7 ameaças do álcool
O uso de bebidas alcoólicas oferece vários riscos para a saúde
Por: Equipe Marcio Atalla
O consumo de álcool já é um hábito consolidado em várias sociedades, principalmente no mundo ocidental, onde a maioria dos eventos de confraternização ocorrem em meio a copos de cerveja, taças de vinho ou outro tipo de bebida alcoólica.
Mas é bom frisar que álcool é um produto tóxico para o organismo, principalmente quando é consumido em quantidade exagerada, podendo gerar uma série de doenças, como:
.Cirrose
.Infarto
.AVC
.Câncer
.Doenças mentais
.Desidratação
.Inflamações
Quer saber 7 ameaças graves do álcool para a saúde? Então siga lendo esta matéria.
Metabolismo e hidratação
O álcool pode interferir no trabalho do fígado, o órgão responsável pelo metabolismo da gordura.
“O fígado trabalha diariamente quebrando as gorduras da sua alimentação e eliminando as toxinas. Quando você bebe álcool, acaba adicionando mais uma tarefa na função do órgão. Dessa forma, seu fígado não consegue processar a gordura de maneira tão rápida e eficientemente, pois estará, também, trabalhando para expelir o álcool. Como consequência, ocorre a desaceleração do metabolismo, levando, inclusive, ao acúmulo de gordura”, explica a médica nutróloga Marcella Garcez, diretora da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).
Como o fígado vai estar sobrecarregado, se recomenda que após a ingestão de bebida alcoólica, se evite alimentos como carnes vermelhas, preferindo carnes brancas cozidas ou grelhadas, além de saladas e frutas.
Além disso, o álcool faz o organismo perder água, gerando desidratação e prejudicando a saúde da pele.
“No caso das bebidas, elas são um dos piores e mais agressivos compostos para destruir a pele. O álcool em excesso pode causar não só a desidratação, mas também a inflamação sistêmica, que colabora para a vermelhidão e envelhecimento da pele. O primeiro efeito é a desidratação, uma vez que, na verdade, o álcool retira todo o fluido da pele. Esse tipo de desidratação causa mais rugas, o que pode fazer você parecer até 10 anos mais velho. O álcool também inflama a pele e está ligado à piora de condições como dermatites, rosácea e acne. O ideal é não beber ou não tornar isso um hábito”, explica a dra. Mônica Aribi, dermatologista e sócia efetiva da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
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Rins e circulação
O consumo abusivo do álcool pode ainda afetar os rins, favorecendo o aparecimento de cálculos renais
“Ele faz com que os rins se tornem menos capazes de filtrar o sangue, além de afetar sua capacidade de manter a quantidade certa de água no corpo. Estudos de base populacional sugerem que o consumo de álcool acima dos limites de moderação pode aumentar o risco de doença renal crônica (DRC) na população em geral. Estudos recentes também mostraram um aumento de cálculos renais em mulheres”, explica a médica nefrologista Caroline Reigada, especialista em Medicina Intensiva pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira(AMIB).
E prossegue a médica:
“Outro fator importante causado pelo álcool é a sobrecarga do rim. O etanol atrapalha a função do hormônio antidiurético, que garante que o corpo não perca muita água, fazendo com que o rim deixe de concentrar a urina, perdendo mais água que o habitual. Como a bebida leva o corpo a fazer um esforço muito grande para colocar a substância para fora, é preciso diluir em água e eliminar na forma de urina, causando a desidratação’’.
E esse desequilíbrio na hidratação do corpo pode ainda aumentar a ocorrência de câimbras e dores musculares e gerar maior retenção de líquidos no organismo, provocando problemas circulatórios.
“Ficamos mais inchados e a pressão sobre as veias e artérias aumenta, o que pode contribuir para o surgimento de problemas vasculares como varizes e trombose”, afirma a cirurgiã vascular Aline Lamaita, da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular(SBAVC).
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Cabelo, boca e gravidez
O uso frequente do álcool pode ainda afetar a saúde dos cabelos
“Em curto prazo, o álcool prejudica a hidratação de todo o organismo, inclusive dos cabelos, que se tornam mais ressecados, frágeis e quebradiços. Já a longo prazo, as bebidas alcóolicas podem prejudicar o aporte de nutrientes para os fios e aumentar a inflamação do couro cabeludo, favorecendo, consequentemente, a queda de cabelo, além de contribuir para piora da dermatite seborreica”, diz a médica dermatologista Jaqueline Zmijevski, da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).
Até a fertilidade é ameaçada. Um estudo publicado numa revista científica ((((https://academic.oup.com/humrep/article/36/9/2538/6294415)) revelou que o consumo de álcool, mesmo em baixa quantidade, pode prejudicar as mulheres que desejam engravidar. Como explica o ginecologista e obstetra Fernando Prado, especialista em Reprodução Humana e membro da Sociedade Americana de Medicina Reprodutiva (ASRM).
“Na segunda metade do ciclo menstrual, mesmo o consumo moderado de álcool está relacionado a chances reduzidas de gravidez’’.
O dr. Fernando acrescenta que ‘’ a redução das chances de engravidar pode estar ligada ao fato da ingestão de álcool afetar os processos envolvidos na ovulação, de modo que nenhum óvulo é liberado durante a fase ovulatória do ciclo menstrual e que o álcool pode afetar a capacidade de um óvulo fertilizado se implantar no útero’’.
Mas além de tudo isso, a bebida alcoólica ameaça também a saúde bucal.
“O processo de desidratação causado pelo álcool provoca a diminuição na produção de saliva. Como resultado, ficamos mais suscetíveis ao desenvolvimento de doenças como cáries, gengivites e erosão dental, visto que uma das principais funções da saliva é justamente proteger os dentes e as mucosas orais”, fala o dr. Hugo Lewgoy, cirurgião-dentista e professor com doutorado em Odontologia pela USP.
Para manter boca, dentes e gengivas saudáveis, é importante beber bastante água.
Mas para quem não dispensa uma bebida, a melhor dica é limitar o consumo diário a no máximo uma taça de até 150ml de vinho tinto seco, que contém o resveratrol, um polifenol antioxidante. Mas lembrando que este mesmo elemento pode ser encontrado no suco de uva integral, então não há necessidade de dar prioridade ao álcool.
E a nutróloga Marcella Garcez finaliza com um alerta:
“Bebidas como cachaça, vodca, whisky e tequila tendem a ser absorvidas mais rapidamente e, no geral, são mais agressivas para o fígado. Ou seja, devem ser evitadas ou limitadas a quantidades menores que uma dose diária”.
Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e dos profissionais de saúde:
Dra.Jaqueline Zmijevski/ Dermatologista
Dra. Mônica Aribi/ Dermatologista,
Dra. Caroline Reigada/Nefrologista
Dra. Marcella Garcez/Nutróloga
Dr.Fernando Prado/Ginecologista e Obstetra
Dra. Aline Lamaita/ Cirurgiã Vascular
Dr.Hugo Roberto Lewgoy/Cirurgião Dentista
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