Aprenda a reconhecer a dor orofacial
Os sintomas podem ser confundidos com dor de ouvido ou enxaqueca
Por: Equipe Marcio Atalla
Você sente algum incômodo no ouvido quando mastiga algum alimento ou mesmo quando masca chiclete? Às vezes percebe algum estalo ao movimentar a mandíbula?
Muita gente costuma não dar muita atenção a isso ou mesmo confundir com outros problemas mais comuns, como dor de cabeça ou dor nos ouvidos.
Mas estes sintomas podem, na verdade, ter outra causa, muito menos conhecida: a dor orofacial.
Para saber mais sobre este transtorno e como se precaver, não deixe de ler este texto até o final!
O que é a dor orofacial
A dor orofacial pode provocar incômodos ao mastigar ou falar, tais como:
.Sensação de ouvido tapado
.Estalos e zumbidos no ouvido, têmporas e bochechas
Mas como definir a dor orofacial? Quem nos ajuda a entender é o médico Ullyanov Toscano, cirurgião de cabeça e pescoço da UFRJ e do INCA e doutor em Ciências pela USP.
‘’ A dor orofacial manifesta-se nos tecidos da cabeça, face, pescoço e nas estruturas da mandíbula e do maxilar, o que significa que estas estruturas não estão trabalhando adequadamente. Geralmente, pacientes com dor orofacial apresentam sintomas como dores de cabeça, espasmos musculares, dificuldades de mastigação e até mesmo dor de dentes’’.
A dor orofacial ocorre principalmente:
.Na face
.Na boca
.No pescoço
.Na mandíbula
E acrescenta o especialista:
‘’O desconforto atinge a Articulação Temporomandibular, mais conhecida como ATM. Ela está localizada logo à frente do ouvido e interfere em movimentos de fala, mastigação e tudo o que envolve abrir e fechar a boca. Como consequência, acontece a Disfunção Temporomandibular (DTM), que pode levar até mesmo à limitação e travamento da mandíbula’’.
Entre as causas da dor orofacial estão:
.Artrite reumatoide
.Artrose
.Fibromialgia
.Doenças autoimunes: lúpus, psoríase, vitiligo e esclerose múltipla
.Tumores
.Doenças degenerativas
.Trauma
.Estresse
.Bruxismo
.Hábitos como: mascar chicletes e roer unhas
Não deixe de ver:
https://marcioatalla.com.br/dicas/sobre-a-dtm/
Não se confunda!
A dor orofacial atinge entre 40% e 75% da população mundial, segundo dados da Academia Americana de Dor Orofacial (AAOP). E o principal problema para quem sofre do problema, são os erros de diagnóstico.
“Esta dor pode ser confundida com dor de ouvido, enxaqueca, neuralgia do trigêmeo, dores de dente em geral e até mesmo de garganta ou na cervical. Por isso, é importante procurar um especialista para que os exames de imagens e testes físicos sejam realizados, a fim de determinar o diagnóstico e um tratamento efetivo”, afirma o dr. Toscano.
Ele aponta também que a dor orofacial ataca mais as mulheres com idades entre 35 e 50 anos.
“Pessoas que dormem pouco, que possuem alterações hormonais, que tenham problemas na coluna cervical, no ouvido ou que usam medicação controlada, entre outros, podem desenvolver isso mais facilmente do que outros pacientes”, fala.
O médico faz ainda um alerta sobre o estresse.
“O estresse e a ansiedade podem fazer com que você aperte ou fique rangendo seus dentes constantemente, sobrecarregando a musculatura mastigatória e a articulação da boca, o que pode desencadear dores nessas regiões”.
Confira:
https://marcioatalla.com.br/vida-e-saude/5-sintomas-da-disfuncao-temporomandibular-dor-na-mandibula/
Como tratar
O cirurgião Ullyanov Toscano informa também como se precaver deste transtorno.
‘’O paciente deve ficar de olho ao aparecimento de quaisquer sinais indicativos de dor na região da face, que se torne mais rotineiro, deve procurar seu dentista ou médico regularmente para avaliar sinais de bruxismo ou apertamento dental, avaliando possíveis desgastes dentários’’.
E havendo suspeita, qual exame deve ser feito?
‘’O primeiro exame deve ser o exame clínico realizado por um profissional habilitado na área, após esse primeiro exame, se avalia o grau da dor do paciente, para que exames mais específicos sejam solicitados, como radiografias, tomografia e ressonância’’, comenta o médico.
E ele indica os medicamentos que são mais utilizados:
‘’As medicações mais usualmente prescritas nesses casos são analgésicos, relaxantes musculares e anti-inflamatórios, sempre devendo-se avaliar o nível de dor do paciente na primeira consulta e após o exame clínico criterioso’’.
E o dr.Toscano finaliza com uma informação importante sobre quando é necessária a intervenção cirúrgica.
‘’Em casos onde a dor orofacial não é diminuída com métodos conservadores e ao apresentar sinais de degeneração das articulações temporomandibulares aos exames específicos. Nesses casos a intervenção cirúrgica passa a ser indicada’’.
Contamos com a colaboração da DATZ Comunicação e do médico:
Dr.Ullyanov Toscano/ Cirurgião de Cabeça e Pescoço
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