Ameaça à coluna da mulher
A escoliose costuma afetar mais as mulheres do que os homens
Por: Equipe Marcio Atalla
Doenças da coluna afetam milhões de pessoas em todo o mundo. E uma das mais comuns é a escoliose, que atinge cerca de 2% da população mundial, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Aqui no Brasil, mais de 6 milhões de pessoas tem este problema de coluna.
Caso não seja tratada adequadamente a escoliose pode evoluir para problemas graves como:
.Doenças degenerativas da coluna
,Doenças na medula
.Problemas cardíacos
.Problemas no pulmão
E o que pouca gente sabe é que a escoliose é mais comum em mulheres do que em homens, principalmente entre as adolescentes.
Quer saber mais? Então leia o texto a seguir.
O que é
A escoliose é uma doença que se caracteriza pelo aparecimento de uma curvatura anormal da coluna no sentido de um dos lados do tronco e que é determinada pela rotação das vértebras. É uma deformidade que pode ser identificada ao se olhar as costas da pessoa que apresenta a escoliose.
A escoliose geralmente é assintomática e pode gerar problemas como:
.Doenças degenerativas na coluna vertebral
.Compressões medulares
.Insuficiência pulmonar
.Insuficiência cardíaca
Existem 3 três tipos de escoliose:
.A neurogênica: deriva de problemas neurológicos
.A degenerativa do adulto: em função da degeneração dos discos
.A idiopática: de causa desconhecida,
Essa última costuma surgir durante a fase de crescimento na faixa etária entre 9 e 15 anos de idade, sendo mais comum entre as mulheres.
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Escoliose nas mulheres
O sedentarismo é um dos maiores fatores de risco para o surgimento de casos da escoliose, principalmente entre os adolescentes que passam muitas horas do dia na frente das telas de celulares, notebooks e outros aparelhos eletrônicos, deixando de praticar algum tipo de atividade física. Esse uso excessivo de eletrônicos, principalmente dos smartphones, também contribui para a má postura corporal.
‘’Em números absolutos, a porcentagem da população diagnosticada com escoliose é de 5% em ambos os sexos. Porém, na escoliose idiopática do adolescente, em casos mais graves, ou seja, maiores que 30 graus, a proporção é de 8 casos em mulheres para cada caso em homens’’, afirma o cirurgião ortopedista Carlos Eduardo Barsotti, pós-graduado pela Harvard Medical School (EUA).
Mas não é só o sedentarismo que explica o alto índice de escoliose entre as mulheres.
‘’A menor massa muscular e fatores genéticos específicos são outros fatores que também costumam implicar nessa maior quantidade’’, acrescenta o ortopedista.
E além das adolescentes, a doença também pode atacar mulheres mais velhas.
‘’O surgimento de escoliose degenerativa começa aos 40 anos e se intensifica após os 60 anos’’, diz o dr.Carlos Barsotti.
É bom esclarecer ainda que o uso de calçados de saltos altos na adolescência não causa escoliose nas meninas. Isso é apenas um mito e não tem qualquer comprovação científica.
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Como tratar
Para um tratamento adequado é muito importante o diagnóstico precoce. E embora a escoliose seja em grande parte assintomática, é bom ficar atento a alguns sinais que podem indicar o problema, como por exemplo:
.Coluna curvada para o lado em formato de S ou C
.Ombros e quadris com altura desigual
.Comprimento desigual nas pernas
.Costela ou omoplata ressaltada
.Dores nas costas
No caso das mulheres, pode haver também um tamanho assimétrico na altura das mamas.
‘’Ao notar alguma dessas características, é crucial procurar um especialista para que sejam realizados os devidos exames de forma que, assim, o paciente seja encaminhado para a melhor opção de tratamento, uma vez que apenas este profissional conseguirá identificar o melhor caminho a ser seguido conforme o diagnóstico feito’’, indica o ortopedista.
Atividade física e fisioterapia também são grandes aliadas contra a escoliose.
‘’A atividade física é um bom adjuvante no tratamento e deve ser permanecida, claro, desde que orientada por profissionais especializados para evitar o agravamento do quadro. Já a fisioterapia específica para escoliose pode prevenir a evolução da doença quando introduzida em estágios precoces’’, fala o ortopedista.
E o dr. Carlos Barsotti finaliza com uma dica para quem foi diagnosticado com escoliose.
‘’É possível conviver com a escoliose, porém, o paciente deve ter ciência que se trata de uma doença crônica e que deve realizar o tratamento ao decorrer da vida, para evitar agravamentos no quadro que tragam maiores prejuízos para a sua saúde’’.
Contamos com a colaboração da InformaMídia e do médico:Dr. Carlos Eduardo Barsotti/ Ortopedista
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