Toxina age como um bloqueador neuromuscular, impedindo parcial ou totalmente a contração muscular que leva à dor de cabeça. Tratamento deve ser realizado a cada três ou quatro meses
Com sintoma de dor de cabeça intensa, a enxaqueca crônica já foi apontada como uma das quatro doenças crônicas mais incapacitantes, segundo a Organização Mundial da Saúde. As crises podem aparecer mais de 15 dias por mês, se caracterizam por dor pulsátil em um dos lados da cabeça, que podem durar até 72 horas. Mas uma das novas formas de tratar a doença é por meio de aplicações de toxina botulínica. “A toxina botulínica é usada para prevenir a ocorrência das crises, melhorando a qualidade de vida dos pacientes afetados com tal condição clínica”, afirma o cirurgião plástico Dr. Paolo Rubez, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e especialista em Cirurgia de Enxaqueca pela Case Western University.
O tratamento com a toxina botulínica foi autorizado pela ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) desde 2011 e já foi alvo de diferentes pesquisas científicas no Brasil e exterior comprovando a eficácia do método. “Na técnica, é utilizada a toxina botulínica em aplicações que são realizadas em diferentes áreas da cabeça e da região cervical. Ela age como um bloqueador neuromuscular, impedindo a contração muscular e, por consequência, a compressão dos nervos sensitivos periféricos”, afirma o médico. “Uma vez que uma das causas da enxaqueca é a compressão dos ramos do nervo trigêmeo ou occipital, a toxina botulínica impede que isto aconteça”, acrescenta.
Com relação às aplicações, elas devem ser realizadas a cada três ou quatro meses, já que a substância é absorvida pelo organismo, então o efeito não é permanente. “Mas os primeiros resultados, com melhora das crises, aparecem em torno de 15 dias após a aplicação”, diz o médico. O tratamento pode ser feito em pacientes com diagnóstico de enxaqueca crônica. Por outro lado, as aplicações não podem ser feitas em alérgicos aos componentes da fórmula da toxina botulínica, pessoas com doenças neuromusculares e gestantes. “É fundamental que as aplicações sejam realizadas por um cirurgião plástico especializado ou um neurologista que conheça a técnica. Além disso, o paciente deve verificar a procedência da substância e do profissional antes de submeter-se à técnica”, diz o médico.
DR. PAOLO RUBEZ: Cirurgião plástico, membro titular da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, da Sociedade Americana de Cirurgia Plástica (ASPS) e da International Society of Aesthetic Plastic Surgery (ISAPS), Dr. Paolo Rubez é Mestre em Cirurgia Plástica pela Escola Paulista de Medicina da UNIFESP. O médico é especialista em Cirurgia de Enxaqueca pela Case Western University, com o Dr Bahman Guyuron (em Cleveland – EUA) e em Rinoplastia Estética e Reparadora, pela mesma Universidade e pela Escola Paulista de Medicina/UNIFESP. http://drpaolorubez.com.br/
O mau funcionamento intestinal pode gerar as temidas varizes
As emoções podem influenciar nas escolhas dos alimentos nas refeições
Aprenda dicas para evitar lesões e ter mais ganhos com os exercícios
Estudo mostra que 62% dos pais não sabem lidar com filhos adolescentes
Os princípios desta dieta podem melhorar o prato dos brasileiros