Cientistas descobrem novos genes associados ao câncer de mama
A doença é uma das que mais atinge as brasileiras
Por: Equipe Marcio Atalla
Dois recentes estudos traçaram um mapa completo do câncer de mama. Os estudos foram capazes de identificar as mutações no genoma humano que causam o tumor e também os genes envolvidos nessas alterações. A descoberta foi considerada um marco no tratamento da doença, já que permitirá que os pacientes recebam terapias diferentes, de acordo com o gene e o tipo de mutação que provocou o câncer de mama.
Genes associados ao câncer de mama foram mapeados
Para chegar a tais conclusões foram analisados DNAs de 560 portadores da doença, sendo 556 mulheres e quatro homens.
Foram identificados 93 genes ou conjuntos de instruções que, se alterados, podem vir a provocar tumores. Muitos deles já eram conhecidos, mas desta vez os cientistas puderam chegar a conclusões mais definitivas sobre as possibilidades de mutações.
Existem em torno de 20 mil genes no genoma humano. O estudo provou que 93 deles, se forem alterados, irão transformar uma célula normal em uma célula cancerosa.
O estudo mostrou também que 60% das mutações que levam ao câncer de mama envolvem apenas dez genes. Existem também aquelas consideradas raras, que provocam uma pequena fração dos tumores. Essas não devem receber apoio para realização de terapias.
Hábitos de vida influenciam a doença
Outro aspecto interessante identificado nos dois estudos não foram de origem genética, mas somática. Ou seja, aqueles contraídos no decorrer da vida, provocados por intervenções do ambiente e por obesidade, tabagismo ou poluição.
São eles os grandes causadores do aumento dos casos da doença. O que nos leva à importância de ter uma vida mais saudável e que não comprometa o genoma.
Os dois estudos foram conduzidos pelo Instituto Wellcome Trust Sanger, um dos maiores centros de estudo de genoma do mundo, no Reino Unido.
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