Risco de demência diminuiu com tratamento intenso para hipertensão
Pacientes tiveram menos riscos de desenvolver problemas de cognição
Por: Equipe Marcio Atalla
Hipertensão deve ser tratada de forma intensa para evitar demência. Foi o que descobriu o mais recente estudo realizado sobre o tema desenvolvido pela Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos. Segundo a pesquisa, pacientes hipertensos que se submeteram a um intenso tratamento, ao contrário dos pacientes que tiveram um tratamento padrão, tiveram menos propensão a desenvolver problemas cognitivos que geralmente evoluem para a demêcia.
Os resultados foram publicados no JAMA (The Journal of the American Medical Association), que revelou ser o estudo o primeiro ensaio clínico com foco em encontrar formas de ajudar pessoas mais velhas a diminuir os riscos de comprometimento cognitivo leve, que abre caminho para demência e Mal de Alzheimer.
Participaram da pesquisa pacientes com 50 anos ou mais, que sofrem de pressão alta, sem diabetes e histórico de AVC (Acidente Vascular Cerebral). E são muitos os pacientes com esse quadro clínico. Tanto que o estudo revelou que 75% dos idosos com mais de 65 anos são hipertensos, que podem vir a se beneficiar com a perda do risco de declínio cognitivo. E também problemas cardíacos.
A pesquisa se originou de um grande estudo cardiovascular denominado Sprint, que começou em 2010, realizado em 102 locais nos EUA. Participaram dele mais de 9 mil pessoas que sofriam de hipertensão. Foram considerados tratamentos intensos os que conseguiram reduzir a pressão dos pacientes abaixo de 120, divergindo do tratamento padrão, que reduzia para menos de 140. Os primeiros tiveram risco significativo menor de morte e problemas cardiovasculares. E uma diferença bastante significativa no desenvolvimento de comprometimento significativo leve.
Os resultados animaram a Associação de Alzheimer a financiar mais dois anos de estudos.