O Brasil é conhecido no mundo inteiro por vários produtos originais, que só existem aqui. E neste quesito, se destacam as frutas nativas brasileiras, um dos itens nacionais mais admirados e degustados pelos brasileiros e pelos turistas estrangeiros que vem conhecer o país.

Só que além de suculentas e saborosas, um estudo científico mostra que várias frutas brasileiras possuem fibras e componentes antioxidantes e anti-inflamatórios, que podem ajudar na prevenção de doenças, como:

.Diabetes

.Hipertensão

.Obesidade

.Câncer

Quer saber quais frutas nacionais são verdadeiras ‘’usinas de saúde’’? Então leia esta matéria até o fim.

O que mostra o estudo

 Os pesquisadores fizeram um  estudo de  revisão que avaliou a atuação das frutas nativas do Brasil na microbiota do intestino humano e seu papel na redução das chances de se desenvolver uma doença crônica, publicado na Foods (( https://www.mdpi.com/2304-8158/12/18/3491)).

 “As frutas nativas brasileiras, originárias de diversos biomas, são ricas em compostos bioativos, e seu processamento permite não apenas o consumo in natura, mas também produz subprodutos ricos em elementos valiosos como os fenólicos, proporcionando benefícios substanciais à saúde’’, afirma a nutróloga Marcella Garcez, diretora e professora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).

 As frutas que fazem parte do estudo são:

.Açaí

.Acerola

.Maracujá

.Goiaba

.Jabuticaba

.Baru

.Buriti

.Juçara

‘’ Incluí-las na dieta melhora o aporte de nutrientes antioxidantes e compostos anti-inflamatórios, muitos dos quais fundamentais para a prevenção de doenças crônicas não transmissíveis como hipertensão, obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e câncer”, acrescenta a nutróloga.

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A importância da microbiota

O processo de desenvolvimento das doenças crônicas no organismo está ligado ao estilo de vida, com fatores como:

 .Má alimentação

.Sedentarismo

.Fumo

E podem ter ainda ligação com algum desequilíbrio na microbiota intestinal. 

“A obesidade induz inflamação crônica e ameaças cardiovasculares, a dislipidemia interfere no metabolismo lipídico, aumentando o risco de doenças cardíacas. E o diabetes, marcado por hiperglicemia contínua, prejudica as células endoteliais. Todas estas condições partilham laços com desequilíbrios da microbiota, que não só influenciam o aparecimento de doenças crônicas não transmissíveis, mas também afetam significativamente a saúde intestinal e o bem-estar geral”, comenta a dra. Marcella.

Os desarranjos na microbiota podem levar ao aparecimento de doenças intestinais e sistêmicas.

“A nutrição é essencial no tratamento das DCNT (doenças crônicas não transmissíveis). Os probióticos e os compostos bioativos dos alimentos podem modular a microbiota intestinal para promover a saúde. Os ácidos graxos de cadeia curta de uma dieta saudável melhoram vários processos fisiológicos, apoiando a saúde sistêmica”, esclarece a especialista.

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As propriedades das frutas

O estudo apontou várias propriedades benéficas nas seguintes frutas nativas brasileiras:

 Açaí:

 “Flavonoides chamados antocianinas, responsáveis por sua coloração, com grande poder antioxidante, são compostos bioativos que conferem funcionalidade ao alimento. Sua fermentação provoca alterações em determinados grupos bacterianos e produz ácidos orgânicos. Os compostos fenólicos do açaí têm efeitos antioxidantes que protegem o DNA”, fala a médica. 

Acerola:

‘’Afeta positivamente o crescimento probiótico. levando ao consumo de carboidratos pelo organismo. Isso reduz o pH e aumenta a produção de vários ácidos orgânicos. Além disso, a fermentação do subproduto da acerola modifica a composição das bactérias intestinais, promovendo metabólitos relacionados à saúde”, aponta a nutróloga.

Goiaba:

 “As qualidades terapêuticas da goiaba, incluindo polissacarídeos e outros compostos, têm sido exploradas para diversas condições de saúde, como diabetes, obesidade e diarreia, enfatizando seu potencial para modular a microbiota intestinal e conferir benefícios à saúde”, explica a dra. Marcella Garcez.

Jabuticaba:

Possui um componente que ao ser fermentado, influencia positivamente os micróbios intestinais, potencializando características benéficas como Lactobacillus e Bifidobacterium. 

Maracujá:

A polpa da fruta quando é adicionada ao leite fermentado melhora a contagem de células bacterianas e aumenta os níveis de ácido acético e butírico, que ajudam na absorção de nutrientes, fornecendo energia. O maracujá também é fonte de vitamina C, que tem importante ação antioxidante e aumenta a resistência do organismo.

 Baru:

“A fermentação in vitro mostrou que a polpa de baru aumenta a abundância de bactérias intestinais benéficas. O alto teor de fibras da polpa, juntamente com seus compostos fenólicos, podem ser responsáveis por esses efeitos. Além disso, o óleo de noz de baru apresenta benefícios à saúde, como a redução da formação de trombos em ratos e o aumento da atividade antioxidante em mulheres obesas”, garante a médica nutróloga.

Buriti:

“A polpa contém fibra alimentar e diversos compostos fenólicos, que podem ser responsáveis por efeitos benéficos na microbiota intestinal de adultos jovens . Além disso, o óleo da polpa de buriti possui propriedades que atenuam os danos oxidativos”, diz a dra. Marcella.

Juçara:

Pesquisas sobre esta fruta apontaram que seu consumo pode trazer benefícios como redução do ganho de peso e melhora da tolerância à glicose.

E é bom reforçar que estas frutas devem fazer parte de uma dieta que seja integralmente equilibrada e baseada em produtos os mais naturais possíveis, para que que os benefícios sejam potencializados e possam efetivamente auxiliar na prevenção de doenças crônicas.

Contamos com a colaboração a Holding Comunicações e da médica: Dra. Marcella Garcez/Nutróloga

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