Calor extremo não é bom para o bebê!
Saiba como proteger os bebês em dias de onda de calor
Por: Equipe Marcio Atalla

O Brasil enfrenta uma tremenda onda de calor neste verão, no mês de fevereiro, com temperaturas chegando aos 40ºC e a sensação térmica podendo oscilar entre 50ºC e 60ºC.
A cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, entrou em estágio de Calor 4 (NC4), um patamar inédito na escala de 5 níveis criada pela prefeitura para prevenir a população sobre o aumento da temperatura na cidade.
E se este calor extremo já afeta a saúde e o bem-estar os adultos, que dirá no caso dos bebês.
Quer saber como proteger os filhos pequenos da onda de calor? Então confira as dicas no texto a seguir.
Exposição ao sol
A condição física das crianças e principalmente dos bebês fica muito mais vulnerável em dias quentes, com risco de vários problemas de saúde, tais como:
.Desidratação
.Insolação
.Cansaço
.Desconfortos respiratórios
Mas existem algumas medidas que pais, mães e responsáveis podem tomar.
“É importante o uso de roupas leves, além de evitar a exposição solar das 10h às 16h, principalmente menores de 6 meses de idade’’, diz o pediatra Carlos Henrique Silva Pedrazas, médico do Prontobaby Hospital da Criança.
E acrescenta o especialista:
‘’ Estratégias como boné e cobertura no carrinho aliviam a incidência direta da radiação solar, mas o calor intenso e duradouro pode, inclusive, elevar a temperatura dos lactentes jovens”.
O dr. Carlos Henrique recomenda ainda que as mães que ainda estão amamentando, ofereçam com muita frequência o seio aos bebês.
Agora para quem gosta de levar recém-nascidos a ambientes como praia ou piscina, saiba que estes não são locais muito recomendados para crianças tão pequenas.
“Esta é uma idade em que as crianças estão em pleno desenvolvimento motor e começam a sustentar o tronco para ficarem sentadas. Logo, dependem totalmente do colo dos pais. O melhor é ficar com os pequenos em ambiente arejado, fresco e protegido da radiação solar”, sugere o pediatra.
E comenta ainda o médico:
‘’Apesar de ser muito importante para o ser humano e ativar a vitamina D, a exposição ao sol pode levar à insolação, queimaduras e desidratação. Por isso, a escolha do horário deve ser levada em conta para aproveitar o sol e evitar seus efeitos adversos’’.
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Banhos nos pequenos
Uma forma de aliviar o incômodo provocado pelo calor nos pequenos é dar banhos frequentes durante o dia. Mas o dr. Carlos Henrique faz um alerta importante:
“Devemos diferenciar banho de ‘refrescar o corpo’. O primeiro envolve limpeza e utilização de sabonetes e xampus. Já o segundo, é indicado para reduzir a temperatura corporal e não pode ser com água gelada. Dar banhos em excesso com produtos que tiram a gordura levará ao ressecamento da pele, além de facilitar reações como hipersensibilidade e estimular a coceira. Banho apenas com água, refresca e traz alivio”.
Mas o pediatra avisa ainda que bebês com menos de 6 meses de vida não precisam de banhos completos com sabonetes e xampus todo dia e que essa quantidade pode variar de acordo com a temperatura ambiente.
“Ele precisa de limpeza diária e, dependendo do local do corpo, isso deve ser feito várias vezes ao dia. Os pequenos podem ser higienizados diariamente com uma esponja ou toalha umedecida, sem produtos agressivos, principalmente em áreas do pescoço, rosto e da fralda. O banho completo é indicado uma vez a cada 2 dias. Sabonete e o xampu podem ser utilizados com moderação”, indica o médico.
Veja ainda:
Alerta para a desidratação
Um dos principais riscos à saúde do bebê com a onda de calor é a desidratação. Mas nos recém-nascidos, os sintomas são um pouco diferentes dos que ocorrem em crianças mais velhas e adultos. Nos casos dos bebês os indicativos de desidratação, são:
.Boca seca (falta de saliva)
.Pele seca
.Diminuição do volume de urina
.Sonolência
.Irritabilidade
.Febre
.Choro sem lágrimas
“Cabe diferenciar a desidratação leve da grave. Quando está saudável, a maioria das vezes o choro é por fome, sede ou fralda suja. Se ele chora, a mãe como primeira opção oferece o seio e checa a fralda. Essa é a melhor maneira de hidratar os pequenos até 6 meses de vida. Agora, quando a perda de líquidos é maior do que a capacidade gástrica para ingestão, ocorre o déficit’’, fala o pediatra.
E acrescenta o especialista:
‘’Em casos extremos, a possibilidade de reidratação extrapola a capacidade do leite materno e se faz necessária outra via, além da oral, para o ajuste hídrico. A via endovenosa tem sido a mais utilizada”.
Sempre é bom reforçar que o leite materno é o principal alimento do bebê até os 6 meses de idade, trazendo benefícios como:
.Hidratação
.Aumento da imunidade
.Ajuste da temperatura corporal
“A amamentação pode trazer benefícios até os 2 anos de idade, não como alimento, mas para a defesa imunológica da criança, além de manter a conexão afetiva com a mãe”, conclui o médico.
Contamos com a colaboração da DATZ Comunicação e do médico: Dr. Carlos Henrique Silva Pedrazas/Pediatra
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