Na quarentena, aposte nos alimentos in natura e evite os ultraprocessados; entenda a diferença

Principalmente durante o isolamento, é fundamental saber o que comemos. Saiba diferenciar os tipos de processamento alimentício e descubra de que forma eles podem afetar sua saúde.

Por: Equipe Marcio Atalla


Na quarentena, aposte nos alimentos in natura e evite os ultraprocessados; entenda a diferença

Mais do que nunca, precisamos estar atentos à alimentação. Porém, ainda existe muita desinformação e dúvida sobre a origem dos alimentos e sua qualidade nutricional.

 

Veja também:

Mitos e verdades sobre as vitaminas e imunidade

Baixos níveis de Vitamina D na quarentena interferem na fertilidade e causam problemas na gestação

Falta de exposição solar durante quarentena pode favorecer surgimento de doenças de pele

 

Por exemplo, você já deve ter ouvido falar que é necessário diminuir o consumo de alimentos processados na quarentena, pois eles trazem malefícios à saúde.

Mas, afinal, o que são esses alimentos? Todo alimento processado é realmente ruim? Qual a diferença entre alimentos processados e ultraprocessados? “Como a gente sai menos para comprar os alimentos, é melhor investir naqueles que duram mais tempo. Mas isso não quer dizer que a comida não precisa ser saudável. Então, temos que relembrar que devemos consumir verduras, legumes, frutas e alimentos ricos em nutrientes”, afirma o cirurgião plástico Dr. Mário Farinazzo, membro Titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e médico voluntário no atendimento a casos suspeitos de Covid-19 no Hospital São Paulo. Mas qual são esses alimentos ricos em nutrientes?

Alimentos in natura e minimamente processados: De acordo com a Dra. Marcella Garcez, médica nutróloga, professora e diretora da Associação Brasileira de Nutrologia, os alimentos in natura são aqueles obtidos de plantas ou animais que chegam ao consumidor sem terem passado por nenhum tipo de processamento. “Já os alimentos minimamente processados são os alimentos in natura que sofreram alterações mínimas na indústria através de processos como secagem, pasteurização, fermentação ou congelamento para torná-los mais acessíveis e seguros. No entanto, a eles ainda não foram adicionados sal, açúcar ou outra substância”, explica. Dessa forma, nessa categoria se enquadram alimentos como frutas, legumes, verduras, hortaliças, grãos, nozes, leite (sem aditivos e açúcar) e ovos. “Geralmente, são alimentos que não contam com lista de ingredientes como aqueles encontrados no mercado. Eles são os próprios ingredientes”, afirma a médica. “Essa alimentação está ligada à manutenção do sistema imunológico em dia. As pessoas com sistema imunológico mais forte vão enfrentar o novo vírus com maior destreza. Existem inúmeras vitaminas importantes nesse processo, dentre elas a vitamina C, presente na laranja, limão, mexerica, abacaxi, goiaba, maçã, repolho, acelga, espinafre, berinjela, entre outros”, afirma o Dr. Mário Farinazzo.

Alimentos processados: “Alimentos processados são produtos derivados diretamente de alimentos in natura, mas que passaram por um processo de adição de sal, açúcar, óleo ou vinagre para torná-los mais duráveis e agradáveis ao paladar. Por ser um processo que altera a qualidade nutricional dos alimentos, o consumo exagerado de produtos processados pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, diabetes e obesidade. São exemplos de alimentos processados produtos como legumes em salmoura ou pratos congelados, extrato de tomate, carne seca, frutas em calda, queijo e pães.”

Alimentos ultraprocessados: Alimentos ultraprocessados, segundo a médica, são formulações industriais fabricadas a partir de substâncias extraídas ou derivadas de outros alimentos (sal, açúcar, óleos, proteínas e gorduras) e sintetizadas em laboratório (corantes, aromatizantes, conservantes e aditivos). “No geral, os alimentos ultraprocessados possuem sabor mais agradável e um grande prazo de validade, mas são pobres nutricionalmente e ricos em calorias, gorduras e aditivos químicos, favorecendo então a ocorrência de deficiências nutricionais, doenças do coração, diabetes, colesterol e obesidade”, alerta a especialista. Por isso, o ideal é evitar alimentos como bolachas, guloseimas, sorvetes, salgadinhos de pacote, refrigerantes e bolos prontos para o consumo. “Uma boa estratégia é evitar deixar em casa muita oferta de alimentos muito ricos em açúcar e gordura, como chocolates, bolos e doces, que devem ser consumidos com bastante parcimônia”, diz o médico Dr. Mário Farinazzo.

Então, para aqueles que pretendem adotar uma alimentação balanceada, basta seguir a dica da Dra. Marcella Garcez: “A regra de ouro para uma alimentação adequada e saudável é optar sempre pelos alimentos in natura ou minimamente processados, assim como as preparações culinárias, evitar os alimentos processados e restringir ao máximo o consumo dos alimentos ultraprocessados”, finaliza a nutróloga.

FONTE: DRA. MARCELLA GARCEZ, DR. MÁRIO FARINAZZO

A emoção mexe com o prato

A emoção mexe com o prato

As emoções podem influenciar nas escolhas dos alimentos nas refeições

Dieta mediterrânea no feijão com arroz

Dieta mediterrânea no feijão com arroz

Os princípios desta dieta podem melhorar o prato dos brasileiros

10 alimentos para a mulher

10 alimentos para a mulher

Conheça alimentos que contribuem para a saúde feminina


VEJA TODAS AS MATÉRIAS