Os pais ou cuidadores da criança não podem esquecer de promover a variedade de alimentos, estimulando o consumo diário de frutas,verduras e legumes
Os pais que têm dúvidas ou desejam estabelecer uma alimentação saudável para a criança nos dois primeiros anos de vida, podem se basear no manual elaborado pelo Ministério da Saúde para esse fim, denominado “Dez passos para uma alimentação saudável”.
A recomendação inicial do manual obviamente é sobre a primeira alimentação que recebemos na vida, o leite materno. Ele garante a alimentação do bebê até seis meses, sem necessidade de outro complemento, incluindo até a água.
A partir dos seis meses outros alimentos devem ser ingeridos gradualmente, como:
• Cereais:
• Tubérculos;
• Carnes;
• Frutas e legumes.
Eles devem ser dados três vezes ao dia, caso a amamentação continue. Se o desmame ocorrer, o bebê pode fazer até cinco refeições por dia. Inicialmente, eles devem ter a consistência de papinhas até chegar a alimentação ingerida pela família. Os alimentos não precisam ser dados rigorosamente no mesmo horário, dependerá mais da vontade da criança.
As guloseimas devem ser evitadas nos dois primeiros anos de vida. Manter a criança longe de alimentos açucarados, enlatados, gordurosos, sem nutrientes etc., formará hábitos melhores para o futuro.
Empresas informaram que suspenderam o fornecimento de refrigerantes para as escolas. Para essa faixa etária, de acordo com um informe assinado pelos fabricantes, só serão comercializados água mineral, água de coco, sucos com 100% de fruto e bebidas lácteas.
A mudança na oferta dos produtos tem como base as diretrizes de associações internacionais de bebidas e vale para as instituições que compram direto dos fabricantes e para distribuidores. Para os varejistas que adquirem os produtos em outros pontos de venda, as empresas farão uma ação de conscientização dos comerciantes.
Para evitar que crianças e jovens continuem consumindo refrigerantes no lugar de ingerirem bebidas mais saudáveis, é preciso uma conscientização dos alunos, pais e responsáveis sobre as doenças que o consumo dessas bebidas pode acarretar, como a obesidade e a síndrome metabólica.
Veja a resposta de Marcio Atalla para a pergunta:
Sou professora de escola e tenho observado a cada ano que a obesidade dos alunos tem aumentado. Você não acha que teria que haver um controle da merenda na escola?
Será que a papinha dos bebês está com os dias contados? Se depender do método Baby-Lee Weaning (Desmame guiado pelo bebê, em português), sim. Também conhecido por BLW, o método, criado pela britânica Gill Rapleu, agente de saúde e autora do livro “Desmame Guiado pelo Bebê, Ajudando seu Filho a Amar a Boa Comida”. O objetivo é dar liberdade ao bebê para escolher o que deseja comer.
Como? Permitindo que, a partir dos seis meses, ele sente à mesa com a família e escolha o que deseja comer. Os alimentos, claro, devem ser dados em pedaços. Muitos pais mundo afora estão aprovando o método, mas a Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que a partir dos seis meses a introdução alimentar seja feita em forma de papinhas e com alimentos que complementem a nutrição realizada com leite materno, que deve continuar.
No método BLW, deve-se oferecer opções de alimentos saudáveis, como por exemplo, cenoura e brócolis cozidos. A criança deve ter liberdade de experimentar, mas jamais ser obrigada a comer. Nem deve ser apressada ou ir para mesa quando estiver com muita fome ou irritada.
No início, o bebê brincará mais com a comida, mas com o tempo começará a optar por alimentos de sua preferência. E terá sua autonomia estimulada desde cedo. Além de maior prazer e interação com os pais na hora das refeições.
Uma dúvida que costuma assaltar os pais, principalmente os que tiveram o primeiro filho, é o momento em que o açúcar deve ser inserido na alimentação da criança. Segundo a cartilha do Ministério da Saúde, até dois anos de idade a criança não deve consumir nenhum tipo de açúcar.
Depois dessa idade, fica difícil restringir o açúcar para os pequenos. Mas os pais devem estar cientes que de o excesso do consumo não provoca apenas risco de obesidade. Açúcar pode se tornar um vício e causar dependência, já que as pessoas apresentam perfis metabólicos diferenciados.
O açúcar presente em todas as frutas e vegetais que até a idade de dois anos fazem parte da dieta infantil. Mas, o açúcar livre, presente em bolos, massas, refrigerantes, doces, sucos de frutas concentrados, ou seja, o que é acrescentado ao alimento pelo fabricante, não deve ser consumido em excesso.
