos ajudam a espalhar pelo ar. A circulação de fungos também pode ser maior nesta época. Fatores ambientais, como poluição, podem ainda potencializar a irritação das vias aéreas.
Mas quando isso acontece, as crianças são particularmente afetadas, reagem com sintomas e pais e mães ficam logo em dúvida se o problema pode ter sido causado:
.Por uma gripe
.Por um resfriado
Mas esta reação pode estar sendo causada na verdade por uma rinite alérgica.
Para saber como se precaver e tratar os pequenos neste caso, não deixe de ler este texto até o final.
Rinite alérgica
Rinite alérgica é uma condição que gera uma inflamação da mucosa nasal, geralmente sendo causada por:
.Pólen
.Ácaros da poeira
.Mofo
.Pelos de animais
Segundo dados da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI), quase 30% dos brasileiros sofrem com algum tipo de alergia. E as crianças são muito sensíveis ao problema. Uma entre cada 5 crianças no país são alérgicas.
E uma das alergias mais comuns é a rinite, que chega a atingir quase 40% da população do Brasil e nesta porcentagem se encontra uma grande parcela de crianças. O número de meninos e meninas afetados pela rinite alérgica chega a 25%.
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Quais as diferenças
Uma questão que preocupa pais e mães é que os sintomas das gripes e resfriados podem ser muito semelhantes aos da rinite. Isso costuma gerar confusão e atrasar o diagnóstico e o tratamento adequado. Mas existem algumas diferenças também.
“A alergia não causa febre, apresenta secreção clara e tende a ser persistente ou recorrente. Já o resfriado pode vir acompanhado de febre baixa, com secreção que muda de cor e melhora em até 10 dias. A gripe, por sua vez, tem início súbito, febre alta, mal-estar intenso e tosse forte”, esclarece a pediatra Fernanda Fragoso, especialista em saúde infantil do Prontobaby Hospital da Criança.
Para que os adultos possam identificar melhor, estes são os principais sintomas da rinite alérgica:
.Espirros repetidos
.Coriza (mais clara)
.Nariz entupido
.Coceira
.Chiado no peito
.Falta de ar
“Quando os sintomas se tornam frequentes, é fundamental procurar atendimento médico especializado”, aponta a dra. Fernanda Fragoso.
E a primavera é uma época onde ocorrem muitos casos de rinite alérgica, por causa das mudanças bruscas de temperatura e do aumento do polén no ar. Nesta estação é comum que crianças alérgicas apresentem muitas crises nas vias respiratórias, o que pode até mesmo prejudicar o sono, o desempenho escolar e o convívio social.
“A primavera pode e deve ser uma estação de bem-estar e alegria para as crianças. Com diagnóstico precoce, acompanhamento regular e medidas simples de prevenção, é possível controlar os sintomas e evitar complicações futuras”, diz a médica.
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O tratamento
Existem algumas medidas que podem ser tomadas pelos pais ou responsáveis para ajudar na prevenção das crises de rinite, tais como:
.Manter janelas fechadas em dias de vento forte e alta concentração de pólen
.Diminuir as atividades ao ar livre
.Dar banho e trocar a roupa da criança ao voltar passeios em parques e jardins
.Aumentar a frequência da limpeza da casa
.Forrar colchões e travesseiros com capas antiácaros
.Evitar totalmente a fumaça de cigarro
.Lavar o nariz das crianças com soro fisiológico
E se a rinite já tiver se instalado, o tratamento pode ser feito com:
.Antialérgicos orais
.Sprays nasais à base de corticoides
.Colírios específicos
E no caso de crianças asmáticas, podem ser usados broncodilatadores e corticóides inalados.
“O acompanhamento precoce com pediatra ou alergista, aliado ao controle dos gatilhos ambientais, é essencial para reduzir a progressão da doença e melhorar a qualidade de vida da criança”, conclui a pediatra.
Contamos com a colaboração da DATZ Comunicação e da médica: Dra. Fernanda Fragoso/Pediatra
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