5 sinais de depressão nas crianças

Conheça alguns dos principais sintomas de depressão na infância

Por: Equipe Marcio Atalla


5 sinais de depressão nas crianças

A depressão é um problema global que quase sempre é associada apenas aos adultos. Mas não é bem assim.

Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), de 10% a 20% de crianças e adolescentes no mundo sofrem de algum tipo de transtorno mental, sendo os mais comuns:

.Ansiedade

.Depressão

Para ajudar pais e mães a enfrentarem este problema que pode atingir seus filhos e filhas, preparamos uma reportagem com dicas para identificar 5 sinais da depressão nas crianças. Veja a seguir!

 

Os sinais

.O 1º sinal é a mudança de humor 

’A criança começa a ficar deprimida, triste, irritada, com raiva e sem motivo aparente. Os pais observam seu filho mais desanimado e chateado. Se esses sintomas persistirem por mais de duas semanas pode ser um sinal de depressão’’, afirma a psicóloga Ana Cristina Smith Gonçalves, especializada em Terapia Cognitivo Comportamental e integrante do Instituto de Especialidades Pediátricas (IEP) do Grupo Prontobaby.

 

.O 2º sinal é a perda de interesse nas atividades diárias 

‘’Isso fica muito claro na escola. Geralmente, a família recebe uma notificação do professor, informando que a criança não quer fazer as atividades e se mostra desinteressada e apática diante do que antes era prazeroso’’, fala a terapeuta.

 

.O 3º sinal é a alteração no apetite 

‘’Caso seu filho leve o lanche para o colégio e não coma, ou na hora das refeições ele mexe na comida, mas não tem apetite você precisa estar atento. Isso vale também para o excesso de apetite. Se acabou de comer e já está pedindo outra coisa, reclamando de fome, também não é normal’’, diz Ana Cristina Smith.

.O 4º sinal é a dificuldade de concentração 

‘’Esse sintoma, muitas vezes, está acompanhado da ansiedade. Os pais podem notar a criança mais distraída, com dificuldade para realizar os deveres de casa e há uma queda no desempenho escolar’’, comenta a especialista.

.O 5º sinal são as queixas físicas sem causa aparente 

‘’Muitas vezes, a criança está na escola e pede para vir embora porque não está se sentindo bem. Se ela está sempre cansada, com dor de cabeça e foi examinada pelo médico, mas o mesmo não encontrou nenhum significado para os sintomas, pode ser depressão. Pode haver ainda enurese noturna (’’xixi na cama’’)’’, aponta a psicóloga.

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O diagnóstico

Além dos sinais, outros pontos devem ser levados em conta para um diagnóstico mais preciso do quadro. 

“Primeiro, coletamos os dados dos familiares sobre essa criança: como ela é, o que mudou de uns tempos para cá, se tem alguma patologia em tratamento, se houve algum fator ambiental para que houvesse esse tipo de postura (pode ser o luto, uma separação dos pais, bullying). Muitos fatores externos podem contribuir para o caso”, fala a psicóloga.

Isso é muito importante, pois alguns pais às vezes confundem os sintomas da depressão com ‘’manha’’ ou ‘’birra’’ infantil. 

“A birra é um episódio temporário onde a criança fica frustrada por não ter um desejo atendido. Já a depressão é um sintoma mais persistente, que vai durar semanas ou meses. As mudanças do comportamento também são diferentes. Uma criança com birra tem uma explosão emocional e em seguida retorna ao normal, na depressão não é isso o que acontece,” explica a terapeuta.

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O tratamento

Caso seja confirmado o diagnóstico de depressão na criança, é hora de pensar numa forma de tratamento. Para modificar os padrões de pensamentos e comportamentos negativos nos pequenos, uma das técnicas mais utilizadas é a Terapia Cognitivo Comportamental.

“Esta abordagem faz com que a criança veja um novo significado para tudo o que está acontecendo e possa realmente sair desse quadro depressivo. Os pais precisam estar cientes do que acontece com os seus filhos e ajudar nas etapas do tratamento. Chamamos isso de psicoeducação”, aponta Ana Smith.

 Ela acrescenta que é importante que a criança consiga mudar os pensamentos subjetivos e negativos para outros mais realistas e positivos.

“Muitas vezes, por conta do medo que mexe com o imaginário da criança, ela começa a achar que aquilo que está pensando é uma realidade e mistura o real com o imaginário. Por isso é preciso dar ferramentas para que consiga sair desse quadro”, comenta a terapeuta.

A criança precisa desenvolver habilidades para enfrentar os desafios, pois ela deve aprender que enfrentará outras situações difíceis e emoções desagradáveis ao longo da vida. 

“Técnicas de relaxamento, de resolução de problemas, de habilidades sociais são algumas opções que utilizamos durante o tratamento”, indica a psicóloga.

E ela conclui lembrando que num cenário como este, é fundamental a busca de acompanhamento adequado e o diálogo. 

‘’É importante ressaltar que quando os pais perceberem essas mudanças no comportamento dos seus filhos, eles precisam buscar um espaço seguro para conversar com a criança sobre as suas emoções e buscar a ajuda de um profissional’’.

 

Contamos com a colaboração da DATZ Comunicação e da psicóloga Ana Cristina Smith Gonçalves.

 

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