A mulher é a maior vítima do TCA

Entre 2% a 3% da população mundial sofre de TCA, o chamado Transtorno da Compulsão Alimentar.

E as mulheres são as mais afetadas pelo problema, principalmente pelas cobranças estéticas no ambiente social, pela busca do ‘’corpo perfeito’’, o que pode levar a transtornos alimentares perigosos.

Para saber mais sobre o que é e como lidar com o Transtorno da Compulsão Alimentar, não deixe de ler esta reportagem até o final.

O que é o TCA

O Transtorno da Compulsão Alimentar (TCA) é uma condição caracterizada por episódios recorrentes de ingestão de grandes quantidades de alimentos num curto período de tempo, acompanhados pela sensação de perda de controle. Diferentemente da bulimia, no TCA não há práticas compensatórias como vômitos ou uso de laxantes. Os episódios são geralmente seguidos por sentimentos de vergonha, culpa e angústia emocional, prejudicando significativamente a qualidade de vida dos pacientes

“O Transtorno da Compulsão Alimentar é um comportamento muito comum em pessoas que vivem sob constante cobrança por um corpo ideal. A repressão do desejo de comer, muitas vezes imposta por padrões estéticos, leva a episódios de descontrole emocional que resultam em comilança descontrolada”, afirma a psicóloga Valeska Bassan, com pós-graduação em Medicina e Estilo de Vida e especialista em transtornos alimentares.

Os principais sintomas do TCA são:

.Comer muita comida, em pouco tempo, mesmo sem fome

.Falta de controle sobre o que se come

.Comer rápido demais

.Medo de julgamentos ao fazer refeições com outras pessoas 

.Comer escondido

.Sentir culpa, depressão ou nojo depois de comer

.Tentar dietas muito restritivas

.Efeito ‘’sanfona’’, engordando e emagrecendo de forma cíclica

Veja também:

https://marcioatalla.com.br/nutricao/transtorno-alimentarum-problema-global/

Quais as causas

O TCA pode surgir a partir de vários fatores, como:

.Predisposição genética

.Aspectos do meio social

.Distúrbios psicológicos

Entre as causas psicológicas, a percepção distorcida sobre o corpo e a valorização da magreza são fatores muito comuns. A pressão estética amplificada pelas redes sociais e pela mídia exerce um impacto significativo, especialmente nas mulheres, que são mais cobradas em relação à aparência. Essa cobrança pode intensificar comportamentos alimentares desordenados como forma de lidar com a insatisfação corporal.

E nesse campo, as mulheres são mais vulneráveis ao TCA por causa da pressão cultural para alcançar padrões de beleza irreais, que frequentemente associam magreza a sucesso e felicidade. Essa idealização pode levar a uma insatisfação corporal crônica e ao uso de dietas que restringem de forma radical os alimentos, o que muitas vezes pode desencadear episódios de compulsão alimentar.

 “Essa cobrança constante pode resultar em distorções da autoimagem e desencadear comportamentos extremos, como dietas restritivas ou compulsões alimentares. O ciclo de restrição e compulsão é extremamente prejudicial, levando à perda da relação saudável com a comida e ao aumento dos riscos de doenças’’, comenta a especialista.

Entre as doenças que o TCA pode gerar, estão:

.Obesidade

.Doenças cardiovasculares

Confira ainda:

https://marcioatalla.com.br/vida-e-saude/transtornos-alimentares-podem-levar-a-depressao/

O tratamento

O tratamento do TCA é interdisciplinar e pode envolver várias ações, como:

.Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC): psicoterapia focada em identificar padrões de pensamento disfuncionais e promover hábitos alimentares saudáveis. É considerada uma das abordagens mais eficazes para o TCA

.Medicamentos: antidepressivos  que ajudam a reduzir os episódios compulsivos em casos moderados a graves. Mas estes medicamentos devem ser usados somente sob orientação médica

.Mudanças no estilo de vida: manter uma alimentação regular e a  prática de exercícios físicos são boas estratégias para evitar situações que desencadeiem compulsões.

.Suporte social e psicológico: buscar apoio da família ,amigos e/ou de grupos de suporte  social positivo, pode ajudar na recuperação

Embora o TCA seja uma condição desafiadora, pode ser tratado desde que seja feita a abordagem correta. A conscientização sobre o impacto da pressão estética e o acesso a informações confiáveis são passos importantes para reduzir a baixa autoestima e encorajar a busca por ajuda profissional.

‘’O apoio psicológico é essencial para restaurar uma relação saudável com a alimentação e tratar as causas emocionais por trás da compulsão”, conclui a psicóloga Valeska Bassan.

Contamos com a colaboração da MBC Comunicação Assessoria de Imprensa e da psicóloga Valeska Bassan

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