Ácidos fenólicos encontrados no cacau promovem o emagrecimento
A Universidade de Chung Hsing, em Taiwan, realizou uma pesquisa cujos resultados trarão a alegria para os chocólatras. O Departamento de Ciência do Alimento e Biotecnologia da instituição divulgou que os ácidos fenólicos presentes no cacau, matéria-prima do chocolate, alteram a produção da leptina, que vem a ser o hormônio da saciedade. E ainda promovem a queima de calorias. Como se não bastasse, os antioxidantes presentes no chocolate previnem o aumento de gordura nas células.
“É preciso entender que tudo em excesso faz mal. No caso do chocolate, ele é um alimento que possui muito açúcar e gorduras saturadas e, por isso, muitas vezes é considerado um vilão, pois pode causar prejuízos à saúde quando ingerido em excesso, como obesidade, acne, colesterol, entre outros. Contudo, o chocolate tem muitos benefícios. Magnésio, ferro, cromo, manganês, zinco, cobre, vitaminas B6, B3 e C estão presentes no chocolate, o que o torna o mocinho se ingerido sem excesso e dentro de uma dieta balanceada”, explica Durval Ribas Filho, presidente Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN).
E não é só na obesidade que o cacau vem em auxílio. Os fitoquímicos que também podemos encontrar neles melhoram a secreção da adipnectina, aumentando a ação anti-inflamatória, ajudando a diminuir o risco de diabetes e de aterosclerose, caracterizadas por alterações nos vasos sanguíneos que acabam por obstruí-los.
A pesquisa também descobriu que o chocolate amargo tem a faculdade de diminuir um mecanismo que leva o organismo a estocar ou produzir mais gordura. Participantes que ingeriam um tablete amargo em jejum pela manhã sentiram mais a sensação de saciedade o que os que não o fizeram. E a ingestão do número de calorias ao longo do dia foi 15% menor dos que consumiram chocolate ao leite.
“As propriedades do chocolate são bastante interessantes. A leptina proporciona a sensação de saciedade, portanto, quando você ingere um pedaço de chocolate amargo (70% de cacau), você já se sente saciado e não quer comer mais doces, o que consequentemente auxilia no processo de emagrecimento, pois quando você ingere um chocolate ao leite, por exemplo, devido à presença de açúcar, você quer comer mais e mais e, assim, acaba ingerindo calorias extras. Além disso, o chocolate é termogênico, o que auxilia na queima de calorias”, esclarece Ribas Filho.
Os carboidratos presentes no chocolate também auxiliam a produção de serotonina, neurotransmissor responsável pela sensação de prazer. O alimento também possui substâncias como triptofano, teobromina, feniletilamina, tetrahidrocarbolines, fenilalanina e tirosina, que também reforçam a sensação de bem-estar.
“Quando você come um pedaço de chocolate, ele age no seu corpo trazendo seus benefícios. Aqueles com alto teor de cacau, por serem mais amargos, acabam sendo menos ingeridos, uma vez que quanto mais doce o alimento, mais vontade você tem de comer mais. No caso dos chocolates com 70% de cacau, acontece o contrário, um pedaço já é suficiente”, afirma.
Mas não se anime, para não aumentar excessivamente os níveis de gordura corporal, o chocolate não deve ser consumido à vontade. “De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), a recomendação é que sejam consumidos até 50 gramas de chocolate por dia e que ele tenha o máximo possível de cacau em sua composição.
Costumamos falar que até 30g por dia de um chocolate amargo (70% de cacau) é indicado para uma pessoa que tenha uma alimentação balanceada”, orienta Ribas Filho.
Além disso, o médico ressalta que: “No caso dos diabéticos, é preciso atenção, pois os chocolates diets, apesar de não terem açúcar, acabam tendo outros ingredientes na composição, como mais gordura saturada. Outros grupos que podem ter problemas com a ingestão de chocolates são os intolerantes à lactose e intolerantes ao glúten, mas hoje no mercado já existem substitutos. Vale ressaltar que é sempre importante ler os ingredientes, optando pelas versões com mais cacau e menos açúcar e gorduras”, finaliza.
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