Apenas a proteção do guarda-sol não é suficiente para proteger dos raios UV
Saiba o porquê de o guarda-sol não ser suficiente para proteger dos raios UV e calor. Radiações solares são associadas ao envelhecimento e câncer de pele.
Por: Equipe Marcio Atalla
Se você chegou na praia e percebeu que esqueceu o protetor solar em casa, volte para buscá-lo, pois apenas o guarda-sol não assegura proteção suficiente contra os raios UV.
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“Na praia, diferentemente do que a maioria das pessoas pensam, a exposição solar não vem apenas dos raios solares, mas também da areia e da água, que refletem o os raios UVA e UVB. Além disso, tem o infrared, que atinge o corpo através do calor. Tudo isso pode potencializar o risco de câncer de pele”, alerta a Dra. Kédima Nassif, dermatologista, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
Enquanto a Sociedade Brasileira de Dermatologia orienta proteção com FPS de, pelo menos, 30, a quantidade de proteção FPS que você recebe depois de se refugiar debaixo do guarda-sol, na grande maioria dos casos, é de 7. Outra questão, segundo a Dra. Kédima, é que a ilusão da proteção pode aumentar o risco de queimaduras, já que sentimos menos calor quando estamos à beira do guarda-sol – mas isso não significa que a radiação não está lá. “O problema não é apenas o câncer de pele, os raios UV e o infrared favorecem também a formação precoce de rugas, manchas, mudança na textura da pele, angiogênese e flacidez. Outro fato importante é que durante as estações mais quentes existe uma queda do sistema imunológico da pele, o que também agrava o dano celular”, enfatiza.
Isso nos mostra que não tem como fugir da necessidade do protetor solar, ele é insubstituível quanto à eficácia ante a radiação. Além disso, segundo a dermatologista Kédima Nassif, seu uso deve ser diário, e não só restrito aos dias ensolarados ou de exposição intensa. Existe uma grande variedade de protetores solares no mercado, mas o mais recomendável – segundo a dermatologista – é procurar filtros solares de amplo espectro, resistentes à água e com um FPS de 30 ou superior. “Pessoas mais sensíveis ao sol, como as de pele mais clara, com antecedentes familiares relacionados ao câncer de pele, e em tratamentos dermatológicos, devem optar por produtos com FPS mais alto, de preferência acima de 50. Em caso de exposição direta, como em praias ou piscinas, o protetor deve ser reaplicado a cada duas horas, além da reaplicação ser necessária sempre que houver contato com a água ou suor excessivo”, finaliza.
Por: DRA. KÉDIMA NASSIF