No período de dois anos pode ocorrer um novo surto de chikungunha no Brasil, alertam especialistas em saúde. E as regiões Nordeste e Sudestes serão as mais afetadas. O alerta foi dado durante a terceira edição do programa de TV Ciência Aberta, pelo presidente da Sociedade Brasileira de Virologia Maurício Lacerda Nogueira e confirmado por um estudo realizado em parceria com a Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo e o Instituto Butantan.

O programa abordou as doenças transmitidas pelos mosquitos, em especial a chikungunha, dengue, zika e febre amarela, que se alastraram entre a população brasileira, principalmente entre os anos de 2015 a 2017. Nesse período a dengue apresentou maior incidência com 2 milhões e 800 casos supostos, sendo 64% deles registrados no continente americando. A segunda doença de maior incidência foi a chikungunha, em torno de 292 mil casos, seguida da zika, em torno de 204 mil casos. A febre amarela, que havia sido extinta, voltou a se apresentar. Entre dezembro de 2016 a maio de 2017 mais de 3.190 casos foram registrados.

O resurgimento dessas doenças transmitidas por mosquitos podem estar ocorrendo em função das mudanças climáticas que vem acontecendo no mundo, ou devirados de problemas relacionados ao saneamento.