Você já ouviu falar da microbiota oral? Pois é, geralmente a microbiota intestinal é mais conhecida das pessoas, mas embora pouca gente saiba, a boca humana possui cerca de 700 espécies de microrganismos, como:

.Bactérias

.Fungos

.Protozoários

.Vírus

E este ecossistema desempenha um papel fundamental:

.Na saúde da boca

.Na digestão dos alimentos

.Na proteção dos dentes

.Na saúde das gengivas

Mas quando ocorre algum desequilíbrio na microbiota oral, podem surgir várias enfermidades, que vão desde cáries até problemas cardíacos e outras doenças incapacitantes.

Quer saber mais como cuidar bem deste ecossistema tão importante para o organismo e a saúde humana? Então siga lendo esta matéria até o final!

A importância da microbiota

Mas afinal, qual seria a importância da microbiota oral para a saúde do organismo? Quem nos esclarece é um especialista e estudioso do tema, o cirurgião-dentista Hugo Lewgoy, doutor pela Universidade de São Paulo (USP) e consultor científico da Curaden Swiss.  

“A microbiota oral ajuda, inclusive, a proteger os dentes e as gengivas, auxilia a digestão e até pode contribuir no combate a agentes patogênicos presentes nos alimentos e no ambiente externo’’, 

E prossegue o especialista com mais informações:

‘’O problema é que alguns fatores podem causar um desequilíbrio desse ecossistema, favorecendo o crescimento de bactérias prejudiciais que, além de favorecerem o surgimento de mau hálito e doenças orais como cáries e gengivite, podem afetar a saúde de todo o organismo, contribuindo para um quadro inflamatório generalizado que está relacionado com problemas como doenças cardiovasculares, alguns tipos de câncer e até Alzheimer”.

E um dos pontos fundamentais para garantir uma microbiota oral saudável, é ficar atento a uma ação absolutamente fundamental: cuidar bem da alimentação.

‘’O que comemos é, também, o principal combustível ou fonte de energia para as bactérias que habitam a cavidade oral. Por isso, manter uma alimentação equilibrada é indispensável para a manutenção desse ecossistema’’, diz o cirurgião-dentista.

É importante evitar alimentos que gerem desequilíbrio na microbiota, como aqueles ricos em:

.Açúcar 

.Carboidratos 

Também é importante evitar vícios, como por exemplo:

.Fumo

.Álcool

 “Esses hábitos podem prejudicar uma série de bactérias benéficas que habitam a mucosa oral, dando espaço para que agentes patógenos se desenvolvam. Estudos mostram que fumantes, por exemplo, sofrem uma redução de 35% na biodiversidade bacteriana bucal”, comenta o dr. Hugo Lewgoy.

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Escove bem os dentes

Uma boa escovação também ajuda a prevenir o crescimento de bactérias nocivas.

‘’A escovação adequada é fundamental para manter o equilíbrio do microbioma oral. O cuidado deve ser realizado com uma escova com uma grande quantidade de cerdas, pois, quanto mais cerdas, menor é o acúmulo de placa bacteriana sobre os dentes e maior a eficácia da escovação”, fala o profissional de saúde.

Mas não deixe de limpar também o espaço entre os dentes.

“Não esqueça da higiene do espaço interdental, local propício para o desenvolvimento de bactérias nocivas. Mas apenas o uso do fio dental não é suficiente para essa tarefa, já que o produto não é capaz de limpar adequadamente as irregularidades e depressões interdentais, sendo necessário então utilizar as escovas interdentais’’, fala o dr. Hugo.

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Não esqueça também da língua

Higienizar a língua geralmente é uma ação esquecida pela maioria das pessoas, mas é muito importante para garantir uma microbiota oral equilibrada.

‘’ Isso porque o acúmulo de saburra lingual, aquela placa branca que surge sobre a língua, favorece a proliferação de bactérias nocivas, que, inclusive, são responsáveis por produzir maus odores. Para remover a saburra lingual, é recomendado acrescentar, na rotina de higiene oral, instrumentos voltados para a higienização da língua’’, diz o especialista.

E atenção, é bom evitar e enxaguatórios orais que contenham álcool.

‘’Enxaguatórios orais com álcool, são responsáveis por aquela sensação de ardência, destroem tanto bactérias benéficas quanto prejudiciais, levando a um desequilíbrio na microbiota oral. Embora a grande maioria dos enxaguatórios orais disponíveis no mercado contenham álcool em sua formulação, existem alguns produtos que não levam o ingrediente”, conclui o cirurgião-dentista.

Contamos com a colaboração da Holding Comunicações e do profissional de saúde: Dr. Hugo Lewgoy/Cirurgião-Dentista

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