Esporte de alto rendimento carece de definição de políticas apropriadas
Desacordos entre estado e município compromete seu desenvolvimento
Por: Equipe Marcio Atalla
Uma pesquisa da Escola de Educação Física e Esporte (EEFE) da USP revelou que o Brasil não tem uma definição clara dos papeis de estados e municípios no que se refere ao desenvolvimento do esporte de alto rendimento. O trabalho investigou as políticas estaduais e municipais para o esporte de alto rendimento e como elas são avaliadas por atletas, técnicos e dirigentes.
O estudo aponta que, embora as práticas esportivas estejam presentes nas escolas devido às exigências da legislação educacional, não há vínculos mais estreitos com o esporte de alto nível. As prefeituras se concentram no esporte participativo e o alto rendimento é mais trabalhado em nível estadual, apesar de existir poucos programas específicos. A coordenação da pesquisa foi feita pela professora Maria Tereza Silveira Böhme.
A pesquisa segue o modelo criado pelo consórcio Sports Policies Factors Leading to International Sporting Success (SPLISS), composto por pesquisadores da Austrália, Bélgica, Holanda e Reino Unido e coordenado pela professora belga Veerle De Bosscher, e é baseada em pilares tais como identificação de talentos e sistema de desenvolvimento; suporte financeiro; organização e estrutura de políticas para o esporte; suporte para atletas e pós-carreira; instalações esportivas; desenvolvimento e suporte para técnicos; competições nacionais e internacionais e pesquisa científica.