AVC é uma dor de cabeça

Estudo mostra que enxaqueca crônica pode aumentar risco de AVC

Por: Equipe Marcio Atalla


AVC é uma dor de cabeça

Você tem dor de cabeça? Caso tenha respondido ‘’sim’’, saiba que você não está sozinho. A dor de cabeça é algo profundamente incômodo, doloroso e muito comum. Atualmente no mundo, mais de 1 bilhão de pessoas sofrem com este problema, de acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, o número chega a 140 milhões de afetados, segundo a Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCe).

E entre os vários tipos de dor de cabeça, está a enxaqueca, que é causada por uma disfunção genética em alguns neurotransmissores.

Só que agora um estudo científico mostrou outro dado preocupante: a enxaqueca crônica pode aumentar o risco de ocorrência do acidente vascular cerebral (AVC).

Quer saber mais sobre este assunto? Então siga lendo esta matéria até o final.

 

O que diz o estudo

O estudo ((https://www.ahajournals.org/doi/10.1161/STROKEAHA.124.049855)) envolveu quase 380 mil pessoas sem histórico de enxaqueca e outros 31 mil pacientes que sofrem de enxaqueca crônica.

  “O grande tamanho da amostra e a inclusão de grupos historicamente sub-representados, tornam esse estudo altamente relevante. Após ajuste de comorbidades e de dados demográficos, o estudo descobriu que, em comparação com aqueles sem enxaqueca, os indivíduos com enxaqueca tinham um risco maior de acidente vascular cerebral geral, acidente vascular cerebral isquêmico (quando ocorre o bloqueio da circulação do sangue em determinada região do cérebro) e acidente vascular cerebral hemorrágico (quando há o rompimento de um vaso cerebral)’’, comenta  o neurologista,  Tiago de Paula, especialista em Cefaleia pela Escola Paulista de Medicina (EPM/UNIFESP), integrante  da International Headache Society (IHS) e da Sociedade Brasileira de Cefaleia (SBCe).

E acrescenta o médico:

‘’ Mas quando os dados são analisados com relação à frequência da enxaqueca, indivíduos com enxaqueca crônica tinham um risco maior de acidente vascular cerebral geral em comparação com o grupo sem enxaqueca e também em comparação com enxaqueca episódica. E os resultados ainda mostram que aqueles com enxaqueca com aura apresentaram maior risco de acidente vascular cerebral em comparação aos indivíduos com enxaqueca sem aura”.

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Enxaqueca com aura

A pesquisa revelou um perigo maior de acidente vascular cerebral para as pessoas que são atingidas por este tipo de enxaqueca crônica.  

“Pacientes com enxaqueca, particularmente aqueles com enxaqueca crônica, apresentaram maior risco de AVC em comparação com aqueles sem enxaqueca e com indivíduos com enxaqueca episódica. O risco de AVC ainda é maior quando esse paciente apresenta aura’’, aponta o neurologista.

A aura é um tipo de enxaqueca que gera alterações visuais, como:

.Visão turva

.Manchas escuras

.Flashes

.Brilhos

.Luzes

 

A aura atinge cerca de 25 a 33% de quem sofre com enxaqueca crônica.

“A aura é, na grande maioria dos casos, de natureza visual, no entanto, ela pode aparecer em todos os sentidos, por exemplo: escutar um apito antes de uma dor de cabeça é uma aura auditiva, sentir um cheiro diferente, que ninguém mais sente, é uma aura olfativa,ter uma alteração de sensibilidade na mão antes de uma crise é uma aura sensitiva. Temos vários tipos de aura, não somente a visual”, acrescenta o dr. Tiago de Paula.

 O tipo clássico da enxaqueca com aura se caracteriza por alterações temporárias (brilhos, luzes e etc) que podem se deslocar ao longo do campo visual do paciente.

 “Ela costuma anteceder a dor de cabeça e dura de 5 a 60 minutos e raramente passa disso, mas pode aparecer durante e após as crises e até mesmo sem dor. A enxaqueca não é uma doença benigna como muito acreditam e deve ser vista com mais atenção e seriedade pela sociedade e pela comunidade médica como um todo’’, esclarece o especialista.

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Cuidados

Para se definir qual o tratamento adequado, é preciso primeiramente procurar um profissional médico especializado neste tipo de problema e fazer uma avaliação inicial para levantar detalhes da história clínica do paciente, tais como:

.Descrição dos episódios

.Duração

.Fatores desencadeantes

.Histórico familiar

 “Diagnosticada a enxaqueca, o mais importante é tratar a doença, com um médico especialista para que o paciente viva como se a ela não existisse. Dessa forma o cérebro fica mais saudável, evitando crises e os sintomas visuais”, conclui o dr. Tiago.

 

Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e do médico: Dr.Tiago de Paula/Neurologista

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