Tanto é que a OMS diz que há comprovação de que o consumo de açúcar livre, quando é feito dentro dos limites, ou seja, 10% abaixo do consumo diário de energia, não só diminuiu o risco de sobrepeso, como também o risco da obesidade e de adquirir cáries.
No início de 2019, foi publicado um novo guia pela OMS, que recomenda que o consumo de açúcar livre entre crianças e adultos seja menor do que 10%. Se o consumo for abaixo de 5% – aproximadamente 25 gramas ou 6 colheres de chá diárias, a saúde da população será beneficiada. Um refrigerante possui aproximadamente 15 gramas de açúcar, 5 a mais do que o limite recomendado.
Veja a resposta de Marcio Atalla para a pergunta:
Crianças e jovens estão consumindo uma grande quantidade de açúcar. E esse excesso pode aumentar o risco de desenvolvimento de doenças cardíacas. Os maiores vilões responsáveis por essa quantidade excessiva de açúcar consumido são os refrigerantes.
A quantidade de açúcar não deve ultrapassar a de seis colheres de chá por dia, o que equivale a 100 calorias. Isso na faixa etária de dois a 18 anos. Açúcar jamais deve ser dado aos bebês.
A recomendação foi feita recentemente pela Associação Americana do Coração (AHA, sigla em inglês) e publicada no periódico científico “Circulation”. Ela foi baseada na revisão de diversos estudos sobre o consumo de açúcar e seus efeitos na saúde das crianças e jovens.
No entendimento dos cientistas, açúcar tanto pode ser o normal, como a frutose ou o mel, que é usado no processamento ou preparação de alimentos ou bebidas. A partir de 2018, a indústria alimentícia dos EUA será obrigada a informar, nos rótulos, as quantidades de açúcar que existe em seus produtos, com o objetivo de ajudar a cumprir as novas recomendações sobre o alimento.
Ainda assim, é importante que pais e educadores comecem a observar esse aspecto na alimentação de crianças e jovens e revisar seus hábitos alimentares. A melhor maneira de rever e mudar um hábito prejudicial à saúde é através da conscientização. Ela ajudará na prevenção de doenças futuras.
? Atalla discute os fatores da obesidade infantil
Se o seu filho está obeso, saiba que a doença já é tratada como epidemia global, segundo a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PENSE), que é realizada pelo Instituto da Pesquisa Nacional de Saúde (IBGE), junto com o Ministério da Saúde.
Dieta inadequada e falta de atividade física são os principais responsáveis pelo preocupante quadro. Diabetes, hipertensão e colesterol alto também contribuem para a obesidade infantil. Outro fator é o fato da criança passar muitas horas diante da televisão.
Como exercitar crianças nesse período de idade? O exemplo deve começar pelos pais, não só em relação à prática de exercício, como desenvolver hábitos de uma alimentação balanceada e saudável para a criança.
Em primeiro lugar, os pais devem se conscientizar que não devem passar tantas horas diante da televisão ou celular, e nem permitir que os filhos criem esse hábito.
Caminhar em parques e praças ao lado dos filhos pode ser uma atividade muito prazerosa nessa fase, como também ensinar os pequenos a andar de bicicleta, jogar bola com eles e resgatar atividades do tempo de criança, como pular amarelinha, brincar de esconde-esconde, entre outras.
É importante, desde cedo, desenvolver nas crianças a conscientização que a atividade física é um momento de prazer, de diversão e não uma obrigação. Brincar com outras crianças em locais de lazer também pode ser uma maneira de manter a obesidade distante da vida dos pequenos.
Apenas uma em cada seis crianças com menos de dois anos recebe alimentação em quantidade e diversidade suficientes para a sua idade, o que deixa as restantes em risco de danos físicos e mentais irreversíveis.
A conclusão é de um relatório da agência das Nações Unidas para a infância. “Os bebês e as crianças pequenas têm maior necessidade de nutrientes do que em qualquer outra fase da vida. Mas milhões de crianças pequenas não desenvolvem todo o seu potencial físico e intelectual porque recebem pouca comida e demasiado tarde”, disse France Begin, conselheira sênior para os assuntos de Nutrição da Unicef, citada num comunicado da organização.
A responsável alerta que “uma nutrição deficiente numa idade tão tenra causa danos mentais e físicos irreversíveis”. Intitulado “Desde a primeira hora de vida”, o relatório agora divulgado revela um mundo onde uma dieta saudável está fora do alcance da maioria. Os dados da Unicef mostram que a introdução tardia de alimentos sólidos, o número reduzido de refeições e a falta de variedade de alimentos são práticas generalizadas no mundo, privando a criança da alimentação com nutrientes essenciais quando o cérebro, os ossos, e o físico dela mais precisam.
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