Menos calorias, coração forte!

O estudo  também  apontou a importância do acompanhamento nutricional  na perda de peso e na adoção de um estilo de vida mais saudável

Por: Equipe Marcio Atalla


Menos calorias, coração forte!

Os cardiologistas sempre defendem que a diminuição da ingestão de calorias, principalmente as gorduras, auxilia a manter o bom funcionamento e a saúde do coração. Isso continua valendo. A novidade é que um estudo divulgado nos EUA mostra que esta tarefa pode não ser tão complicada e desgastante. Uma pesquisa revela que reduzir o consumo de 250 calorias por dia já seria o suficiente para fazer a pessoa perder peso e impedir o endurecimento das artérias.

Mas os pesquisadores alertam que é preciso combinar dois itens básicos:

.Mudança na alimentação

.Prática de atividade física

 

Cortando calorias

Este trabalho foi publicado na conceituada revista científica Circulation, ligada à American Heart Association, e mostra que esta dosagem de redução de 250 calorias por dia, em conjunto com a realização de exercícios físicos ao menos 4 vezes por semana diminui os ricos de doenças do coração.

Segundo a pesquisa, uma alimentação balanceada e prática de atividade física  são as bases  para a manutenção do peso e da saúde do coração. E, ao contrário do que muitos pensavam, não é preciso  ter uma restrição calórica intensa. Com o corte de 250 calorias e atividade moderada de 30 minutos  em alguns dias da semana, já é o suficiente para por exemplo melhorar a saúde da aorta em pacientes com algum tipo de sobrepeso.

É o que confirma o dr. Juliano Burckhardt, médico cardiologista, geriatra e nutrólogo, membro Titular da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG) e da Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN):

“Ocorrendo naturalmente com a idade, mas sendo acelerado por fatores como obesidade, tabagismo, genética, sedentarismo e má alimentação, o enrijecimento da aorta consiste no endurecimento e perda da elasticidade da parede dessa artéria, o que impede que trabalhe adequadamente, dificultando a passagem e a distribuição do sangue e desregulando a pressão sanguínea. Como resultado, ocorre um aumento no risco de doenças cardiovasculares, como aterosclerose, infarto e derrame, além de danos a uma série de órgãos importantes, incluindo o cérebro, os rins e o fígado”.

 

O estudo sobre as 250 calorias a menos

A pesquisa foi feita com 160 adultos sedentários e obesos com idades entre 65 e 79 anos, que foram divididos em 3 grupos,segundo estes critérios:

.Prática de exercícios sem mudanças na dieta

.Prática de exercícios  com redução de 250 calorias por dia na dieta

.Prática de exercícios  com redução de 600 calorias por dia. 

O estudo foi feito num período de  5 meses, com o funcionamento da aorta sendo avaliado  constantemente  através de ressonância magnética. Após análise dos dados coletados, os estudiosos observaram que os grupos que combinaram restrição calórica com prática de exercícios apresentaram redução de 10% de seu peso, o que não ocorreu no grupo que apenas realizou as atividades físicas sem mudanças na dieta. Mas o que chamou mesmo a atenção foi que apenas o grupo que passou por restrição calórica moderada revelou uma  melhora significativa da rigidez da aorta. 

“Estudos anteriores já haviam mostrado que a perda de peso resulta em melhorias metabólicas que reduzem o esforço do coração, diminuem a pressão arterial e, consequentemente, melhoram a saúde da aorta. Então, visto que ambos os grupos com restrição calórica perderam peso de maneira similar, era de se esperar que a redução na rigidez da aorta fosse semelhante, o que não aconteceu, com o grupo que restringiu as calorias moderadamente apresentando resultados superiores.

‘’A hipótese levantada pelos pesquisadores para esse fato é que uma restrição intensa de calorias e, consequentemente, um jejum mais prolongado resulta em um estado de fome, com um aumento nos níveis dos hormônios do estresse, que podem acelerar o enrijecimento das artérias”, afirma o dr. Juliano.

 

Cortar calorias com qualidade

A pesquisa mostra que mesmo uma mudança não tão grande na ingestão de calorias pode trazer grandes benefícios à saúde do coração, desde que seja feita de forma constante.

 “Uma restrição calórica adequada combinada à prática de apenas 120 minutos de exercícios por semana mostrou ser eficiente não apenas para redução de peso a curto prazo, mas também para aprimorar a saúde do organismo a longo prazo”, explica o  dr. Juliano.

O estudo  também  apontou a importância do acompanhamento nutricional  na perda de peso e na adoção de um estilo de vida mais saudável. “Restrições calóricas drásticas, optadas pela grande maioria das pessoas que desejam perder peso, mostraram não ter nenhum benefício adicional quando comparadas a uma redução de calorias mais moderada e bem direcionada. Além disso, essa redução significativa nas calorias é difícil de ser mantida e o mais importante para a saúde do organismo é a consistência.”, acrescenta o cardiologista.

Mas é preciso ficar atento a uma questão: não é só a quantidade calórica que importa, mas também a qualidade dessas calorias.

 “Alimentos ricos em açúcar refinado, gorduras e carboidratos simples, por exemplo, fornecem uma grande quantidade de calorias vazias, isto é, que possuem pouco ou nenhum valor nutricional para o organismo. Já uma dieta a base de plantas e rica em folhas, verduras, legumes, frutas, oleaginosas e cereais integrais fornecem boas calorias para o organismo, visto que são alimentos ricos em vitaminas, minerais, proteínas e gorduras de boa qualidade. Por isso, mais importante do que sair cortando calorias loucamente é consultar um médico para receber orientações adequadas para uma readequação alimentar saudável e bem-sucedida”, conclui o dr. Juliano.

 

Contamos com a colaboração  da Holding Comunicações e do médico:

Dr. Juliano Burckhardt/Cardiologista

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