Você precisa mesmo abolir o glúten de sua alimentação?

Especialistas alertam sobre as consequências negativas de quem o corta sem necessidade

Por: Equipe Marcio Atalla


Você precisa mesmo abolir o glúten de sua alimentação?

Nutricionistas andam preocupados com a propaganda negativa que vem sendo feito sobre os alimentos com glúten em países como Estados Unidos e também no Brasil. Os especialistas temem as consequências negativas que a mudança na alimentação possa trazer. Principalmente, para quem não tem necessidade de abolir alimentos que tenham trigo, centeia, cevada, malte e aveia.

Estima-se que 1% da população mundial sofre de doença celíaca, uma desordem autoimune que provoca inflamações no intestino delgado, impede a digestão do glúten e provoca graves complicações. Quem tem alergia ao trigo costuma apresentar erupções e coceiras na pele que podem ocorrer em seguida ao consumo do farináceo ou algumas horas depois. Quem tem doença celíaca ou sensibilidade ao glúten pode sofrer com problemas gastrointestinais como dores abdominais, gases e diarreia. Outros sintomas são a enxaqueca, doenças respiratórias, depressão, osteoporose, anemias, cansaço crônico, infecções ginecológicas, diabetes tipo 1 e tireoidite de Hashimoto. O diagnóstico é feito através de exames que testam anticorpos específicos e alterações ocorridas no intestino

Os especialistas alertam que não consumir glúten virou moda, principalmente em dietas de redução de peso, mas que pessoas que não têm intolerância a essa alimentação não devem cortá-la do cardápio.

Hoje, a indústria alimentícia passou a investir bastante neste mercado que se torna cada vez mais lucrativo. O lucro em 2014 foi de US$ 2,42 bilhões. Nos EUA, 36% dos americanos aboliram o glúten mesmo sem ter essa necessidade diagnosticada. Em segundo lugar, 28% e 17%, vêm os celíacos, por motivações diversas, entre elas por acreditarem que são sensíveis ao glúten.

Um estudo publicado nos “Anales da Pediatria” em 2014, na Espanha, diagnosticou que, apesar da dieta sem glúten não trazer prejuízos à saúde, quem a adota passa a consumir mais gordura. Um dos alimentos preferidos de quem adere a esse regime é a tapioca. Embora não tenha glúten, a tapioca possui alto índice glicêmico, ou seja, eleva os níveis de açúcar no sangue. O melhor mesmo é adoção de uma alimentação equilibrada e só cortar o glúten se for mesmo necessário.

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